O silêncio diante da desigualdade racial brasileira

subsídios para transformações nas práticas escolares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25053/redufor.v7.e8463

Palavras-chave:

Educação Escolar Básica, Direito Educacional, Necessidades do educando

Resumo

A atual pesquisa busca compreender como uma escola estadual do interior paulista atua diante da temática das relações étnico-raciais prevista pela Lei nº 10.639/2003 para a educação brasileira. Por meio de um estudo de caso etnográfico, buscou-se investigar as ações de combate ao racismo nos anos finais do ensino fundamental. Foram realizadas observações participantes e entrevistas com profissionais educadores. Os resultados indicaram o despreparo da comunidade escolar para a implementação da lei e para a prevenção de situações de violência racial contra alunos negros. Conclui-se que está sendo mantido silêncio diante da desigualdade racial na escola estudada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniela de Figueiredo Ribeiro, Centro Universitário Municipal de Franca

Psicóloga e Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo. Docente do curso de Psicologia e do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional do Centro Universitário Municipal de Franca - Uni-FACEF.

Débora Luz Squilante, Centro Universitário Municipal de Franca

Mestranda no Programa de Desenvolvimento Regional, área de concentração Desenvolvimento Social e Políticas Públicas pelo Centro Universitário Municipal de Franca (UNI FACEF), com atual investigação empírica sobre racismo na educação básica. Possui graduação em Psicologia pela Universidade Paulista de Ribeirão Preto. 

Referências

ANDRÉ, M. E. Etnografia da prática escolar. 18. ed. Campinas: Papirus, 2020.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 jan. 2003.

BRASIL. Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF: MEC, 2013.

CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2001.

CARVALHO, D. M. S.; FRANÇA, D. X. Estratégias de enfrentamento do racismo na escola: uma revisão integrativa. Educação &. Formação, Fortaleza, v. 4, n. 12, p. 148-168, 2019. DOI: https://doi.org/10.25053/redufor.v4i12.974. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/974. Acesso em: 15 abr. 2022 DOI: https://doi.org/10.25053/redufor.v4i12.974

DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. Assertividade, sistema de crenças e identidade social. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 9, n. 13, p. 125-136, 2003.

DEVULSKY, A. Colorismo. 2. ed. São Paulo: Jandaíra, 2021.

GOMES, N. L. As práticas pedagógicas com as relações étnico-raciais nas escolas públicas: desafios e perspectivas. In: GOMES, N. L. (org.). Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva da Lei nº 10.639/03. Brasília, DF: MEC, 2012. p. 19-33. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40602013000100003

GOMES, N. L. Raça e educação infantil: à procura de justiça. Revista e-curriculum, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 1015-1044, 2019. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/44232. Acesso em: 15 abr. 2022. DOI: https://doi.org/10.23925/1809-3876.2019v17i3p1015-1044

GRAÇAS, E. M. Pesquisa qualitativa e a perspectiva fenomenológica: fundamentos que norteiam sua trajetória. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 4, n. 1/2, p. 28-33, 2000.

KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2018.

LIMA, E. F. Racismo no plural: um ensaio sobre o conceito de racismo. In: LIMA, E. F. et al. (org.). Ensaios sobre o racismo: pensamento de fronteira. São Paulo: Balão, 2019. p. 11-24.

MATOS, P. M.; FRANÇA, D. X. Socialização étnico-racial e racismo: dos saberes afro- -brasileiros e africanos à construção da identidade étnico-racial. Educar em Revista, Curitiba, v. 37, e78243, 2021. Disponível: https://www.scielo.br/j/er/a/y7zG7PbgcL5y9YfhNPjR8RM/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 2 jan. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.78243

MOREIRA, A. Racismo recreativo. São Paulo: Sueli Carneiro, 2020.

RIBEIRO, D. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro, 2019.

ROCHA, R. M. C. Educação das relações étnico-raciais: pensando referenciais para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza, 2011.

SILVA, C. R. R.; LÚZIO, J. Educação e pesquisa na desconstrução do racismo no Brasil: desafios, resistências e avanços. In: LIMA, E. F. et al. (org.). Ensaios sobre o racismo: pensamento de fronteira. São Paulo: Balão, 2019. p. 25-32.

UNICEF. Cenário da exclusão escolar no Brasil: um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação. Brasília, DF: Unicef, 2021.

Publicado

2022-12-26

Como Citar

RIBEIRO, D. de F.; SQUILANTE, D. L. O silêncio diante da desigualdade racial brasileira: subsídios para transformações nas práticas escolares. Educ. Form., [S. l.], v. 7, p. e8463, 2022. DOI: 10.25053/redufor.v7.e8463. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/8463. Acesso em: 21 nov. 2024.