Cultura escolar nas classes experimentais secundárias do Colégio Santa Cruz pelas memórias do ex-aluno Henrique Lindberg Neto (1959-1962)
DOI:
https://doi.org/10.25053/redufor.v7.e7464Palavras-chave:
Pedagogia personalizada e comunitária, Memória, Classes secundárias experimentais, Colégio Santa CruzResumo
O Colégio Santa Cruz integrou o movimento das classes secundárias experimentais, ocorrido na educação brasileira a partir do final da década de 1950. Para tanto, este colégio católico e masculino, localizado na cidade de São Paulo, apropriou-se, a partir de 1959, da Pedagogia Personalizada e Comunitária proposta por Pierre Faure. Colocando o foco sobre duas práticas dessa pedagogia, quais sejam: a organização do espaço e do tempo escolares e o ensino realizado através do estudo dirigido e do uso de fichas de trabalho, este estudo procura compreender a importância dessas inovações na vida escolar daqueles que fizeram parte da classe secundária experimental do Colégio Santa Cruz. A principal fonte sobre tais práticas escolares é a entrevista concedida pelo ex-aluno do curso ginasial Henrique Lindberg Neto. Assim, a classe experimental no Colégio Santa Cruz contribuiu para dar aos alunos mais autonomia, afastando-se do tradicionalismo pedagógico dominante no ensino secundário brasileiro.
Downloads
Referências
ABREU, J.; CUNHA, N. Classes secundárias experimentais: balanço de uma experiência. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro, v. 40, n. 91, p. p. 90-151, 1963.
BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e as Bases para o Ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 27 dez. 1961.
CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.CHARTIER, R. VI. Textos, impressões, leituras. In: HUNT, L.(org.). A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p.211-238.
DALLABRIDA, N. As classes secundárias experimentais uma tradição escolar (quase) esquecida. Revista Brasileira de História da Educação,Maringá, v.17, n.3, p.196-218, 2017.
DALLABRIDA, N. Circulação e apropriação da pedagogia personalizada e comunitária no Brasil (1959-1969). Educação Unisinos,São Leopoldo, v.22, n.3, p. 297-304, 2018.
DALLABRIDA, N.; UNGLAUB, T.R.R.; COSTA, M.S.C. Olga Bechara ́s pratices in the secondary experimental. Educação & Formação,Fortaleza, v.5, n.13, p.132-150, 2020.
FARIA FILHO, L.M.; VIDAL, D.G. Os tempos e os espaços escolares no processo de institucionalização da escola primária no Brasil.Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 14, p. 19-34, 2000.
KLEIN, L.F. Educação personalizada:desafios e perspectivas. São Paulo: Loyola, 1998.
KLEIN, L.F. Pedagogia inaciana:sua origem espiritual e configuração personalizada. In: ENCONTRO DE DIRETORES ACADÊMICOS DE COLÉGIOS JESUÍTAS DA AMÉRICA LATINA, 2., 2014,Quito. Anais[...]. Quito:2014. p. 1-21.
LE GOFF, J. História e memória. Tradução: Bernardo Leitão et al.5. ed. Campinas: Unicamp, 2003.
LINDBERG NETO, H. Entrevista concedida a Norberto Dallabrida. São Paulo, 13 out. 2016.
PRADO, J. A. A. Entrevista concedida a Norberto Dallabrida. São Paulo, 14 out. 2016.
SCHREIBER, S. Cultura escolar no curso ginasial experimental do Colégio Santa Cruz (1959-1962). Florianópolis, 2016.
VIEIRA, L. Um núcleo pioneiro da renovação da educação secundária brasileira: as primeiras classes experimentais do estado de São Paulo (1951-1964). 2015. Dissertação (Mestradoem Educação)–Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis,2015.
VIÑAO FRAGO, A. Espacio y tiempo, educación e historia. Morelia: Instituto Michoacano de Ciencias de la Educación José María Morelos, 1996.
![](https://revistas.uece.br/public/journals/3/submission_7464_6392_coverImage_pt_BR.jpg)
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ana Carolina Ebling Sigismondi Bauer, Rosalu Ribeiro Barra Feital Nogueira, Norberto Dallabrida
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores possuem direitos autorais dos seus textos:
A revista Educação & Formação permite ao autor os direitos de publicação, no entanto, recomenda um intervalo de dois anos para o caso de republicação.
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.