Educação e Empoderamento Feminino: estratégias pedagógicas de grupos de humanização do parto e nascimento em Belém do Pará
DOI:
https://doi.org/10.25053/redufor.v6i2.4159Palavras-chave:
Educação não-formal, Mulheres, Parto Humanizado, CorpoResumo
Objetivando identificar a forma de organização e atuação dos grupos de humanização do parto e nascimento na região metropolitana de Belém do Pará, o estudo tem como hipótese a predominância de uma pedagogia crítica na maneira de condução de suas atividades. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa que demonstrou a heterogeneidade desses grupos, destacando que há em comum o protagonismo feminino na difusão, defesa e promoção de outras formas de parir e a crítica à imposição da cesariana. Os grupos estudados e com maior visibilidade foram: Ishtar Belém e Projeto TransformaDor. Eles convergem em relação à metodologia de ação: palestras, rodas de conversas, cine debates, panfletagem e produção de conteúdos digitais em redes sociais, além da atuação em favor do empoderamento feminino na cena do parto. Identificamos, assim, processos educativos não-formais pautados em estratégias da educação popular, valorizando o diálogo e a experiência dessas mulheres.
Downloads
Referências
BARRETO, E. A. Violência obstétrica é violência de gênero: naturalização, banalização e rotinas violentas na atenção ao parto. In: SOUZA, L. T. (org.). Estudos interdisciplinares de violência na Amazônia. Curitiba: CRV, 2014. p. 47-64.
BLOG ISHTAR BELÉM. Blog Ishtar Belém. Disponível em: http://espacoishtarbelem.blogspot.com/. Acesso em: 17 fev. 2021.
CARNEIRO, R. Cenas de parto e políticas do corpo. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015.
DINIZ, C. S. G. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, p. 627-637, 2005.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 21. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2005.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
GOHN, M. G. Educação não formal, aprendizagens e saberes em processos participativos. Investigar em Educação, Lisboa, II série, n. 1, p. 35-50, 2014. Disponível em: http://pages.ie.uminho.pt/inved/index.php/ie/article/view/4. Acesso em: 26 set. 2020.
GOHN, M. G. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 47, p. 333-361, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782011000200005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 26 set. 2020.
HIRSCH, O. N. O parto “natural” e “humanizado” na visão de mulheres de camadas médias e populares no Rio de Janeiro. Civitas: Revista de Ciências Sociais, Porto Alegre, v. 15, p. 229-249, 2015.
MAIA, M. B. Assistência à saúde e ao parto no Brasil. In: MAIA, M. B. (org.). Humanização do parto: política pública, comportamento organizacional e ethos profissional. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2010. p. 19-49.
MALIK, A. M.; PATAH, L. E. M. Modelos de assistência ao parto e taxa de cesárea em diferentes países. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 185-194, 2011.
REDE PARTO DO PRINCÍPIO. Violência Obstétrica “Parirás com Dor”. Dossiê elaborado para a CPMI da Violência Contra as Mulheres. Brasília, DF: Senado Federal, 2012.
REHUNA. ReHuNa. 2000. Disponível em: http://rehuna.org.br/wpcontent/uploads/2019/12/carta-de-fortaleza-2000.pdf. Acesso em: 17 fev. 2021.
TEMPESTA, G. A. Trabalhando pelos bons vinculamentos: reflexões antropológicas sobre o ofício das doulas. Anuário Antropológico, Brasília, DF, v. 43, n. 1, p. 37-66, 2018.
THERRIEN, J.; AZEVEDO, M. R.; LACERDA, C. A racionalidade pedagógica nos processos de mediação à produção de sentidos e de aprendizagem aos saberes. Educação & Formação, Fortaleza, v. 2, n. 3, p. 186-199, 2017. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/166. Acesso em: 17 fev. 2021.
TORNQUIST, C. S. Armadilhas da nova era: natureza e maternidade no ideário da humanização do parto. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 2, p. 483-492, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Natália Conceição Silva Barros Cavalcanti, Ana Lídia Nauar, Márcia Victoria Carvalho Almeida
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores possuem direitos autorais dos seus textos:
A revista Educação & Formação permite ao autor os direitos de publicação, no entanto, recomenda um intervalo de dois anos para o caso de republicação.
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.