Olhares para a formação e escolarização de mulheres travestis e transexuais
DOI:
https://doi.org/10.25053/redufor.v10.e15316Palavras-chave:
Escrevivências, Gênero, Sexualidade, Mulheres Trans e Travestis, Escolarização, EmancipaçãoResumo
Apresenta-se um estudo sobre gênero e sexualidade, sob a luz das experiências vividas por estudantes travestis e transexuais inseridas no contexto da Educação de Jovens e Adultos registradas nas chamadas cartas-corpo. Tem como objetivo compreender os significados da escolarização para essas estudantes, percebendo os desafios, a evasão escolar e a discriminação que enfrentam, considerando as seguintes bases teóricas: Ballestrin (2020), Benevides (2020), Butler (2021), Collins (2021), Evaristo (2020) e hooks (2019). Nas informações dessas cartas, as estudantes evidenciam estratégias de “sobre-viver” para se perceberem inseridas socialmente frente ao poder normativo de gênero. As experiências vividas das autoras-participantes permitem enunciar que cada história traz saberes e perspectivas singulares de mundo e a possibilidade de reconhecer a educação como prática social, cultural e política, que possibilita às travestis e transexuais ressignificarem suas trajetórias de vivências, corporeidades, existências e resistências. Destaca-se a importância de os/as docentes reconhecerem e valorizarem tais experiências para um processo educativo emancipador.
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