Liberdade, igualdade e democracia: o ideário republicano e a educação das mulheres no início do século XX no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.25053/redufor.v3i9.861Palavras-chave:
Mulheres, Liberalismo, Educação, Primeira RepúblicaResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão acerca da influência dos ideais liberais na educação das mulheres no contexto da Primeira República brasileira (1889-1930). A pesquisa, de caráter bibliográfica, fundamenta-se em livros, artigos e publicações científicas que apresentam reflexões diante do tema proposto neste estudo. A discussão aqui apresentada prioriza a relação da educação com os fatores econômicos, políticos e sociais, já que se compreende que o objeto de pesquisa não pode ser entendido como uma situação isolada. Constatou-se que os ideais liberais influenciaram o discurso de que a educação seria para todos, entretanto, a entrada das mulheres nesse campo, se deu de forma lenta e distinta. A República não visava a emancipação econômica, política e nem o pleno desenvolvimento feminino.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Jane Soares de. Mulher e Educação: a paixão pelo possível. São Paulo: EDUNESP, 1998.
ALMEIDA, Jane Soares de. Ler as letras: por que educar as mulheres? Campinas: Autores Associados, 2007.
ALMEIDA, Jane Soares de. Mulheres na educação: missão, vocação e destino? In: SAVIANI, Dermeval et al.O legado educacional do século XX no Brasil. Campinas,SP: Autores Associados, 2014. p. 55-96.
BERLOFFA, Viviane de Oliveira. MACHADO, Maria Cristina Gomes. A constituição dos grupos escolares no período republicano: perspectivas de modernização da sociedade brasileira. Disponível em: <http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2012/trabalhos/co_01/009.pdf> Acesso em: 10 de jan/2017.
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia. São Paulo: Brasiliense, 1997.
BRASIL. Constituição Federal 1988. Rio de Janeiro: Ministério da Educação – Fundação de Assistência ao Estudante – FAE, 1989.
BRASIL. Decreto Lei n° 8.025, de 16 de março de 1881.
BRUSCHINI, Cristina; AMADO, Tina. Estudos sobre mulher e educação: algumas questões sobre o magistério. Cad. Pesq., São Paulo (64): 4-13, fev. 1988.
CHAUÍ, Marilena. Ideologia e educação. Revista Educação e Sociedade, São Paulo, n.5, p. 24-40, 1980.
CHAVES, Eduardo O. C. O liberalismo na política, economia e sociedade e suas implicações para a educação. In: Liberalismo e educação em debate. José Claudinei Lombardi e José Luis Sanfelice (Orgs.). Campinas – SP: Autores Associados, HISTEDBR, 2007.
COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. 6.ed. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.
CUNHA, Luiz Antônio.Educação e desenvolvimento social no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.
CURY, Carlos Roberto Jamil. Cidadania republicana e educação: Governo Provisório do Marechal Deodoro e Congresso Constituinte de 1890-1891. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil: ensaio sobre a origem, os limites e os fins verdadeiros do governo civil. Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
MACHADO, Maria Cristina Gomes. O decreto de Leôncio de Carvalho e os pareceres de Rui Barbosa em debate. A criação da escola para o povo no século XIX. In STEPHANOU, Maria; BASTOS, Maria Helena Camara(orgs.). Histórias e memórias da educação no Brasil, vol II: séculos XIX. Petrópolis, RJ: vozes, 2005. p. 91 -103.
MARTINIAK, Vera Lucia. A Escola Normal dos Campos Gerais: a atuação do diretor segundo as diretrizes do Estado. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2003.
MARX, Karl. O Capital, Livro 1 vol, I e II, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
MARX, Karl. O manifesto do Partido Comunista. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
NAGLE, Jorge. Educação e Sociedade na Primeira República. São Paulo: EPU/MEC;Edusp, 1974.
NORONHA, Olinda Maria. Ideologia, trabalho e educação. Campinas: Editora Alínea, 2004.
PRADO JÚNIOR, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2008.
RABELO, Amanda Oliveira; MARTINS, António Maria. A mulher no magistério brasileiro: um histórico sobre a feminização do Magistério. In: Anais do Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação, 4. 2010, Uberlândia: Aveiro - FCT, 2010. p. 6167-6176. Disponível em: http://www2.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/556AmandaO.Rabelo.pdf.Acesso em: 09/01/2017.
ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Os pensadores)
SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. 3ª ed. São Paulo: Expessão Popular, 2013.
SANTOS, Aline Tosta dos. A construção do papel social da mulher na Primeira República. Em Debate (PUCRJ. Online), v. 8, 2009.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Reflexões sobre a questão do liberalismo: um argumento provisório. In: LAMOUNIER, Bolivar; WEFFORT, Francisco; BENEVIDES, Victoria (Orgs.). Direito, cidadania e participação. São Paulo: T. A. Queiroz, 1981.
SAVIANI, Dermeval et al. O legado educacional do século XX no Brasil. Campinas,SP: Autores Associados, 2014.
SCHUELER, Alessandra Frota Martinez de; MAGALDI, Ana Maria Bandeira de Mello. Educação escolar na primeira república: memória, história e perspectivas de pesquisa. Tempo, Niterói, v. 13, n. 26, p. 32-55, 2009.
SILVA, João Carlos da. O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim: as propostas do apostolado positivista para a educação brasileira (1870-1930). Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 2008. 214 p.
SILVA, Sergio. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil. São Paulo: Alfa-Ômega, 1980.
TANURI, Leonor Maria. História da formação de professores. Rev. Brasileira de Educação, nº 14, Mai/Jun/Jul/Ago, 2000.
VIANNA, Claudia Pereira. A feminização do magistério na educação básica e os desafios para a prática e a identidade coletiva docente. In: YANNOULAS, Silvia Cristina (Org.). Trabalhadoras: análise da feminização das profissões e ocupações. Brasília: Abaré, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Loraine Lopes de Oliveira, Vera Lúcia Martiniak
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores possuem direitos autorais dos seus textos:
A revista Educação & Formação permite ao autor os direitos de publicação, no entanto, recomenda um intervalo de dois anos para o caso de republicação.
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.