“Para formar o viveiro de bons marinheiros”: as companhias de aprendizes marinheiros da Parahyba e do Rio Grande do Norte (1871 – 1890)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25053/redufor.v4i10.581

Palavras-chave:

Currículo, Práticas Educativas, Companhia de Aprendizes Marinheiro

Resumo

Inspiradas em modelos de países como Inglaterra, França e Rússia foram criadas Companhias para aprendizes marinheiros no Brasil. A primeira delas que se têm notícias foi instituída em 1840 na Corte. Em 17 de janeiro de 1871, sob o decreto n. 4680, foi criada a Companhias de Aprendizes Marinheiros na província da Parahyba e em 1873 na província do Rio Grande do Norte. Discutimos nesse artigo as condições de criação desses espaços educacionais nas duas províncias e, mais especificamente, a constituição de um currículo escolar pretendido para a formação daqueles jovens. Para além das disciplinas nos interessa apreender as práticas educativas prescritas para a organização do cotidiano escolar e as formas de controle dos corpos que deveriam ser instruídos e disciplinados. Metodologicamente analisamos os Relatórios de Presidente de Província e de Ministros da Marinha, espaço em que circulou a proposta de “formar bons marinheiros e uma educação proveitosa às crianças expostas aos vícios e a miséria”. 

Downloads


Biografia do Autor

Cláudia Engler Cury, Universidade Federal da Paraíba

Professora associada IV do departamento de história da Universidade Federal da Paraíba. Membro efetivo dos Programas de Pós-graduação em História e em Educação da UFPB. Possui bacharelado e licenciatura em ciências sociais geral pela Universidade Estadual de Campinas (1984/1991), graduação em licenciatura em história pela Universidade Estadual de Campinas (1996), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atuou como Tesoureira da Sociedade Brasileira de História da Educação nos biênios (2013-2015 e 2015-2017). Líder do Grupo de Pesquisa em História da Educação no Nordeste Oitocentista (GHENO), no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq . Membro da Comissão Editorial da Revista SAECULUM desde 2004. Tem experiência na área de História, com ênfase em história da educação, atuando principalmente nos seguintes temas: história da educação nos oitocentos e primeiras décadas do século XX, imprensa e impressos para os estudos históricos na perspectiva da história cultural. Editora Chefe da Revista Brasileira de História da Educação (biênio 2015-2017).

Referências

BRASIL. Marinha do Brasil. Relatorio do Ministério da Marinha. Relatorios apresentados á Assembléa Legislativa. Rio de Janeiro, de 1871 a 1890.

CASTRO, R. A Escola de Aprendizes Marinheiros de Parnaíba. Teresina: UFPI, 2013.

FARGE, A. Lugares para a História. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.

FRANCISCO, L.V. “Um passo para o homem, um salto para a Marinha”: a Companhia de Aprendizes Marinheiros do Rio Grande do Norte (1872-1890). 2018. 66 f. Monografia (Graduação em Pedagogia)–Programa de Graduação em Pedagogia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.

LIMA, S.S. A educação para crianças e jovens desamparados na Companhia de Aprendizes Marinheiros de Sergipe (1868-1885). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO,6., 2011, Vitória.Anais...Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2011.

PARAÍBA. Livro de socorros da Companhia de Aprendizes Marinheiros da Paraíba.João Pessoa: Arquivo da Marinha do Brasil, 1871.

RPP –Relatório de Presidente de Província.Relatório provincial. Rio de Janeiro: Typ. Americana, 1874-1890.

SANTOS, W.L.B. A criação da Companhia de Aprendizes Marinheiros no processo de construção do Estado Nacional brasileiro:formação militar, educação e civilização no Brasil Imperial. 2016. 240 f. Dissertação (Mestrado em História) –Programa de Pós-Graduação em História Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

Downloads

Publicado

2019-01-09

Como Citar

SOARES JUNIOR, A. dos S.; CURY, C. E. “Para formar o viveiro de bons marinheiros”: as companhias de aprendizes marinheiros da Parahyba e do Rio Grande do Norte (1871 – 1890). Educ. Form., [S. l.], v. 4, n. 10, p. 112–130, 2019. DOI: 10.25053/redufor.v4i10.581. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/581. Acesso em: 28 abr. 2025.