Constituição do ser docente e ciberformação em docências universitárias: práticas discursivas e ontologia do presente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25053/redufor.v8.e11232

Palavras-chave:

Ser Docente, Ciberformação, Práticas Discursivas, Ontologia do Presente, Docências Universitárias

Resumo

O artigo apresenta resultados preliminares de tese em curso que objetivou compreender as práticas discursivas que constituem o ser docente universitário e os processos de ciberformação decorrentes. Qualitativa, multirreferencial e articulada com a metodologia da conversa, a investigação tem um enfoque arqueogenealógico e busca criar uma ontologia do presente do ser docente. Os dados produzidos/analisados em conversas online com vinte e nove professores atuantes no ensino superior em cursos de licenciaturas em quatro continentes, América, África, Europa e Ásia, constituíram três Unidades Categoriais de Análise das práticas discursivas docentes: a virtualidade, a intersubjetividade e a ciberformacividade. Entrecruzados com o referencial teórico da pesquisa, a saber, Nietzsche, Foucault, Deleuze, Han, Lévy, Zuboff, Hooks, Agamben, Najmanovich, Freire, Moraes, Bruno, os dados fizeram emergir pistas, apontando como, nas docências universitárias, o ser docente e processos de ciberformação podem promover emancipação e consciência tecnológica crítica aos sujeitos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Octavio Silvério de Souza Vieira Neto, Universidade Federal de Juiz de Fora

Mestre e Doutorando em Educação: filosofia da educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora; Membro dos Grupos de Pesquisa Aprendizagem em Rede – GRUPAR e Ontologia, Ética e Educação - EINAI. Pesquisador bolsista CAPES.

Adriana Rocha Bruno, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutora e Mestre em Educação: currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Pós-Doutorado em Educação pelo Instituto de Educação da Universidade de Lisboa; Professora da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação; Líder do Grupo de Pesquisa Aprendizagem em Rede – GRUPAR. Pesquisadora do CNPq (PQ).

Referências

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução: Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó, SC: Argos, 2009.

ARDOINO, J. Complejidad y formación: pensar la educación desde uma irada epistemológica. 1. ed. Buenos Aires: Centro de Publicaciones Educativasy Material Didáctico, 2005. (Formación de formadores, 13).

BRUNO, A. R. Formação de professores na cultura digital: aprendizagem de adultos, educação aberta, emoções e ensino. Salvador: EDUFBA, 2021.

DELEUZE, G. Conversações 1972-1990. Tradução: Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1992.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Tradução: Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Tradução: Luiz Felipe Baeta Neves. 7. ed. Rio de Janeiro: Perícia Forense Universitária, 2008. (Campo Teórico).

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 71. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2019.

HAN, B. Sociedade do cansaço. Tradução: Enio Paulo Giachini. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2017.

HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.

LEMOS, A. Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea. 4. ed. Porto Alegre: Sulina, 2008.

LÉVY, P. Cibercultura. Tradução: Carlos Irineu. São Paulo: 34, 1999.

MANDEL, E. Capitalismo tardio. Tradução: Carlos Eduardo Silveira Matos, Regis de Castro Andrade e Dinah de Abreu Azevedo. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

MORAES, M. C. Ecologia do conhecimento: complexidade, transdisciplinaridade e educação - novos fundamentos para iluminar novas práticas educativas. São Paulo: Antakarana WHH; Casa Willis Harman, 2008.

NAJMANOVICH, Denise. O sujeito encarnado: questões para pesquisa no/do cotidiano. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. (Metodologia de Pesquisa do Cotidiano).

NIETZSCHE, F. Ecce homo: como alguém se torna o que é. Tradução: Paulo César de Souza. São Paulo: Companha das Letras, 1995.

NIETZSCHE, F. Segunda consideração intempestiva: da utilidade e desvantagem da história para a vida. Tradução: Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003. (Conexões 20).

RIBEIRO, T.; Souza, R.; & Sampaio, C. S. A conversa como metodologia de pesquisa: por que não?. Rio de Janeiro: Ayvu, 2018. (Ciência e Pesquisa em Coleta de Perguntas).

SANTOS, B. S. A universidade no século XXI: rumo a uma reforma democrática emancipatória da universidade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005. (Coleção questões do nosso tempo; v.120).

SANTOS, B. S. A Cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: Almedina, 2020.

ZUBOFF, S. A era do capitalismo de vigilância: a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Tradução: George Schlesinger. 1. ed. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.

VIEIRA NETO, O. S. S. Os sentidos da formação humana na cibercultura: múltiplos olhares de pesquisadores sobre a subjetivação adulta na cultura digital. 2013. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1214. Acesso em: 18 abr. 2023.

Publicado

2023-12-28

Como Citar

VIEIRA NETO, O. S. de S.; BRUNO, A. R. Constituição do ser docente e ciberformação em docências universitárias: práticas discursivas e ontologia do presente. Educ. Form., [S. l.], v. 8, p. e11232, 2023. DOI: 10.25053/redufor.v8.e11232. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/11232. Acesso em: 22 dez. 2024.