Ansiedade infantil em contextos escolares: tudo do inventário de ansiedade escolar usando rasch

Autores

  • Sandra Maria da Silva Sales Oliveira Universidade do Vale do Sapucaí
  • Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly Universidade São Judas Tadeu
  • Débora Cecílio Fernandes Universidade Estadual do Centro-Oeste

DOI:

https://doi.org/10.25053/edufor.v1i2.1610

Palavras-chave:

Ansiedade.Dificuldades escolares.Crianças., Ansiedade, Dificuldades escolares, Crianças

Resumo

Este estudo objetivou avaliar o Inventário de Ansiedade Escolar por meio do Modelo de Rasch. Os participantes foram 101 crianças de escola pública, com idades compreendidas entre 7 e 11 anos, que frequentavam o ensino fundamental do 2º ao 5º ano e apresentavam baixo desempenho acadêmico. Aplicou-se o Inventário de Ansiedade Escolar coletivamente em sala de aula a todos os participantes autorizados pelos responsáveis. O tempo de coleta foi de 30 minutos, em média. Os resultados demonstraram que os itens foram respondidos conforme as expectativas do Modelo de Rasch, tendo os itens propriedades psicométricas adequadas. Apesar disso, foram retirados dois itens por apresentarem problema de conteúdo. O Item Separation Reliability foi de 0,98; o indicador Person Separation Reliability foi de 0,72; e o alfa de Cronbach foi de 0,74, o que permite a estimação da ansiedade escolar do aluno.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Maria da Silva Sales Oliveira, Universidade do Vale do Sapucaí

Doutora em Psicologia pela Universidade São Francisco (2012) e Pós-Doutorado em Educação em Ciências pela Universidade Federal de Itajubá (2018). Atuou como professora titular do curso de Graduação em Pedagogia da Universidade do Vale do Sapucaí, Coordenadora-adjunta e professora do Mestrado em Educação da Universidade do Vale do Sapucaí

Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly, Universidade São Judas Tadeu

É docente no curso de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu. É investigadora das áreas relativas à Psicologia do Desenvolvimento Humano, Avaliação em Psicologia Educacional e Psicologia do Ensino e Aprendizagem. É coordenadora de projetos de pesquisa nacionais e internacionais (Universidade do Minho, Portugal; Rochester Institute of Technology, USA) com apoio da FAPESP e CNPq.

Débora Cecílio Fernandes, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Doutorado em Neuropsicologia clínica - Universidad de Salamanca (2011), com equivalência pela Faculdade de Ciências Médicas, aréa de Neurologia, da Unicamp. Atualmente, trabalha como professora colaboradora na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro, PR).

Referências

ALVES, J. A visualização mental no treino psicológico. Treino Desportivo, v. 24, p. 4-11, 2004.

AMERICAN EDUCATIONAL RESEARCH ASSOCIATION; AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION; NATIONAL COUNCIL ON MEASUREMENT IN EDUCATION – AERA; APA; NCME. Standards for educational and psychological tests. Washington, DC: American Educational Research Association, 1999.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – APA. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 5. ed. Washington, DC: APA, 2013. DOI: https://doi.org/10.1176/appi.books.9780890425596

ANASTASI, A.; URBINA, S. Testagem psicológica. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

ANDRADE, L. H.; GORENSTEIN, C. Aspectos gerais das escalas de avaliação de ansiedade. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 25, n. 6, p. 285-290, 1998.

ANDRIOLA, W. B. Descrição dos principais métodos para detectar o funcionamento diferencial dos itens (DIF). Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 14, n. 3, p. 643-652, 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-79722001000300020

ANTHONY, S. M. R. A criança com transtorno de ansiedade: seu ajustamento criativo defensivo. Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. 15, n. 1, p. 55-61, 2009. DOI: https://doi.org/10.18065/RAG.2009v15n1.8

BALLONE, G. Problemas emocionais na escola, 2004. Disponível em: <http://www.psiqweb.med. br/infantil/aprendiza3.html>. Acesso em: 2 jun. 2015.

BAZI, G. A. P. As dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita e suas relações com a ansiedade. 2000. 119 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de Campinas, Campinas, 2000.

BRÁS, J. V. Controlo emocional. Ludens, v. 11, n. 4, p. 31-47, 1987.

CRONBACH, L. J. Fundamentos da testagem psicológica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

DRABA, R. The identification and interpretation of item Bias. Chicago, IL: University of Chicago, 1997. (MESAMemorandum 25).

EMBRETSON, S.; HERSHBERGER, S. The new rules of measurement: what every psychologist and educator should know. New Jersey: Lawrence Erlbaum, 1999. DOI: https://doi.org/10.4324/9781410603593

ENDERLE, C. Psicologia do desenvolvimento: o processo evolutivo da criança. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1990.

FERNANDES, D. C. Construcción de un test informatizado transmodal de memoria de reconocimiento. 2011. 273 f. Tesis (Doctorado en Psicología) – Facultad de Psicología, Universidad de Salamanca, Salamanca, 2011.

ISOLAN, L. et al. Psychometric properties of the screen to report a child anxiety emotional disorder (SCARED) in Brazilian children and adolescents. Journal of Anxiety Disorders, v. 25, p. 741-748, 2011. DOI: https://doi.org/10.1016/j.janxdis.2011.03.015

JUSTINO, G.; ANDRADE, D. F. An environment specification for item response theory. In: THIRD INTERNATIONAL CONFERENCE ON INTELLIGENT. Computing and Information Systems, 2007.

LINACRE, J. M. A user’s guide to Winsteps-Ministep: Rasch-Model Compute Programs. Chicago, IL: Mesa, 2009.

LINACRE, J. M. What do infit and outfit, mean-square and standardized mean? Rasch Measurement Transactions, v. 16, n. 2, p. 887, 2002

NUNES, C. H. S. S.; PRIMI, R. Teoria de Resposta ao Item: conceitos e aplicações na psicologia e na educação. In: HUTZ, C. S. (Org.). Avanços e polêmicas em avaliação psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2009. p. 25-69.

OLIVEIRA, S. M. S. S. Estudo exploratório para uma escala de ansiedade escolar. 2001. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade São Francisco, Itatiba, 2001.

OLIVEIRA, S. M. S. S. et al. Análise do inventário de ansiedade na escola pelo modelo de Rasch. In: CONGRESSO INTERNACIONAL GALEGO PORTUGUÊS DE PSICOPEDAGOGIA. 12., 2013, Braga. Resumo... Braga: 2013. p. 276.

OLIVEIRA, S. M. S. S.; BATISTA, M. A. Sintoma de ansiedade mais comum em adolescentes. Revista de Psicologia da Vetor Editora, Vila Mariana, v. 6, n. 2, p. 43-50, 2005.

OLIVEIRA, S. M. S. S.; SISTO, F. F. Estudo para uma escala de ansiedade escolar para crianças. Psicologia Escolar Educacional, Campinas, v. 6, n. 1, p. 57-66, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-85572002000100007

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS. Classificação dos transtornos mentais e de comportamento da CID 10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

PRIETO, G. et al. Funcionamiento diferencial de los ítems del test mini-mental en función de la patología [Differential functioning of items in the mini-mental test as a function of pathology]. Neurología, v. 26, p. 474-480, 2010. DOI: https://doi.org/10.1016/j.nrl.2011.01.013

PRIETO, G.; MUÑIZ, J. Un modelo para evaluar la calidad de los tests utilizados en España, 2000. Disponível em: <http://www.cop.es/tests/modelo.htm,04/12>. Acesso em: 10 set. 2015.

RASCH, G. Probabilistic Models for some Intelligence and Attainment Tests. Chicago, IL: University of Chicago, 1960.

ROSÁRIO, P.; SOARES, S. Questionário de Ansiedade face aos Testes (Q. A. T). In: GONÇALVES, M. M. et al. (Org.). Avaliação psicológica. Instrumentos validados para a população portuguesa. Coimbra: Quarteto, 2003. p. 39-51.

SISTO, F. F. O funcionamento diferencial dos itens. Psico-Usf, Itatiba, v. 11, n. 1, p. 35-43, 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-82712006000100005

TEIXEIRA, G. Transtorno comportamentais na infância e adolescência. São Paulo: Rubio, 2008.

THALER, N. S.; KAZEMI, E.; WOOD, J. Measuring anxiety in youth with learning disabilities: reliability and validity of the Multidimensional Anxiety Scale for Children (MASC). Child Psychiatry & Human Development, n. 41, v. 5, p. 501-514, 2010. DOI: https://doi.org/10.1007/s10578-010-0182-5

TUDGE, J. et al. Uses and misuses of bronfenbrenner’s bioecological theory of human development. Journal of Family Theory & Review, v. 1, p. 198-210, 2009. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1756-2589.2009.00026.x

VIANNA, R. R. A. B.; CAMPOS, A. A.; LANDEIRA-FERNANDEZ, J. Transtornos de ansiedade na infância e adolescência: uma revisão. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, Ribeirão Preto, v. 5, n. 1, p. 46-61, 2009. DOI: https://doi.org/10.5935/1808-5687.20090005

WRIGHT, B. D.; STONE, M. H. The measurement model. Best Test Design: Rasch Measurement. Chicago, IL: Mesa, 1999.

ZIVIANI, C. R.; PRIMI, R. Teoria de Resposta ao Item e o Modelo Rasch de mensuração: uma análise do provão de Psicologia. In: PRIMI, R. (Org.). Temas em avaliação psicológica. Campinas: Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica, 2002. p. 131-151.

Downloads

Publicado

2016-05-02

Como Citar

OLIVEIRA, S. M. da S. S.; JOLY, M. C. R. A.; FERNANDES, D. C. Ansiedade infantil em contextos escolares: tudo do inventário de ansiedade escolar usando rasch. Educ. Form., [S. l.], v. 1, n. 2, p. 166–183, 2016. DOI: 10.25053/edufor.v1i2.1610. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/107. Acesso em: 21 nov. 2024.