Teatro ou educação do absurdo? Análise da peça “A Lição”

Autores

Palavras-chave:

Teatro do absurdo, Educação, Formação ideológica, A lição, Eugène Ionesco

Resumo

A obra A Lição, escrita pelo dramaturgo Eugène Ionesco (1909–1994), retrata a atmosfera de dominação sempre presente nas relações professor-aluno. Martin Esslin (1918–2002) inseriu essa peça no escopo do Teatro do Absurdo em 1961. O objetivo geral deste artigo é analisar a concepção de educação que norteia essa obra e a possibilidade de pensar uma Educação do Absurdo. Como referenciais teóricos, utilizamos as noções de Teatro do Absurdo (Esslin, 1961), Absurdo (Camus,1942; Pimenta, 2018) e Educação na peça A Lição (Wreen, 1983). Para a análise, partimos do entendimento metodológico definido por Sérgio Freire (2014), em conformidade com Michel Pêcheux (1938–1983), procedendo a uma Análise de Discurso simultânea e integrada aos discursos, que procuramos identificar e evidenciar, e à formação ideológica que dá sustentação à peça em questão.

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Biografia do Autor

Rafael Duarte Falcão, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Licenciada e Bacharel em História, mestra e doutora em Educação. É professora no Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e atua como professora-orientadora no Programa de Pós-Graduação em Educação (UFRN).

Olivia Morais de Medeiros Neta, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Licenciada e Bacharel em História, mestra e doutora em Educação. É professora no Centro de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e atua como professora-orientadora no Programa de Pós-Graduação em Educação (UFRN).

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Publicado

2021-08-06

Como Citar

Falcão, R. D. ., & Medeiros Neta, O. M. de . (2021). Teatro ou educação do absurdo? Análise da peça “A Lição”. Ensino Em Perspectivas, 2(4), 1–26. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/ensinoemperspectivas/article/view/5932