UMA MOSTRA GERAL DE ASPECTOS INSERIDOS NA OBRA CHRONOGRAPHIA, REPORTORIO DOS TEMPOS... (1603)
DOI:
https://doi.org/10.30938/bocehm.v5i14.249Palavras-chave:
Ensino de Matemática; História da Matemática; Fonte histórica. Chronographia, Reportorio dos Tempos...; BalhestilhaResumo
Na área da Educação Matemática é visível a produção de trabalhos envolvendo o uso de recursos da história para o ensino de aspectos matemáticos. Essa inserção de estratégias da história da matemática na sala de aula pode ocorrer por diferentes maneiras, dentre elas, podemos destacar o uso de fontes históricas para o ensino de conceitos matemáticos. Essas fontes históricas podem se destacar como fonte primária, secundária ou didática. Dentre esses tipos, este artigo traz uma fonte primária que tem como ponto central a apresentação e a descrição da obra Chronographia, Reportorio dos Tempos... (1603), de Manoel de Figueiredo. A mesma é a uma fonte histórica que abrange diversas áreas do conhecimento que estavam em desenvolvimento no século XVII, tais como, a cosmografia, a astrologia, a navegação, entre outras. Ademais essa obra traz três instrumentos, entre eles, a balhestilha, no qual é apresentada a sua fabricação e uso, o quadrante geométrico destinado para medições de alturas e um tratado sobre diversos tipos de relógios. Entretanto, queremos destacar que este trabalho é um recorte da dissertação que está sendo desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PGECM), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), que visa investigar as potencialidades didáticas que emergem da fabricação da balhestilha, para a construção de uma interface que vise articular história e ensino de matemática, por meio de atividades didáticas. Para isso foi realizado uma pesquisa qualitativa de cunho documental e descritiva da obra estudada, direcionada para a estrutura, assuntos, teoremas e proposições e a linguagem contida na mesma. Desta forma, percebe-se que a obra abrange conhecimentos matemáticos que vão muito além do saber e fazer de sua época, perpassando por assuntos que estão interligados com outras áreas de conhecimentos e que podem ser trabalhados didaticamente nas aulas de matemática da Educação Básica. Assim, visamos com esse artigo ampliar os estudos com obras raras no intuito de conhecê-las mais profundamente, de maneira a explorar as potencialidades didáticas que emergem dos estudos desses instrumentos contidos nas mesmas para o ensino de matemática.