A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA SEQUÊNCIA FEDATHI

UMA ANÁLISE HISTÓRICO-CONCEITUAL

Autores

  • Joelma Nogueira dos Santos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - IFCE
  • Hermínio Borges Neto
  • Ana Cláudia Mendonça Pinheiro

DOI:

https://doi.org/10.30938/bocehm.v6i17.1074

Palavras-chave:

Sequência Fedathi; Ensino de Matemática; Laboratório de Pesquisa Multimeios.

Resumo

Este artigo tem a finalidade de apresentar, por meio de uma análise histórico-conceitual, a origem e os fundamentos da Sequência Fedathi, método de ensino que conduz a ação do professor em sala de aula no processo de ensino para a aprendizagem do aluno, desenvolvido pelo professor Hermínio Borges Neto no início da década de 1970. O texto inicia-se com um breve relato histórico e, em seguida, mostra as concepções filosóficas do campo da matemática que influenciaram seu desenvolvimento e sistematização, perpassando pelos fundamentos e princípios que embasam a concepção fedathiana de ensino, em seguida, traz uma ideia de seus níveis: preparação, vivência e análise. Este trabalho foi realizado a partir de uma análise bibliográfica assim como de observações das vivências cotidianas do Laboratório de Pesquisa Multimeios da Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e nas pesquisas desenvolvidas ao longo dos anos sobre a proposta metodológica aqui apresentada assim como em obras do campo da Educação Matemática. A partir de uma fundamentação lógico-dedutiva-construtiva, a proposta de Borges Neto (2016) desenvolveu-se durante três décadas e, atualmente, caminha para uma consolidação por meio das experiências em sala de aula vividas por seus pesquisadores da matemática e também dos que atuam além das ‘ciências duras’.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

BARALDI, I. M. Matemática na escola: que ciência é esta? Bauru: EDUSC, 1999. BARKER, S. F. Filosofia da matemática. 2. ed. Tradução Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1976.

BARROSO, N. M. C. et al. Limite: definição intuitiva versus definição formal. In: FROTA, M. C. R. (Org.) Educação matemática no ensino superior: pesquisas e debates. Recife: SBEM, 2009.

BORGES NETO, H. Uma proposta lógico-dedutiva-construtiva para o ensino de matemática. Tese (apresentada para o cargo de professor titular). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2016.

______. (Org.) Sequência Fedathi no ensino de matemática. Curitiba: CRV, 2017 a.

______. Sequência Fedathi além das ciências duras. Curitiba: CRV, 2017 b.

______. Sequência Fedathi: fundamentos. Curitiba: CRV, 2018. BROUSSEAU, G. Introdução ao estudo das situações didáticas: conteúdos e métodos de ensino. Tradução Camila Bogéa. São Paulo: Ática, 2008.

CATRIB, A. M. F.; GOMES, S. C. O construtivismo da escola de Erlanger. In: BARRETO, J. A. E.; MOREIRA, R. V. O. (Org.). Coisas imperfeitas: escritos de filosofia da ciência. Fortaleza: Casa de José de Alencar/ Programa Editorial, 1996. 192p. (Coleção Alagadiço Novo, 61).

COSTA, N. C. A. Introdução aos fundamentos da matemática. 3. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 1992. DAVIS, P. J.; HERSH, R. A experiência matemática. Tradução de João Bosco Pitombeira. Rio de Janeiro: F. Alves, 1985.

KLINE, M. O Fracasso da matemática moderna. São Paulo: Ibrasa, 1976. LAKATOS, I.. A lógica do descobrimento matemático: provas e refutações. Tradução de Nathanael C. Caixeiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.

MACHADO, N. J. Matemática e realidade: análise dos pressupostos filosóficos que fundamentam o ensino da matemática. São Paulo: Cortez, 2001.

MELO, V. N. A concepção do erro. In: BORGES NETO, H. Sequência Fedathi: fundamentos. Curitiba: CRV, 2018.

MENDES, I. A.. BEZERRA, J. Q. Instrumentação para o ensino de matemática III. Natal: EDUFRN, 2009.

PAIS, L. C. Didática da matemática: uma análise da influência francesa. 2. ed. Belo Horizonte: Autentica, 2002. (Coleção tendências em educação matemática, 3).

POINCARÉ, J. H. A ciência e a hipótese. Tradução de Maria Auxiliadora Kneipp. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1985.

POLYA, G. A arte de resolver problemas: um novo aspecto do método matemático. Tradução e adaptação de Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro: Interciência, 1995.

PONTE, J. P.; BROCARDO, J.; OLIVEIRA, H. Investigações matemáticas na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

RODRIGUES, I. M. P Aprendizagem cooperativa e a Sequência Fedathi no ensino de matemática: alianças possíveis? In: Sequência Fedathi no ensino de matemática. BORGES NETO, H. (Org). Curitiba: CRV, 2017.

ROUSSEAU, J. J. O contrato social. Tradução de Antônio de Pádua Danesi. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

SANTANA, A.C.S.. Mão no bolso: postura ou metodologia ou pedagogia? In: BORGES NETO, H. (Org.) Sequência Fedathi: fundamentos. Curitiba: CRV, 2018.

SOUSA, F. E. E. A pergunta como estratégia de mediação didática no ensino de matemática por meio da Sequência Fedathi. 2015. 282 f. Tese (Doutorado em Educação Brasileira) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, 2015.

TORRES, A. L. M. M. Laboratório de multimeios entre gigas e megabytes: (re) criando percursos formativos. Fortaleza: Edições UFC, 2018.

______. Sobre tecnologias, educação, formação e etnografia: a experiência do Laboratório de Pesquisa Multimeios da Faculdade de Educação (UFC). 2014. 205 f. Tese (Doutorado em Educação Brasileira) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Ceará, 2014.

Downloads

Publicado

2019-08-31

Como Citar

SANTOS, J. N. dos; NETO, H. B.; PINHEIRO, A. C. M. A ORIGEM E OS FUNDAMENTOS DA SEQUÊNCIA FEDATHI: UMA ANÁLISE HISTÓRICO-CONCEITUAL. Boletim Cearense de Educação e História da Matemática, [S. l.], v. 6, n. 17, p. 06–19, 2019. DOI: 10.30938/bocehm.v6i17.1074. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/BOCEHM/article/view/1074. Acesso em: 22 dez. 2024.