Autorregulação Emocional e Estados Afetivos de alunos de pós-graduação Stricto Sensu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v5.e10621

Palavras-chave:

Aspectos emocionais. Estratégias adaptativas. Contexto acadêmico.

Resumo

Objetivou-se identificar os níveis de adaptação das estratégias de regulação emocional e as probabilidades de associação entre a autorregulação emocional para tristeza, alegria e raiva, e estados afetivos de alunos de pós-graduação. Para isto, participaram 58 alunos de pós-graduação, mestrado e doutorado, de dois programas de uma Universidade Federal, os quais preencheram um questionário de caracterização e as escalas de Satisfação com a vida, de Afeto Positivo e de Avaliação das Estratégias de Regulação Emocional de Adultos. Os dados foram analisados quantitativamente, por meio de estatística descritiva com medida de tendência central, com o auxílio do software SPSS 20. Os resultados apontam que, apesar da diferença entre o número de participantes por programa, os alunos têm utilizado estratégias satisfatórias, visto que não houve pontuação mínima em nenhuma das subescalas – tristeza, raiva e medo. Quando associadas às categorias de estudo, verificou-se que a Satisfação com a Vida apresenta correlação positiva alta com a Alegria e com o Afeto positivo. Além disso, percebe-se que os discentes que apresentaram baixo sentimento de satisfação com a vida, não demonstram animação e engajamento em atividades do cotidiano. A ausência de estratégias adaptativas para emoções negativas tende a afetar diretamente no afeto positivo e no sentimento de bem-estar dos sujeitos. Sugere-se o desenvolvimento de novos estudos, com amostra ampliada e que acompanhe o processo formativo dos alunos, a fim de compreender as influências das estratégias utilizadas no desempenho acadêmico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jamille Gabriela da Silva Torquato , Universidade Federal do Pará

Doutoranda em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED/UFPA). Mestre em Educação na linha Formação de Professores, Trabalho Docente, Teorias e Práticas Educacionais (PPGED/UFPA). Licenciada em Pedagogia na Universidade Federal do Pará. Acadêmica de História no Centro Universitário UniBTA. 

Maria Roberta Miranda Furtado, Universidade Federal do Pará

Doutoranda e Mestra em Educação pelo PPGED-UFPA, na linha de pesquisa Formação de Professores, Trabalho Docente, Teorias e Práticas Educacionais. E graduação em Pedagogia também pela Universidade Federal do Pará - UFPA (2012)

Emmanuelle Pantoja Silva Silva, Universidade Federal do Pará

Doutoranda em Educação (Universidade Federal do Pará/ UFPA); Mestre em Educação (Universidade Federal do Pará/ UFPA); Especialista em Gestão Educacional e Docência no Ensino Básico e Superior (Instituto Carreira/ FAAM); Licenciada em Ciências Naturais com Habilitação em Química (Universidade Estadual do Pará/ UEPA). 

Edson Marcos Leal Soares Ramos, Universidade Federal do Pará

Bacharel em Estatística pela Universidade Federal do Pará (1994), mestre em Estatística pela Universidade Federal de Pernambuco (1999) e Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003). É professor Titular da Universidade Federal do Pará. É Professor do Programa de Pós-graduação em Segurança Pública da Universidade Federal do Pará. É Conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. É professor colaborador da Universidade de Cabo Verde no mestrado de Segurança Pública. 

Maély Ferreira Holanda Ramos , Universidade Federal do Pará

Doutora em Teoria e Pesquisa do Comportamento - Psicologia. Realizou pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento - Psicologia (UFPA). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Maranhão, com graduação em Pedagogia (IDEPA). Atualmente é professora adjunta da UFPA, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Segurança Pública (PPGSP -UFPA) e é professora permanente da linha de pesquisa Formação de Professores, Trabalho Docente, Teorias e Práticas Educativas do Programa de Pós-graduação em Educação. É docente da Faculdade de Educação, do Instituto de Ciências da Educação (ICED- UFPA). Coordena o Núcleo de Estudos Aplicados ao Comportamento (NEAC). É bolsista produtividade - nível 1 - do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; consultora had hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Membro do Conselho Editorial da Editora Acadêmica da Segurança Pública (EDASP).

Referências

AZZI, R. G. (2014). Introdução à teoria social cognitiva. Série Teoria Social Cognitiva em contexto educativo. São Paulo: Casa do Psicólogo.

BANDURA, A. (2002). Social Cognitive Theory in Cultural Context. Applied Psychology, 51, 269-290. DOI: https://doi.org/10.1111/1464-0597.00092

BANDURA, A. (2005). Evolution of social cognitive theory. In: SMITH, K. G.; HITT, M. A. (Eds.), Great minds in management. Oxford: Oxford University Press, 9-35.

BANDURA, A. (1991). Social Cognitive Theory of Self-Regulation. 2 ed. Organizational behavior and human decision processes. 50, 248-287. DOI: https://doi.org/10.1016/0749-5978(91)90022-L

BANDURA, A. (1999). Social cognitive theory: na agentic perspective. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-839X.00024

BANDURA, A. (1986). Social Foundations of Thought and Action: A Cognitive Social Theory. Englewood Cliffs: New Jersey.

BANDURA, A.; AZZI, R. G.; POLYDORO, S. (2008). Teoria Social Cognitiva: conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed.

BANDURA, A. (1998). Health promotion from the perspective of social cognitive theory. Psychology and Health, 13, 623-649. DOI: https://doi.org/10.1080/08870449808407422

BANDURA, A.; CAPRARA, G. V.; BARBARANELLI, C. (2003). Role of affective selfregulatory efficacy in diverse spheres of psychosocial functioning. Child Development, 74, 3, 769-782. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-8624.00567

BATISTA, J. B. V. et al. Transtornos mentais em professores universitários: estudo em um serviço de perícia médica, 2016. DOI: https://doi.org/10.9789/2175-5361.2015.v7i5.119-125

BORTOLETTO, D.; BORUCHOVITCH, E. (2013). Estratégias de Aprendizagem e de Regulação Emocional de Estudantes de Pedagogia. Ribeirão Preto: Paidéia. 23, 55, 235-242. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-43272355201311

BORUCHOVITCH, E.; BORTOLETTO, D. (2010). Regulação emocional: Conceituação e instrumentos de medida. In A. A. A. Santos, F. F. Sisto, E. Boruchovitch, & E. Nascimento (Eds.), Perspectivas em Avaliação Psicológica. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo, 271 – 292.

BRANDTNER, M; BARDAGI, M. (2009). Sintomatologia de depressão e ansiedade em estudantes de uma universidade privada do Rio Grande do Sul. Gerais. Juiz de Fora: Rev. Interinst. Psicol. , v. 2, n. 2, p. 81-91.

BUSSAB, W.O.; MORETTIN, P.A. (2013) Estatística Básica. 8.ed., São Paulo: Editora Saraiva.

BZUNECK, J. A.; BORUCHOVITCH, E. (2016). Motivação e Autorregulação da Motivação no Contexto Educativo. Psicologia: Ensino & Formação, 7, 2, 73-84. DOI: https://doi.org/10.21826/2179-58002016727584

CAPRARA, G.; VECCHIONE, M.; BARBARANELLI, C.; ALESSANDRI, G. (2012). Emotional Stability and Affective Self-regulatory. Efficacy Beliefs: Proofs of Integration between Trait Theory and Social Cognitive Theory. European Journal of Personality. DOI: https://doi.org/10.1002/per.1847

CRUVINEL, M.; BORUCHOVITCH, E. (2010). Regulação Emocional de Estudantes: A construção de um instrumento qualitativo. Maringá: Psicologia em Estudo, 15, 2, 537-545. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722010000300011

CRUVINEL, M.; BORUCHOVITCH, E. (2019). Como promover a autorregulação emocional de crianças e adolescentes no contexto educacional. IN: BORUCHOVITCH, E.; GOMES, M. A.M. (org). Aprendizagem autorregulada: como promovê-la no contexto educativo? Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes.

DAMÁSIO, A. R. (1996). O erro de Descartes: emoção, razão e cérebro humano. São Paulo: Companhia de Letras.

DIENER, E. ; EMMONS, R. A. ; LARSEN, R. J. ; GRIFFIN, S. (1985). The Satisfaction With Life Scale. Journal of Personality Assessment, 49, 1, 71-75. DOI: https://doi.org/10.1207/s15327752jpa4901_13

DUFFY, R. D.; LENT, R. W. (2009). Test of a social cognitive model of work satisfaction in teachers. Journal of Vocational Behavior, 75, 2, 212-223. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jvb.2009.06.001

FÁVERO, L.; BELFIORE, P.; SILVA, F.; CHAN, B. (2009). Análise dos Dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Elsever.

FRIED, L. J. (2010). Uso de estratégias de regulação de emoções e motivação na sala de aula do ensino médio. Tese de doutorado. Universidade da Austrália Ocidental.

GARBER, J.; WALKER, L. S.; ZEMAN, J. (1991). Somatization symptoms in a community sample of children and adolescents: Further validation of the Children’s Somatization Inventory. Psychological Assessment, 3, 588–595. DOI: https://doi.org/10.1037/1040-3590.3.4.588

GARNEFSKI, N.; KRAAIJ, V.; SPINHOVEN, P. (2001). Negative Life Events, Cognitive Emotion Regulation, and Emotional Problems. Personality and Individual Differences, 30, 1311-1327. DOI: https://doi.org/10.1016/S0191-8869(00)00113-6

GATTI, B. A. (2004). Estudos quantitativos em educação. São Paulo: Educ. Pesqui., 30, 1, 11-30. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022004000100002

GRAEFF, F.G. et al. (2003). Farmacologia da ansiedade experimental humana. Ribeirão Preto: Braz J Med Biol Res, 36, 4, 421-432. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-879X2003000400003

GROSS, J.J.; JOHN, O.P. (2003). Diferenças individuais em dois processos de regulação emocional: Implicações para afeto, relacionamentos e bem-estar. Jornal da Personalidade e Psicologia Social, 85, 2, 348-362.

GROSS, JAMES J. (1998). The Emerging Field of Emotion Regulation: An Integrative Review. Review of General Psychology, 2, 5, 271-299. DOI: https://doi.org/10.1037/1089-2680.2.3.271

GROSS, JAMES J. (2008). Emotion Regulation. IN: LEWIS, J; BARRETT, L. F. Handbook of Emotions. Nova York: Guildford, 497-512.

GUIMARÃES, F.S. (2000). Escalas analógicas visuais na avaliação de estados subjetivos. In: GORENSTEIN; C. ANDRADE, LHSG; ZUARDI, AW. Editors. Escalas de Avaliação Clínica em Psiquiatria e Psicofarmacologia. São Paulo: Lemos Editorial, 71 – 87.

KOPP, C. B. (1989). Regulation of distress and negative emotions: A developmental view. Developmental Psychology, 25, 3, 343-354. DOI: https://doi.org/10.1037/0012-1649.25.3.343

KLINE, P. (1986). The Handbook of Psychological Testing. London: Routledge, 2.ed.

LENT, R. W., NOTA, L., SORESI, S., GINEVRA, M. C., DUFFY, R. D., & BROWN, S. D. (2011). Predicting the job and life satisfaction of Italian teachers: Test of a social cognitive model. Journal of Vocational Behavior, 79, 1, 91–97. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jvb.2010.12.006

MAGALHÃES, A. (2013). O código de Ekman o cérebro, a face e a emoção. Porto: Feelab Science Books.

MAROCO, J. (2007). Análise Estatística com a Utilização do SPSS. 3.ed., Lisboa: Lisboa.

NINA, K. C. F. (2015). Fontes de autoeficácia docente: Um estudo exploratório com professores de educação básica. Dissertação de mestrado em Universidade Federal do Pará, Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Brasil.

PESTANA, M.H.; GAGEIRO, J.N. (2005). Análise de Dados para Ciências Sociais: A complementaridade do SPSS. 4.ed., Lisboa: Edições Sílabo.

PLANALP, S. (1999). Communicating Emotion: Social, Moral and Cultural Process. Cambridge: Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9781316257012

RAMOS, E.M.L.S; ALMEIDA, S.S.; ARAÚJO, A.R. (Orgs.). (2008). Segurança Pública: Uma abordagem Estatística e Computacional. Belém: Editora Universitária EDUFPA, v.10, p.1010.

RAMOS, M. F. H. (2015). Modelo Social Cognitivo de Satisfação no Trabalho e Eficácia Coletiva: Percepções sobre a docência. Belém. 239 p. Teses. Universidade Federal do Pará, Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento.

SANCHEZ, C. N. M.; GOUVEIA JUNIOR, A. (2011). O teste da simulação do falar em público não gera ansiedade em adolescentes surdos ou ouvintes. São Paulo: Rev. bras. ter. comport. Cogn., 13, 2, 21-32. DOI: https://doi.org/10.31505/rbtcc.v13i2.451

SANTOS, D.; PRIMI, R. (2014). Desenvolvimento socioemocional e aprendizado escolar: uma proposta de mensuração para apoiar políticas públicas. São Paulo: Instituto Ayrton Senna.

SCHUNK, D. H. (2012). Learning theories: an educational perspective. 6° ed. Boston, MA: Pearson, 117 – 163.

SROUFE, L. A. (1982). The organization of emotional development. Psychoanalytic Inquiry, Minneapolis: University of Minnesota, 575-599. DOI: https://doi.org/10.1080/07351698209533421

ZIMMERMAN, B. J. (1989). A Social Cognitive View of Self-Regulated Academic Learning. Journal of Educational Psychology, 81, 3. DOI: https://doi.org/10.1037/0022-0663.81.3.329

ZUARDI, A. W.; COSME, R. A; GUIMARÃES, F. S. (1993). Effects of ipsapirone and cannabidiol on human experimental anxiety. Journal of Psychopharmacology, 7, 82-88. DOI: https://doi.org/10.1177/026988119300700112

Publicado

2023-09-22

Como Citar

TORQUATO , J. G. da S.; FURTADO, M. R. M.; SILVA, E. P. S.; RAMOS, E. M. L. S.; RAMOS , M. F. H. Autorregulação Emocional e Estados Afetivos de alunos de pós-graduação Stricto Sensu. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 5, p. e10621, 2023. DOI: 10.47149/pemo.v5.e10621. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/10621. Acesso em: 31 out. 2024.