O brincar compreendido e percebido por professoras da Educação Infantil no retorno das atividades presenciais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v6.e13243

Palavras-chave:

Educação Infantil, Docentes, Brincar, Criança

Resumo

Este estudo busca refletir e compreender o brincar após as medidas emergenciais de distanciamento da pandemia na Educação Infantil. Utilizando uma abordagem qualitativa descritiva, realizamos entrevistas semiestruturadas com duas professoras da cidade de Campinas/SP. no retorno das atividades presenciais. Para a análise e interpretação dos resultados, recorremos à técnica de análise de conteúdo. Como aporte teórico, utilizamos a teoria do "Brincar e se-movimentar”, de Elenor Kunz, que destaca o brincar como uma atividade dialógica, inerente à condição da criança e, por isso, peça fundamental das culturas infantis. Para compreendermos como as professoras perceberam o brincar, apresentamos e discutimos suas trajetórias profissionais, suas compreensões do fenômeno brincar e suas percepções no retorno presencial das atividades. Como resultados, destacamos a compreensão e percepção sobre o brincar como uma forma potencial de atuar sobre o mundo e de representar o contexto de vida das crianças naquele momento.

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Biografia do Autor

Lucas Vargas Bozzato, Universidade Federal de Pelotas

Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) na linha de Teoria e Prática pedagógica na escola na condição de Bolsista CAPES.

Kizzy Fernandes Antualpa, Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Professora adjunta do curso de Educação Física da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Graduada e mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Coordenadora do grupo de estudos em Ginástica da UFBA (GEGINBA), membro do Grupo de Pesquisa em Ginástica da UNICAMP (GPG), integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa na Interação Corpo e Mente na Saúde Mental - UFRJ.

Lauryn Nunes de Quadros, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Graduada em Licenciatura em Educação Física na Universidade Federal de Santa Catarina. Professora da Rede Municipal de Florianópolis. Linha de pesquisa: Infância e Educação Infantil, Identidade e carreira docente, Educação Física Escolar.

Andrize Ramires Costa, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Possui graduação em Educação Física pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (2004), Mestrado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC (2011) e Doutorado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC (2015). Atualmente é professora efetiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC/CED/MEN) e coordenadora do LEPGIC (Laboratório de Estudos Pesquisa em Ginásticas, Infâncias e Crianças). Já teve experiências como docente na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) ,Universidade Federal do Pará (UFPA) e como professora colaboradora da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Foi diretora do comitê técnico da (GAF) da Federação de Ginástica de Santa Catarina. Atualmente é árbitra internacional de Ginástica Artística (FIG) e docente do Programa de Pós Graduação em Educação Física (PPGEF/UFSC). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Educação Física, Educação Infantil, Ginástica Escolar, Ginástica Artística e Rítmica, Ginástica para Todos, Estágio e Escola. 

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Publicado

2024-10-15

Como Citar

BOZZATO, L. V.; ANTUALPA, K. F.; NUNES DE QUADROS, L.; COSTA, A. R. O brincar compreendido e percebido por professoras da Educação Infantil no retorno das atividades presenciais. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 6, p. e13243, 2024. DOI: 10.47149/pemo.v6.e13243. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/13243. Acesso em: 21 dez. 2024.