A instrumentalização das práticas docentes via formação continuada de professores

Autores

Palavras-chave:

Formação Continuada, Prática docente, Público e privado, Instrumentalização do ensino, Currículo

Resumo

O presente artigo busca discutir a formação continuada de professores na rede de Ensino Público de Caruaru, município do Agreste de Pernambuco, que é norteada por projetos curriculares concebidos pelo setor privado centrando suas atenções, sobretudo, nas práticas docentes. Destacamos a atuação docente a partir da compreensão de que a prática não é lócus apenas da aplicação de um conhecimento científico, produzido por outros sujeitos que não habitam a escola, e que a formação continuada de professores não representa aplicação ou reprodução de métodos, mas é espaço que possibilita a criação e reflexão sobre a atuação docente. Assim, questionamos projetos de formação continuada que prevêem a aplicação de modelos prontos e produzem práticas docentes engessadas. Para problematizarmos a relação entre os projetos e as práticas docentes tomamos como referências Certeau, (1998), Frangella (2020), Macedo, (2014) Sarti (2008), Borges e Peixoto (2017), Laval, (2019) e as redes de políticas de Ball (2001).  Observamos que embora as práticas de professores e professoras sejam impactadas pelos projetos propostos ao setor público pelo setor privado, essas são (re)significadas considerando aspectos das subjetividades das trajetórias individuais e coletivas dos docentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joselha Ferreira da Silva, Universidade Federal de Pernambuco

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea (PPGEDUC) pela Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste (UFPE/CAA), bolsista CAPES. Pós-Graduação em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela FAFICA.

Carla Patrícia Acioli Lins, Universidade Federal de Pernambuco

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea (PPGEDUC) e da Licenciatura em Pedagogia do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Referências

BALL, S. J. Diretrizes políticas globais e relações políticas locais em educação. Currículo sem fronteiras, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. xxviixliii, 2001. Disponível em

https://gestaoeducacaoespecial.ufes.br/sites/gestaoeducacaoespecial.ufes.br/files/field/anexo/ball.pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.

BORGES, Veronica; PEIXOTO, Viviane Gualter. Disputas discursivas em torno de uma identidade fixa docente: quais demandas formativas estão sendo representadas? In: LOPES, Alice Casimiro; OLIVEIRA, Marcia Betania. Políticas de currículo: pesquisas e articulações discursivas. Curitiba: CRV, 2017.

CERTEAU, De Michel. A artes de fazer invenção do cotidiano. Ed. Vozes, Petrópolis 1998.

FRANGELLA, Rita C. P. Políticas curriculares, formação de professores, (im)possibilidades formativas e... o que há no meio do caminho? In: CRUZ, Giseli Barreto da; FERNANDES Claudia; FONTOURA, Helena Amaral da; Mesquita, Silvana. Didática(s) entre diálogos, insurgências e políticas. 1. Ed., Rio de Janeiro/Petrópolis:Faperj; CNPQ; Endipe/ DP et all, 2020. Disponível em: https://pt.scribd.com/document/481021454/Caderno-do-Congressista-XX-ENDIPE-Rio-2020-pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.

FRANGELLA, Rita de Cassia. “Essa é sua pasta e sua turma inserção de professores na rede de ensino e suas implicações curriculares”. Revista E-Curriculum, [S.1.], v. 11, n. 2, p. 573-592. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/8202. Acesso em: 20 jul. 2021.

LAVAL, Christian. A Escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. Tradução Mariana Echalar. – 1ª. Ed. – São Paulo: Boitempo,2019.

LOPES, Alice Casimiro. Políticas curriculares: continuidade ou mudança de rumo? Revista Brasileira de educação. n. 26, p. 109-183, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/bjF9YRPZJWWyGJFF9xsZprC/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 20 jul. 2021.

MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Comum Curricular: novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista e-curriculum, SP, v.12, n.03 p.1530-1555 out/dez.2014. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/21666/15916. Acesso em: 20 jul. 2021.

MARCHELLI, Paulo Sergio. Políticas de currículo, formação docente e as propostas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). In Lopes, Alice Casimiro; Oliveira, Marcia Betania. Políticas de currículo: pesquisas e articulações discursivas. Curitiba: CRV, 2017.

SARTI, Flavia Medeiros. O professor e as mil maneiras de fazer no cotidiano escolar. Educação: teoria e prática – v. 18, n.30, jan-jun-2008, p.47-65.

TANURI, Leonor Maria. História da formação de professores. Revista Brasileira de Educação. Ma/Jun/Jul/Ago, p.61 -88, 2000. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/47283100/historia-da-formacao-de-professores-no-brasil-leonor-tanuri/9. Acesso em: 20 jul. 2021.

Publicado

2021-08-22

Como Citar

Silva, J. F. da ., & Lins, C. P. A. (2021). A instrumentalização das práticas docentes via formação continuada de professores. Ensino Em Perspectivas, 2(4), 1–12. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/ensinoemperspectivas/article/view/6348

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)