Gênero, interseccionalidade e ensino de história

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v4.e49167

Palavras-chave:

Base Nacional Curricular Comum (BNCC), Ensino de História, Interseccionalidade

Resumo

Este texto investigou sobre as reverberações da Base Nacional Curricular Comum (BNCC) no Plano Nacional do Livro Didático (PLND) para o ensino de história. Foi investigado sobre os impactos da reformulação curricular para os assuntos voltados aos estudos de gênero, relações étnico-raciais e população indígena. Para isso, foram utilizados como referenciais teórico metodológicos os estudos da interseccionalidade, Crenshaw (2009), currículo, de Sacristán (2013), Gabriel (2019), Monteiro & Penna (2011), e, de consciência histórica de Jörn Rüsen (2011). Diante da pertinência dos assuntos apontados, percebeu-se que, a partir da BNCC, existiu uma fragmentação dos conteúdos, em especial das temáticas que abordam os estudos de gênero, relações étnico-raciais e população indígena.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elenice de Paula, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina – PPGE-UFSC, professora na Secretaria de Educação do Estado do Paraná, Guarapuava-PR, com a disciplina de sociologia. Graduada em História (2008) Unicentro.

Jorge Luiz Zaluski, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Doutor em História do Tempo Presente pela Universidade do Estado de Santa Catarina – PPGH-UDESC. Mestre em História (2016), Unicentro.  Professor colaborador no departamento de história da Universidade Estadual do Centro-oeste-Unicentro, Doutor em História do Tempo Presente pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Integrante do Laboratório de Relações de Gênero e Família LABGEF-UDESC. Pesquisador sobre estudos de gênero, infâncias e ensino de história. Trabalho resulta de discussões em conjunto com a coautora durante formação pedagógica para implementação do novo ensino médio em colégios estaduais de Guarapuava, Paraná.

Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, DF: MEC: CONSED: UNDIME, 2017.

BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013.

BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, p. 1, 11 mar. 2008. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2008/lei-11645-10-marco-2008-572787-publicacaooriginal-96087-pl.html. Acesso em 10 de julho de 2022.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.

CERRI, Luis Fernando; Maria Paula. O banho, a água, a bacia e a criança: história e historiadores na defenestração da primeira versão da Base Nacional Curricular Comum de História para o Ensino Fundamental. Educar em Revista, Curitiba, v. 37, e77155, 2021. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/77155. Acesso em 10 de julho de 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.77155

COLLINS, Patricia Hill, Bilge, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2020.

CRENSHAW, Kimberlé. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. VV. AA. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, 2004.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

GABRIEL, C. T. Currículo de História. In: FERREIRA, M. M; OLIVEIRA, M. M. D. (org.). Dicionário de Ensino de História. Rio de Janeiro: FGV, 2019. v. 1, p. 72-78.

HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. 1. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018. E-book.

MONTEIRO, Ana Maria Ferreira da Costa; PENNA, Fernando de Araújo. Ensino de História: saberes em lugar de fronteira. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 36, n. 1, p. 191-211, jan./abr. 2011. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/15080. Acesso em 13 de jul. de 2022.

OLIVEIRA, Sandra Regina Ferreira de; CAIMI, Flávia Eloisa. Vitória da tradição ou resistência da inovação: o ensino de história entre a BNCC, o PNLD e a escola. Educar em Revista, Curitiba, v. 37, e77041, 2021. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/77041. Acesso em 10 de maio de 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.77041

RÜSEN, Jörn. Aprendizado histórico. In: SCHMIDT, M. A.; BARCA, I.; MARTINS, E. R. (org.). Jörn Rüsen e o ensino de história. Curitiba: Ed. UFPR, 2011. P. 41-49.

SACRISTÁN, J. G. O que significa o currículo? In: SACRISTÁN, J. G. (org.). Saberes e incertezas sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013. p.16-35.

Publicado

2022-11-21

Como Citar

PAULA, . E. de .; ZALUSKI, J. L. . Gênero, interseccionalidade e ensino de história. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 4, p. e49167, 2022. DOI: 10.47149/pemo.v4.e49167. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/9167. Acesso em: 26 abr. 2024.