Café com canela pela perspectiva do cinema negro e da história da cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v5.e510637

Palavras-chave:

Cinema negro, Morte, Luto, Cotidiano, Recôncavo Baiano

Resumo

Este artigo objetiva, a partir da obra cinematográfica “Café com Canela”, de 2017, dirigida por Ary Rosa e Glenda Nicácio, tecer sob as lentes do Cinema Negro, com direção, roteirização e interpretação de pessoas negras e do Novíssimo Cinema Brasileiro, com foco em aspectos realistas sociais regionais, o caráter pedagógico dessa produção envolve aspectos geracionais e de gênero, em múltiplas temporalidades, o enredo oferece percepções sobre a vida cotidiana da região do Recôncavo Baiano e sensibilidades sobre a morte, luto, afetos e desafetos. Sob a metodologia de análise da História Cultural, o filme foi subdividido em partes: a primeira, exibição para 10 espectadores selecionados para o estudo, a segunda, decupagem ou decomposição das cenas para a descrição e a terceira, a reconstrução para a compreensão das relações entre os elementos e interpretação dos pesquisadores e coparticipantes. O contributo foi a compreensão do cinema como registro/documento da história e a comprovação do seu cunho educativo para as discussões sobre a humanização das pessoas negras. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sheila Cristina Silva Aragão Caetano, Universidade Zumbi dos Palmares

Professora Adjunta I, Faculdade Zumbi dos Palmares. Mestre e doutoranda em Educação, Arte e História da Cultura pela UPM. Historiadora da cultura, pesquisadora & bolsista CAPES. Coordenadora de Planejamento estratégico no Instituto Piraporiando. Especialista em cultura afro-brasileira.

Rosana Maria Barbato Schwartz, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Coordenadora e Professora do curso de Pós Graduação Educação, Arte e História da Cultura pela UPM. Doutora em História, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007). Mestre em Educação, Artes e História da Cultura, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

João Clemente de Souza Neto, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Possui graduação em Ciências Sociais (1987), mestrado (1992) e doutorado (1997) em Ciências Sociais, e pós-doutorado (2005) em Sociologia Clínica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor Adjunto na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Referências

ALMEIDA, Sílvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.

CAETANO, Sheila Cristina Silva Aragão. Um diálogo entre as constru[(a)ções] da percepção negativa do negro na sociedade brasileira e a exposição “Histórias Afro-Atlânticas” como plataforma de con[ver]s[ações] de mudança dessa percepção. Dissertação (Educação, Arte e História da Cultura) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2020.

CARVALHO, Noel dos Santos. A trajetória de Odilon Lopez: um pioneiro do cinema negro brasileiro. História: Questões & Debates, v. 63, n. 2, p. 107-130, 2015. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/46704 DOI: https://doi.org/10.5380/his.v63i2.46704

CASSIER, Ernest. Ensaio sobre o homem: introdução a uma filosofia da cultura humana. BUENO, T. R. (Trad.)São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu, 2020.

FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. Vol. 1 - O legado da raça branca. São Paulo: Dominus/Editora Universidade de São Paulo, 1965.

FERRO, Marc. Culture et révolution. Paris: Éditions de L'EHESS, 1989.

HALL, Stuart. Cultura e representação. Organização e Revisão Técnica: Arthur Ituassu. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: Apicuri, 2016.

MANGUEL, Alberto. (2001). Lendo imagens: uma história de amor e ódio. Tradução de Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

MÄKI, Temuu. A Pratical Utopia. 2014. Disponível em: https://www.researchcatalogue.net/view/89494/89495. Acesso em: 25 jun. 21.

NASCIMENTO. Abdias. Teatro Negro do Brasil: uma experiência sócio-racial. Revista Civilização Brasileira, Julho. 1968.

NOVA, Cristiane. Novas lentes para a história: uma viagem pelo universo da construção da História e pelos discursos audio-imagéticos. Dissertação. (Educação). Universidade Federal da Bahia, 1999.

RAMOS, Alberto Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro, UFRJ, 1995.

RUFINO. Joel. O que é Racismo. Brasiliense, 1984.

SCHWARTZ, Rosana Maria Pires Barbato. Retratos da História: imagens e documento. In: Dina Maria Martins Ferreira. (Org.). Imagens o que fazem e o que significam. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2010.

SOUZA NETO, João Clemente de; PRUDENTE, Celso Luiz; FERNANDES-MARCOS, Aderito. Dossiê: Função pedagógica do cinema negro. In Revista Trama Interdisciplinar. São Paulo: Mackenzie, 2023.

SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica: multiculturalismo e representação. Cosac Naify, 2006

VANOYE, Francis; GOLLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a Análise Fílmica. Campinas, Papirus.1994.

Publicado

2023-08-29

Como Citar

CAETANO, S. C. S. A.; SCHWARTZ, R. M. B.; SOUZA NETO, J. C. de. Café com canela pela perspectiva do cinema negro e da história da cultura. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 5, p. e510637, 2023. DOI: 10.47149/pemo.v5.e510637. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/10637. Acesso em: 16 maio. 2024.

Edição

Seção

Dossiê - Cinema Negro