Café com canela pela perspectiva do cinema negro e da história da cultura
DOI:
https://doi.org/10.47149/pemo.v5.e510637Palavras-chave:
Cinema negro, Morte, Luto, Cotidiano, Recôncavo BaianoResumo
Este artigo objetiva, a partir da obra cinematográfica “Café com Canela”, de 2017, dirigida por Ary Rosa e Glenda Nicácio, tecer sob as lentes do Cinema Negro, com direção, roteirização e interpretação de pessoas negras e do Novíssimo Cinema Brasileiro, com foco em aspectos realistas sociais regionais, o caráter pedagógico dessa produção envolve aspectos geracionais e de gênero, em múltiplas temporalidades, o enredo oferece percepções sobre a vida cotidiana da região do Recôncavo Baiano e sensibilidades sobre a morte, luto, afetos e desafetos. Sob a metodologia de análise da História Cultural, o filme foi subdividido em partes: a primeira, exibição para 10 espectadores selecionados para o estudo, a segunda, decupagem ou decomposição das cenas para a descrição e a terceira, a reconstrução para a compreensão das relações entre os elementos e interpretação dos pesquisadores e coparticipantes. O contributo foi a compreensão do cinema como registro/documento da história e a comprovação do seu cunho educativo para as discussões sobre a humanização das pessoas negras.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Sílvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.
CAETANO, Sheila Cristina Silva Aragão. Um diálogo entre as constru[(a)ções] da percepção negativa do negro na sociedade brasileira e a exposição “Histórias Afro-Atlânticas” como plataforma de con[ver]s[ações] de mudança dessa percepção. Dissertação (Educação, Arte e História da Cultura) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2020.
CARVALHO, Noel dos Santos. A trajetória de Odilon Lopez: um pioneiro do cinema negro brasileiro. História: Questões & Debates, v. 63, n. 2, p. 107-130, 2015. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/46704 DOI: https://doi.org/10.5380/his.v63i2.46704
CASSIER, Ernest. Ensaio sobre o homem: introdução a uma filosofia da cultura humana. BUENO, T. R. (Trad.)São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu, 2020.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. Vol. 1 - O legado da raça branca. São Paulo: Dominus/Editora Universidade de São Paulo, 1965.
FERRO, Marc. Culture et révolution. Paris: Éditions de L'EHESS, 1989.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Organização e Revisão Técnica: Arthur Ituassu. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio: Apicuri, 2016.
MANGUEL, Alberto. (2001). Lendo imagens: uma história de amor e ódio. Tradução de Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
MÄKI, Temuu. A Pratical Utopia. 2014. Disponível em: https://www.researchcatalogue.net/view/89494/89495. Acesso em: 25 jun. 21.
NASCIMENTO. Abdias. Teatro Negro do Brasil: uma experiência sócio-racial. Revista Civilização Brasileira, Julho. 1968.
NOVA, Cristiane. Novas lentes para a história: uma viagem pelo universo da construção da História e pelos discursos audio-imagéticos. Dissertação. (Educação). Universidade Federal da Bahia, 1999.
RAMOS, Alberto Guerreiro. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro, UFRJ, 1995.
RUFINO. Joel. O que é Racismo. Brasiliense, 1984.
SCHWARTZ, Rosana Maria Pires Barbato. Retratos da História: imagens e documento. In: Dina Maria Martins Ferreira. (Org.). Imagens o que fazem e o que significam. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2010.
SOUZA NETO, João Clemente de; PRUDENTE, Celso Luiz; FERNANDES-MARCOS, Aderito. Dossiê: Função pedagógica do cinema negro. In Revista Trama Interdisciplinar. São Paulo: Mackenzie, 2023.
SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica: multiculturalismo e representação. Cosac Naify, 2006
VANOYE, Francis; GOLLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a Análise Fílmica. Campinas, Papirus.1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Sheila Cristina Silva Aragão Caetano, Rosana Maria Barbato Schwartz, João Clemente de Souza Neto (Autor)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores possuem direitos autorais dos seus textos:
A revista "Práticas Educativas, Memórias e Oralidades permite ao/s autor/es os direitos de publicação, no entanto, recomenda um intervalo de cinco anos para o caso de republicação ou referência ao primeiro local de publicação, no caso, o link da Rev. Pemo..
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.