Impactos antrópicos no ecossistema manguezal da praia de Requenguela, no município de Icapuí – CE
DOI:
https://doi.org/10.47149/pemo.v3i3.7176Palavras-chave:
Mangue, Recuperação, AntropizaçãoResumo
O trabalho identifica as principais ações antrópicas que degradam e desequilibram o meio ambiente, principalmente sobre o ecossistema manguezal, além de apresentar uma proposta para a recuperação de um fragmento florestal de mangue da praia de Requenguela, no município de Icapuí, estado do Ceará, Brasil. Para identificar e analisar as ações antrópicas, foi realizada uma visita de campo para constatar os fatores preponderantes para a degradação ambiental do ecossistema estudado. Destaca-se que a área intensamente antropizada nessa praia possui uma extensão de aproximadamente 12,86 hectares, onde serão implantadas 213 unidades de plantio no modelo em “ilhas” em toda a extensão, como proposta para recuperação, sendo cada uma destas composta por 63 mudas de mangue preto e branco. Ressalta-se que também foi proposto para este estudo um “Plantio Adensado de Sementes” na borda da vegetação consolidada e na área mais seca, para maximização dos esforços e promover uma recuperação mais rápida da área. Para a borda do mangue, serão inseridas 5.760 mudas de mangue vermelho, totalizando assim, um plantio de 19.179 mudas em toda a extensão da área. O ciclo do plantio das mudas irá dispor de um intervalo de tempo de quatro meses, pois esse é o período necessário para iniciar a preparação das mudas até se desenvolverem e estarem aptas a serem plantadas. Considerando um índice de sobrevivência em campo de 10% das mudas, seriam necessários aproximadamente 15 anos para que toda a área esteja recoberta por mudas estabelecidas e, assim, promover a recuperação da dinâmica do ecossistema local.
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