Práticas educativas em pleno Carnaval: o autismo entre confetes e serpentinas
DOI:
https://doi.org/10.47149/pemo.v7.e15526Palabras clave:
Autismo, Carnaval, Prática educativa, Educação não-formal, Causa identitáraResumen
Este ensaio objetiva projetar referências simbólicas feitas ao autismo, capturando imagens de passagens carnavalescas, elaboradas a partir da “Identidade Autista”, para pensá-las sob uma perspectiva educativa e inclusiva. Deste modo, são trazidos ao escrito as escolas de samba Dascuia e Princesa do Igaraçu, que, em 2024, respectivamente, enredaram os temas “Cores do coração: uma jornada pelo autismo” e “Abram alas e deixem o autismo brilhar”. Interpela-se também o bloco Galo da Madrugada, que, em 2025, vestiu sua mascota com signos do autismo, e a banda Nação Zumbi, que dedicou seu show no Marco Zero às pessoas autistas, fazendo uso de meias com estampa de quebra-cabeça. A intenção do texto não foi estabelecer uma crítica negativa às estratégias de divulgação da causa autista, no entanto conclui-se que é importante tencionar tal debate para além do colorido festivo, que, infelizmente, pode reduzir a causa identitária a uma manifestação pontual e superficial.
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