Aõbo Rarybere Wyna Ki Heòty? Por que não a língua do meu povo?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v7.e15164

Palabras clave:

Univeridade, Narrativas, Oralidade, Contracolonização indígena

Resumen

As questões trazidas no texto fazem gira ao som do maracá pela manutenção e insistência de modos de existência na universidade. Tomando-se como território de análise as narrativas das autoras em seus cotidianos acadêmicos e indígenas, problematizam-se situações diárias de violência e recolonização. A cidade universitária que se pretende “universal”, “democrática”, “diversa” em seu modo de funcionamento, aponta ela mesma a urgência de fazer durar o problema que tais palavras instauram quando se apresentam como palavras de uma educação para ordem e progresso branco neoliberal. Mas, o que poderia, com essas palavras, uma língua em fogo?

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Biografía del autor/a

Carleane Soares da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Pesquisadora indígena do povo Xukuru, Kariri; Graduação em Filosofia (UFS); Mestrado em Educação (PPGED/UFS); doutoranda (PPGED/UFS). Integrante do coletivo de estudantes indígenas e quilombolas José Apolônio (UFS).

Michele de Freitas Faria de Vasconcelos, Universidade Federal de Sergipe

Professora do Departamento de Psicologia e dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia e Educação da Universidade Federal de Sergipe. Integrante do Observatório Popular de violências, pela Vida de mulheres de povos e comunidades tradicionais de Sergipe (OPOPVida/UFS). 

 

 

 

 

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Publicado

2025-11-27

Cómo citar

SILVA, C. S. da; VASCONCELOS, M. de F. F. de. Aõbo Rarybere Wyna Ki Heòty? Por que não a língua do meu povo?. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades, [S. l.], v. 7, p. e15164, 2025. DOI: 10.47149/pemo.v7.e15164. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/15164. Acesso em: 5 dic. 2025.

Número

Sección

Dossiê - Estudos Trans e Cuir: intersecções e diálogos