Dificuldades na consulta clínica e nutricional de surdos no Brasil

revisão de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v1i1.3605

Palavras-chave:

Surdos, Língua Brasileira de Sinais, Saúde, Nutrição

Resumo

O objetivo do estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre a pessoa surda e as dificuldades enfrentadas na consulta com profissionais da saúde, principalmente o nutricionista no Brasil. Trata-se de uma revisão de literatura. Foi realizada busca em bases de dados do SciELO e Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram “Libras”, “surdos”, “saúde” e “nutrição”. Foram selecionados estudos no idioma português. Também foi consultada a legislação vigente no país relacionada ao deficiente auditivo e o Código de Ética e de Conduta do Nutricionista. A pesquisa mostrou que os estudos relacionados com o tema são poucos e remetem a mesma problemática: a dificuldade na comunicação entre o portador de surdez e o profissional de saúde, com foco no nutricionista. A inclusão da disciplina de Libras na grade curricular da graduação, e a participação do Estado como provedor de intérpretes e capacitação de profissionais da saúde pode contribuir no atendimento adequado ao surdo.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Nerys, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS

Acadêmica do curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Atualmente participa como aluna do Programa de Extensão e Gestão das Atividades (PEGA) na área de nutrição em paciente crítico, fisioterapia e interdisciplinar.

Janine Koepp, Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC

Graduada em Enfermagem pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC(2003). Possui Especialização em Ações Interdisciplinares em Saúde do Trabalhador - UNISC (2006). Mestrado em Educação da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC (2011). Doutorado em Medicina e Ciências da Saúde - PUC/RS (2019). Atualmente é professora do Curso de Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). É membro da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente(REBRAENSP) - Núcleo Vales. Foi Tutora do Programa de Educação pelo Trabalho em Saúde (Pet- Saúde) do Ministério da Saúde - nos PEts Redes de Atenção - Rede Cegonha e Pessoas com Deficiência . Atuou como Tutora do Curso de Especialização da FIOCRUZ/RJ e Escola de Saúde Pública de Lisboa (Portugal) - Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente - 1 edição. Tem experiência nas áreas de Segurança do Paciente, Tecnologias para a Saúde, desenvolvimentos de aplicativos para a área da saúde. Áreas de interesse: Segurança do Paciente, Tecnologias, Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde, Controle de Infecção, Clínica/ Cirúrgica e Educação

Bartira Ercília Pinheiro da Costa, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS

Graduação em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (1981-5) - Mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1989-91) - Doutorado em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS (1998-2002) - Pós-doutorado na University of Mississippi Medical Center - UMMC (2005-6). Professora Titular da Escola de Medicina: Graduação e Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde - PUCRS. Coordenadora de Pesquisa da Escola de Medicina da PUCRS.

Miriam Viviane Baron, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade de Santa Cruz do Sul (2009). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde da PUCRS - Conceito CAPES 6 e bolsista CAPES. Mestra em Promoção da Saúde pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC (2015). Pós-Graduação em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família pelo Centro Universitário Internacional Uninter - Curitiba (2013) e Pós-Graduação em Fisioterapia em UTI pela Faculdade Inspirar - Porto Alegre (2015).

Referências

ABREU, Taís; FRIEDMAN, Rogerio; FAYH, Ana Paula Trussardi. Aspectos fisiopatológicos e avaliação do estado nutricional de indivíduos com deficiências físicas. Revista HCPA, vol. 31, n. 3, p. 345-352, 2011. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/157948/000855864.pdf?sequence=1. Acesso em: 10 dez. 2018.

ARAÚJO, Camila Crisse Justino de et al. Consulta de Enfermagem às pessoas surdas: uma análise contextual. ABCS Health Sciences, vol. 40, n. 1, p. 38-44, 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publicatio/276488023_Consulta_de_Enfermagem_as_pessoas_surdas_uma_analise_contextual. Acesso em: 20 dez. 2018.

BARON, Miriam Viviane; GAYA, Anelise Reis; KRUG, Suzane Beatriz Frantz. Programa Educativo sobre Úlcera por Pressão com Equipes de Enfermagem. Revista Educação e Formação, v.3, n.1, p.124-136, 2018. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/175/157. Acesso em: 15 dez. 2018.

BRASIL. Câmara dos Deputados, Centro de Documentação e Informação. Lei nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm . Acesso em: 17 dez. 2018.

BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN n° 599, de 25 de Fevereiro de 2018. Aprova o Código de Ética e de Conduta do Nutricionista e dá outras Providências. Disponível em: http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_599_2018.htm . Acesso em: 13 dez.. 2018.

BRASIL. Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Brasília, 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm. Acesso em: 23 dez. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília, 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em: 23 dez. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasília, 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_pessoa_deficiencia.pdf Acesso em: 20 dez. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência. Brasília, 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_pessoa_com_deficiencia.pdf Acesso em: 20 dez. 2018.

CHAVEIRO, Neuma; BARBOSA, Maria Alves. A surdez, o surdo e seu discurso. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 02, p.166-171, 2004. Disponível em: https://www.fen.ufg.br/revista/revista6_2/pdf/Orig3_surdez.pdf. Acesso em: 21 dez. 2018.

CHAVEIRO, Neuma; PORTO, Celmo Celeno; BARBOSA, Maria Alves. Relação do paciente surdo com o médico. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, v. 75, n.1, p. 147-150, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rboto/v75n1/v75n1a23.pdf. Acesso em: 19 dez. 2018.

CHAVEIRO, Neuma et al. Instrumentos em Língua Brasileira de Sinais para avaliação da qualidade de vida da população surda. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 47, n. 3, p. 616-623, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102013000300616&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 20 dez. 2018.

FRANÇA, Eurípedes Gill, et. al. Dificuldades de Profissionais na Atenção à Saúde da Pessoa com Surdez Severa. Ciencia y Enfermeria, v. xxii, n. 3, p. 107-116, 2016. Disponível em: https://scielo.conicyt.cl/pdf/cienf/v22n3/0717-9553-cienf-22-03-00107.pdf. Acesso em: 10 dez. 2018.

GIUSTINA, F.P.D.; CARNEIRO D.M.N.; SOUZA, R.M. A Enfermagem e a Deficiência Auditiva: assistência ao surdo. Revista de Saúde da Faciplac, Brasília, v. 2, n. 1, jan - dez 2015. Disponível em: http://revista.faciplac.edu.br/index.php/RSF/article/view/101/57. Acesso em: 20 dez. 2018

OLIVEIRA, Yanic Carla Araújo de et al. A língua brasileira de sinais na formação dos profissionais de Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia no estado da Paraíba, Brasil. Comunicação, saúde e educação, v.16, n.43, p.995-1008, out./dez. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/icse/v16n43/aop4712.pdf. Acesso em: 19 dez. 2018.

PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag; FIÚZA, Nara; REBOUÇAS, Cristina. Aspectos da comunicação da enfermeira com o deficiente auditivo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, Fortaleza, v.41, n.3, p.411-8, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v41n3/10.pdf. Acesso em: 19 dez. 2018.

PORTAL BRASIL. Apesar de avanços, surdos ainda enfrentam barreiras de acessibilidade: Mais de 9,7 milhões têm deficiência auditiva no País. Em 2002, Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como oficial. 23 dez. 2017. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2016/09/apesar-de-avancos-surdos-ainda-enfrentam-barreiras-de-acessibilidade. Acesso em: 22 dez. 2018.

RAMOS, Tâmara Silva; ALMEIDA, Maria Antonieta Pereira Tigre. A Importância do ensino de Libras: Relevância para Profissionais de Saúde. Id on Line Revista Muiltidisciplinar e de Psicologia, v.10, n. 33, p. 1981-1179, 2017. Disponível em: https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/606. Acesso em: 18 dez. 2018.

SARAIVA, Francisco Joilsom Carvalho et al. O Silêncio das Mãos na Assistência aos Surdos nos Serviços de Saúde Pública. Olhares Plurais, vol. 2, n. 17, 2017. Acesso em: http://revista.seune.edu.br/index.php/op/article/view/283. Acesso em: 20 dez. 2018.

SOUZA, Gilberto de; MONTENEGRO, Lívia Cozer; SOUZA, Renata de. A língua brasileira de sinais: um instrumento para inclusão social de surdos nos serviços de saúde. REAS, Revista Eletrônica Acervo Saúde, local de publicação, vol. 8, n. 1, p. 834-840, 2016. Disponível em: https://www.acervosaude.com.br/doc/5_2016.pdf. Acesso em: 19 dez. 2018.

SOUZA, Marcos Torres de; PORROZZI, Renato. Ensino de Libras para os Profissionais de Saúde: Uma Necessidade Premente. Revista Práxis, Volta Redonda RJ, ano I, n° 2, 2009. Disponível em: http://web.unifoa.edu.br/praxis/numeros/02/43.pdf. Acesso em: 20 dez. 2018.

STROBEL, K.L. Surdos: vestígios culturais não registrados na história. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/91978?show=full. Acesso em: 21 dez. 2018.

Publicado

2019-01-01

Como Citar

NERYS, F.; KOEPP, J.; COSTA, B. E. P. da; BARON, M. V. Dificuldades na consulta clínica e nutricional de surdos no Brasil: revisão de literatura. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 1–15, 2019. DOI: 10.47149/pemo.v1i1.3605. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/3605. Acesso em: 21 nov. 2024.