Aõbo Rarybere Wyna Ki Heòty? Por que não a língua do meu povo?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v7.e15164

Palavras-chave:

Univeridade, Narrativas, Oralidade, Contracolonização indígena

Resumo

As questões trazidas no texto fazem gira ao som do maracá pela manutenção e insistência de modos de existência na universidade. Tomando-se como território de análise as narrativas das autoras em seus cotidianos acadêmicos e indígenas, problematizam-se situações diárias de violência e recolonização. A cidade universitária que se pretende “universal”, “democrática”, “diversa” em seu modo de funcionamento, aponta ela mesma a urgência de fazer durar o problema que tais palavras instauram quando se apresentam como palavras de uma educação para ordem e progresso branco neoliberal. Mas, o que poderia, com essas palavras, uma língua em fogo?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carleane Soares da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Pesquisadora indígena do povo Xukuru, Kariri; Graduação em Filosofia (UFS); Mestrado em Educação (PPGED/UFS); doutoranda (PPGED/UFS). Integrante do coletivo de estudantes indígenas e quilombolas José Apolônio (UFS).

Michele de Freitas Faria de Vasconcelos, Universidade Federal de Sergipe

Professora do Departamento de Psicologia e dos Programas de Pós-Graduação em Psicologia e Educação da Universidade Federal de Sergipe. Integrante do Observatório Popular de violências, pela Vida de mulheres de povos e comunidades tradicionais de Sergipe (OPOPVida/UFS). 

 

 

 

 

Referências

ADICHIE, Chimamanda. O perigo de uma história única. Trad. Julia Romeu. 1a ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ANZALDÚA, Glória. Como domar uma língua selvagem. Cadernos de letras da UFF. Dossiê da língua portuguesa, n. (39), p. 297-309, 2009.

ANZALDÚA, Glória. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Rev. Estudos Feministas. v.08 n. (01) p. 229 – 236, 2000. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880/9106 Acesso em: 04 set. 2024.

ARRUDA, Débora. Voltar para ir – Wat’u. Belo Horizont: Impressões de Minas, 2021.

BISPO, Nego. A terra dá a terra quer. São Paulo: Ubu Editora, 2023.

BISPO, Nego. Somos da terra. Piseagrama, Belo Horizonte, número (12), página 44 - 51, 2020. Disponível em: https://piseagrama.org/artigos/somos-da-terra/ Acesso em: 24 out. 2024.

BISPO, Nego. Colonização, Quilombos: modos e significados. 2º ed. Brasília, 2019.

CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de Racialidade: A Construção do Outro como Não Ser como fundamento do Ser. 1º ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2023.

CLASTRES, P. Arqueologia da violência: pesquisas de antropologia política. São Paulo: Editora Cosac & Naify, 2004.

DELEUZE, G. Conversações. São Paulo: Coleção Trans, 1992.

DELGADO, Susy. Tataypýpe: Junto al fuego. Asunción: Editora Arandurã, 1994.

GUAIJARA, Kaê. Ancestralizou. In: Kwarahy Tazyr [música]. 2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UvxFXrrSroc.

HARAWAY, Donna. Ficar com problema: fazer parentes no chthuceno. São Paulo: N-1, edições, 2023.

IBÁÑEZ, Mario Rodríguez. Ressiginificando a cidade colonial e extrativista: bem viver a partir de contextos urbanos. In: DILGER, G.; LANG, Miriam; PEREIRA FILHO, J. (orgs). Descolonizar o imaginário: debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2016.

ITAÚ CULTURAL. Nego Bispo – Trajetórias [vídeo]. YouTube, 20 fev. 2024. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Tqt9BnrolFg. Acesso em: 05 jul. 2025.

KRENAK, Ailton. Futuro Ancestral. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

LUBO. Germinar (part. Isaar, Sofia Freire, Ylana Queiroga, Paula Bujes, Laís de Assis e Aishá; part. Flaira Ferro). In: LUBO [música]. 2023. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nCxtShDsaeE.

NÚÑEZ, Geni. Nhande ayvu é da cor da terra: perspectivas indígenas guarani sobre

etnogenocídio, raça, etnia e branquitude. (Tese de doutorado interdisciplinar em ciências humanas) ─ Universidade Federal de Santa Catarina). Florianópolis, 2022. Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFSC_473f48c5fe4ec5a1940f122e090045b6. Acesso em: 20 fev. 2024.

OLIVEIRA, Érika; ROCHA, Késia; MOREIRA, Lisandra; HUNING, Simone. Meu lugar é no cascalho: Políticas de escrita e resistências. Fractal: Revista de Psicologia, v. 31, n. esp., p. 179-184, set. 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/fractal/a/HJTxSpSnxYdMfgpFHfc9WxJ/?lang=pt . Acesso em: 17 out. 2024.

RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, 2013.

ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.

SULIS, R.; LENTZ, G. Uma chama, uma língua, uma tradução: Seis poemas traduzidos do guarani ao português de Susy Delgado. Eutomia. Revista online de Literatura e Linguística. Ano II – Nº 01. 624-629 pp.

VIEIRA JUNIOR, Itamar. Torto Tarado. São Paulo: Todavia, 2019.

Publicado

27-11-2025

Como Citar

SILVA, C. S. da; VASCONCELOS, M. de F. F. de. Aõbo Rarybere Wyna Ki Heòty? Por que não a língua do meu povo?. Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 7, p. e15164, 2025. DOI: 10.47149/pemo.v7.e15164. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/15164. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Dossiê - Estudos Trans e Cuir: intersecções e diálogos