A condição do “ser” na poesia modernista de Drummond e Gullar
DOI:
https://doi.org/10.52521/enpe.v6i1.16594Palavras-chave:
Modernismo, Carlos Drummond, Ferreira Gullar, Poesia socialResumo
Este artigo analisa, sob uma perspectiva crítico-literária, como a poesia modernista brasileira representa o sujeito diante das tensões da modernidade. Para isso, foram selecionados os poemas “Os ombros suportam o mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, e “Não há vagas”, de Ferreira Gullar, obras que dialogam com contextos de guerra, ditadura e desigualdade social. A investigação, de caráter qualitativo e bibliográfico, realizou leitura analítico-interpretativa dos textos, articulada a estudos críticos sobre o Modernismo e seus contextos históricos. Os resultados apontam que Drummond apresenta um lirismo marcado pela resignação e pela anestesia existencial, enquanto Gullar evidencia um posicionamento engajado, com forte denúncia social. Conclui-se que, embora por caminhos distintos, ambos os poetas traduzem a fragmentação do ser moderno e reafirmam a função social da literatura como espaço de resistência, reflexão e (re)humanização.
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