Relato de experiência: o quanto da África tenho em mim
DOI:
https://doi.org/10.52521/enpe.v6i1.16518Palavras-chave:
Educação Infantil, Ancestralidade Africana, Literatura Infantil, Identidade, AntirracismoResumo
Este trabalho apresenta um relato de experiência realizado em 2023 em uma Escola da rede municipal de educação de Salvador-BA, com uma turma da Educação Infantil em uma classe de creche. A proposta foi inspirada no Projeto Pedagógico Quanto da África tenho em mim, desenvolvido ao longo do ano letivo, com o intuito de promover vivências lúdicas que favorecessem o reconhecimento da ancestralidade africana na formação da identidade brasileira, atendendo à Lei 11.645/08. A intervenção foi organizada em três unidades didáticas: a primeira, voltada às cantigas de roda e o samba junino; a segunda, dedicada à literatura infantil, com destaque para as obras As tranças de minha mãe e Os dengos na moringa de Voinha, da autora baiana Ana Fátima; e a terceira, com brincadeiras tradicionais de Gana e Angola. O trabalho buscou valorizar a cultura africana no cotidiano escolar, fortalecendo práticas pedagógicas antirracistas na Educação Infantil. Conclui-se que a experiência evidenciou o potencial das práticas lúdicas e culturais afro-brasileiras na Educação Infantil, promovendo vínculos afetivos, reconhecimento da ancestralidade e respeito à diversidade. Através da ludicidade, da música e da literatura, a escola mostrou-se um espaço essencial para formar sujeitos conscientes, empáticos e comprometidos com uma sociedade plural e democrática.
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Referências
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