O aprisionamento às telas e o declínio das experiências de leitura no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52521/enpe.v5i1.12709

Palavras-chave:

Uso de telas, Leitura, Ensino de língua portuguesa, Políticas públicas de leitura

Resumo

Este texto surge de uma inquietação de pesquisa que tem por objetivo interpretar a relação entre o declínio das experiências de leitura e o aprisionamento às telas digitais, entre as mais diversas faixas etárias da sociedade brasileira. Para substanciar as reflexões, acionamos teorias e epistemologias que embasam os estudos em leitura no Brasil e no exterior, a fim de melhor compreendermos os riscos ao pleno exercício da leitura na e fora da escola. Além desses pressupostos, analisaremos a matéria jornalística “Agarrados à tela”, publicada na Revista Piauí, que retrata o tempo de permanência dos usuários de telas em redes sociais de todo o mundo. Por fim, consideramos ser o tempo de exposição às telas, pelos brasileiros, um agravante ao desenvolvimento da leitura e um desafio maior aos professores de língua portuguesa, sem esquecer-se do atestado concreto da inexistência de uma política pública de leitura em grande escala no país.

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Biografia do Autor

Yago Bezerra Pessoa, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Graduação com licenciatura em Letras Português pela Universidade Federal do Ceará (UFC), especialização em Supervisão e Orientação Educacional pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL), em Linguagens, suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho pela Pró-reitoria de Ensino de Pós-graduação da Universidade Federal do Piauí (UFPI), mestrado em Linguística Aplicada pelo Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará (PosLA/UECE). No ano de 2024, iniciou os seus estudos de doutorado em Letras, com área de concentração em Linguística e Língua Portuguesa, pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Professor efetivo da Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza (SME-Fortaleza). Participa do grupo de pesquisa Práticas de Edição de Textos do Estado do Ceará (PRAETECE/UECE/CNPq/2020-atual). Possui experiência de docência nos níveis fundamental, médio, técnico e superior de ensino. Suas pesquisas estão relacionadas aos campos teóricos da Linguística Aplicada, Filologia, Análise de Discurso Crítica e Ensino de Língua Portuguesa.

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Publicado

2024-12-02

Como Citar

Pessoa, Y. B. (2024). O aprisionamento às telas e o declínio das experiências de leitura no Brasil. Ensino Em Perspectivas, 5(1), 1–16. https://doi.org/10.52521/enpe.v5i1.12709