Educação, alimentação e representações: um olhar para alimentação na escola de tempo integral

Autores

Palavras-chave:

Alimentação, Alimentação saudável, Escola de tempo integral, Representações sociais

Resumo

Este artigo propõe investigar representações que discentes têm sobre alimentação e alimentação saudável no cotidiano dos alunos. Pretende refletir sobre suas práticas cotidianas, que são fortemente marcadas pelo consumismo e padronizações, interferindo na construção de valores socioculturais, os quais são produzidos e retroalimentados constantemente. Temos como objetivo geral analisar as representações sociais da alimentação dos alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola de tempo integral da rede pública de ensino do Ceará, especificamente, intentamos categorizar essas representações entre os discentes sobre alimentação, e alimentação saudável, identificando nesses sujeitos as representações sociais. Como referência teórica, trabalharemos com os autores Bezerra (2002; 2018), Moscovici (2005), Jodelet (2001; 2005) para dialogar acerca de duas categorias de análise: alimentação, alimentação saudável e representações. A pesquisa foi estruturada visando compreender as representações simbólicas em relação à alimentação no contexto escolar e terá uma abordagem qualitativa com a metodologia de estudo de caso, a partir da aplicação de um questionário e entrevista semiestruturada, que corroboram no conhecer, ler e dialogar sobre acontecimentos no contexto do objeto pesquisado. Os resultados da pesquisa, que envolveu entrevistas com 50 alunos, confirmam a hipótese levantada pelo estudo sobre alimentação e alimentação saudável no contexto das representações sociais em uma escola pública de tempo integral. Por exemplo, aproximadamente 70% dos adolescentes consideram alimentação e alimentação saudável como conceitos interligados, reconhecendo a relevância da alimentação em suas vidas e demonstrando interesse em questões relacionadas à nutrição e qualidade dos alimentos que consomem. Além disso, 98% dos entrevistados percebem a aparência física como algo fundamental em suas vidas, sugerindo uma relação entre imagem pessoal, estética e o tipo de alimentação. No entanto, a realidade social dos alunos limita a concretização dessas categorias, uma vez que os hábitos alimentares são condicionados pela escola, onde são oferecidas três refeições diárias, ao contrário do que ocorre em casa, conforme revelado nos depoimentos dos discentes através das entrevistas concedidas.

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Biografia do Autor

André Araújo do Nascimento, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduação em Letras pela Universidade Federal do Ceará. Pós-Graduação em Linguística Aplicada no ensino da Língua Portuguesa pelo Centro Universitário Sete de Setembro. Mestrando em Educação Brasileira pelo PPGE da Universidade Federal do Ceará. Professor da rede de Ensino Pública do Ceará (Seduc), lecionando também nas escolas da rede privada.

José Arimatea Barros Bezerra, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduação em Pedagogia, especialização em Educação Popular em Saúde. Doutorado em Educação Brasileira e Pós-Doutorado em História. Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Academia Cearense de Odontologia. Coordenador de Gestão do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE) UFC/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Referências

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Publicado

2023-10-06

Como Citar

Nascimento, A. A. do, & Bezerra, J. A. B. (2023). Educação, alimentação e representações: um olhar para alimentação na escola de tempo integral. Ensino Em Perspectivas, 4(1), 1–22. Recuperado de https://revistas.uece.br/index.php/ensinoemperspectivas/article/view/11596