Educação X Indústria Cultural: a produção do ressentimento e semiformação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47149/pemo.v3i3.5588

Palavras-chave:

Educação, Indústria cultural, Ressentimento, Semiformação

Resumo

Este artigo é parte dos resultados de uma dissertação de mestrado acerca do processo de naturalização da barbárie pelo ressentimento que produz sujeitos semiformados. Temos como objetivo analisar a influência dos media na educação de crianças e de adolescentes, como forma de evidenciar as consequências desse processo na reprodução dos sujeitos e no recrudescimento da regressão dos sentidos. De cunho teórico analítico, a pesquisa recorre à Teoria Crítica da Sociedade (ADORNO, 1995). Uma das apostas deste estudo é que a transformação social requer a potencialização da escola como lócus privilegiado de compreensão da realidade social. Concluímos que uma grande parcela da sociedade contemporânea reage de forma bárbara, contra si ou terceiros, por não ter consciência de outras possibilidades. Tal fato pode ser observado em decorrência do processo de semiformação produzido pelos mass media, que impede a elaboração do passado e, assim, promove a perpetuação das subjetividades existentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gianni Marcela Boechard, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutoranda na linha de Educação Especial e Processos Inclusivos do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e Professora da rede municipal de Cariacica/ES.

Angela do Nascimento Paranha de Oliveira, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutoranda na linha de Educação Especial e Processos Inclusivos do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo e Professora e Pedagoga da rede municipal de Cariacica/ES.

Referências

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Tradução Wolfgang Leo Maar. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.

ADORNO, Theodor W. Teoria da semiformação. Disponível em: http://adorno.planetaclix.pt/tadorno.htm. Acesso em 16 mar. 2015.

BOECHARD, Gianni Marcela. Educação, indústria cultural e ressentimento no seriado Todo mundo odeia o Chris. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória/ES, 2016. Disponível em: https://educacao.ufes.br/pt-br/pos-graduacao/PPGE/detalhes-da-tese?id=10025. Acesso em 11 jun. 2021.

CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

GINZBURG, Jaime. Literatura, violência e melancolia. São Paulo: Autores Associados, 2013.

KEHL, Maria Rita. O ressentimento camuflado da sociedade brasileira. 2005. Disponível em: http://novosestudos.uol.com.br/v1/contents/view/1153. Acesso em 15 mar. 2015.

LOUREIRO, Robson; DELLA FONTE, Sandra Soares. Indústria Cultural e Educação: entre a formação e a semiformação. In: LOUREIRO, Robson; DELLA FONTE, Sandra Soares. Indústria Cultural e Educação em "Tempos Pós-Modernos". Campinas: Papirus, 2003. Cap. 3. p. 51-73.

MAAR, Wolfgang Leo. A guisa de introdução: Adorno e a experiência formativa. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995, p. 11-28.

NIETZSCHE, Friedrich W. A Genealogia da moral. Preparação dos originais por Joaquim José de Faria. São Paulo: Ed. Moraes, 1986.

NIETZSCHE, Friedrich W. Assim falou Zaratustra. Tradução de Alex Marins. São Paulo: Martin Claret, 2005.

Publicado

2021-06-17

Como Citar

BOECHARD, G. M.; OLIVEIRA, A. do N. P. de. Educação X Indústria Cultural: a produção do ressentimento e semiformação . Práticas Educativas, Memórias e Oralidades - Rev. Pemo, [S. l.], v. 3, n. 3, p. e335588, 2021. DOI: 10.47149/pemo.v3i3.5588. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/revpemo/article/view/5588. Acesso em: 22 dez. 2024.