Educação e trabalho: percepção dos colonos na época da CANG
DOI:
https://doi.org/10.47149/pemo.v7.e13996Palavras-chave:
Colônia Agrícola Nacional de Goiás, Educação, Exclusão social, Resistência, Política.Resumo
O artigo analisa a Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG) sob a perspectiva dos colonos, relacionando suas experiências ao regime político da época, à ausência de políticas públicas e sociais na educação, e à formação política de jovens e adultos, com ênfase nos impactos geracionais. Evidenciam-se os movimentos sociais de resistência e a alienação política das camadas mais vulneráveis, que, privadas do acesso à educação básica, permanecem à margem da dignidade e das políticas sociais. Aborda-se ainda a forma como o discurso do progresso e da tecnologia contribuiu para essa exclusão. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com traços historiográficos, fundamentada em fontes documentais e bibliográficas, incluindo textos de ex-colonos alfabetizados pela EJA. A análise dialoga com obras de Sayão (1985) e Dutra e Silva (2002, 2017), além de entrevistas e documentos históricos sobre a CANG.
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