Caracterização de modelos de formação continuada de professores alfabetizadores

uma apreciação crítica com destaques à Educação Matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.4943

Palavras-chave:

Formação continuada, Educação Matemática, Anos Iniciais, PROFA, Pró-Letramento

Resumo

No presente artigo, partimos da necessidade de compreender processos de formação de professores com destaques à Educação Matemática. Tomamos como objeto de estudo e análise a dinâmica de programas de formação continuada de professores alfabetizadores, a saber: 1) Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA); e 2) Programa de Formação Continuada de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamental (Pró-Letramento). Tais ações foram realizadas em todo território nacional, nas últimas duas décadas, por meio de acordos firmados entre Governo Federal, Estados e Municípios na tentativa de aprimorar o trabalho do professor e contribuir com o seu desenvolvimento profissional tanto no campo da língua materna quanto no da linguagem matemática. Intencionamos compreender o lugar da Educação Matemática no contexto destas propostas ao processo formativo do docente dos primeiros anos de escolarização. Face aos objetivos expostos, em termos metodológicos, apresentamos encaminhamentos e resultados de uma análise documental prévia na perspectiva da pesquisa qualitativa em que buscamos por informações que apontam indícios e subsídios teórico-práticos de como tais programas transcorreram com professores dos anos iniciais no que diz respeito ao ensino de Matemática e sua inter-relação com outros campos do saber, haja vista que, na leitura interpretativa que fazemos, o processo de alfabetização ocorre nas distintas disciplinas escolares que estruturam o conhecimento acumulado ao longo da história pela humanidade, dentre estes o conhecimento matemático. Estimamos, com a conclusão, levantar indicadores de como, nas décadas passadas, a implementação de propostas de natureza teórico-metodológica que envolveram a tríade reflexão-ação-reflexão demarcam a efetivação de políticas de formação continuada do professor que ensina Matemática voltadas ao exercício de sua atividade.

Palavras-chave: Formação Continuada; Educação Matemática; Anos Iniciais; PROFA; Pró-Letramento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Adriele Gabrine Rossini Rodrigues, Universidade Federal de São Carlos

Licencianda em Pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP. Bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Integrante do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar).

Klinger Teodoro Ciríaco, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP.

Professor Adjunto do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, São Carlos-SP. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (Acadêmico e Profissional) da UFSCar e do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS, Campo Grande (MS). Líder do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq).

Referências

BACELLAR, Carlos. Fontes documentais: uso e mau uso dos arquivos. In PINSKY, Carla Bassanezi. (Org.). Fontes históricas. 1ª. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p.23-80.

BORBA, Rute Elizabete de Souza Rosa. Formação inicial e continuada de professores que ensinam Matemática na escolarização inicial. Zetetiké, v. 25, n. 1, p. 117-134. jan./abr. 2017. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8647804>. Acesso em: 15, jan. 2021.

BRASIL, Ministério da Educação. Programa de Formação de Professores Alfabetizadores. Documento de Apresentação. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC, SEF, 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/apres.pdf>. Acesso em: 15, dez. 2020.

BRASIL, Ministério da Educação. Programa de Formação Continuada de Professores das Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Apresentação. Secretaria de Educação Básica (SEB) Secretaria de Educação a Distância (SEED). Brasília: MEC. 2007. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Proletr/guiageral.pdf>. Acesso em: 30, jan. 2021.

BRASIL, Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Apresentação. Alfabetização matemática. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Ministério da Educação. Brasília: MEC, SEB, 2014. Disponível em: <https://wp.ufpel.edu.br/obeducpacto/files/2019/08/Apresentacao.pdf>. Acesso em: 23, out. 2020.

CANÁRIO, Rui. A escola: o lugar onde os professores aprendem. Psicologia da Educação. São Paulo. n. 6. 1º semestre 1998. p.9-27. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/psicoeduca/article/view/42874/28552>. Acesso em: 19, jan. 2021.

DANYLUK, Ocsana. Alfabetização matemática: as primeiras manifestações da escrita infantil. 2ª edição. Porto Alegre. Ediupf, 2002.

FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.

FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis. (org.). Letramento no Brasil: Habilidades matemáticas: reflexões sobre o INAF 2002. São Paulo: Global: Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Informação: Instituto Paulo Montenegro, 2004.

FORMOSINHO, João. Formação contínua de professores: realidades e perspectivas. Aveiro: Universidade de Aveiro, 1991.

KATO, Mary. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. São Paulo: Ática, 1986.

LOPES, Eliane Marta Teixeira; GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. História da educação: o que você precisa saber sobre. Rio de Janeiro: DP & A, 2001.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

NÓVOA, António. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cad. Pesqui. São Paulo, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, Dez. 2017 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742017000401106&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 15, jan. 2021.

ORTEGA, Eliane Maria Vani; PARISOTTO, Ana Luzia Videira. Alfabetização Matemática na Perspectiva do Letramento no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Educação em Revista. Marília. Disponível em: <http://revistas.marilia.unesp.br/index.php/educacaoemrevista/article/view/5845>. Acesso em: 15, jan. 2021.

SANTOS, Myriam Sepúlveda dos. Memória coletiva e teoria social. São Paulo: Annablume, 2003.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

STREET, B. Literacy in theory and practice. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2010.

VALENTE, Wagner Rodrigues. Programas de ensino e manuais escolares como fontes para estudo da constituição da Matemática para ensinar. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia. v. 12, n. 2 (2019), p. 51-63. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/1982-5153.2019v12n2p51/41729>. Acesso em: 11, jan. 2021.

Downloads

Publicado

2021-06-17

Como Citar

RODRIGUES, A. G. R.; CIRÍACO, K. T. Caracterização de modelos de formação continuada de professores alfabetizadores: uma apreciação crítica com destaques à Educação Matemática. Boletim Cearense de Educação e História da Matemática, [S. l.], v. 8, n. 23, p. 1172–1188, 2021. DOI: 10.30938/bocehm.v8i23.4943. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/BOCEHM/article/view/4943. Acesso em: 8 dez. 2024.

Edição

Seção

GT07 - Formação de Professores que ensinam Matemática