Situando a realidade aumentada no Manifesto de 1996

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46230/2674-8266-13-5599

Palavras-chave:

Manifesto, Realidade Aumentada, Multiletramentos

Resumo

O objetivo deste ensaio é situar a realidade aumentada no âmbito do Manifesto de 1996, especialmente no que se refere à pedagogia dos multiletramentos. Inserida no conceito de Internet das Coisas, a realidade aumentada tem se mostrado forte componente da interação humano-computador. Nessa discussão, abordo as possibilidades de práticas multiletradas para dar conta da multiplicidade de comunicações, canais e mídias sem abrir mão do engajamento crítico. Discuto, ainda, os papéis a serem desempenhados por professores e alunos como designers ativos de futuros sociais. Em aulas de línguas adicionais, a ideia de realizar visitas virtuais a atrações culturais, em outros países, pode favorecer o exercício de práticas sociais de linguagem ao mesmo tempo em que provoca reflexões e conhecimento, dentre tantos aspectos, do acesso aos bens culturais da humanidade e da ocupação de todos os espaços na sociedade. Nesse sentido, o movimento de ida a (não tão) novos mundos – como a tecnologia imersiva da realidade aumentada – pode nos ajudar a redesenhar as práticas cotidianas de trabalho, comunicação, compras, relacionamentos, saúde, dentre outros, que irão convergir no campo educacional.

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Biografia do Autor

Paulo Boa Sorte, Universidade Federal de Sergipe – UFS

Doutor em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP. Professor do Departamento de Letras Estrangeiras e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe.  

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Publicado

2021-06-25

Como Citar

SORTE, P. B. . Situando a realidade aumentada no Manifesto de 1996. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 13, n. 2, p. 93–100, 2021. DOI: 10.46230/2674-8266-13-5599. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/5599. Acesso em: 26 abr. 2024.