Educação escolar, formação de professores em serviço e mundo do trabalho

Um diálogo com a pedagogia dos multiletramentos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46230/2674-8266-13-5575

Palavras-chave:

Multiletramentos, Mundo do trabalho, Formação de professores

Resumo

Este ensaio apresenta uma reflexão sobre o conceito mundo do trabalho, apresentado no Manifesto Pedagogia dos Multiletramentos: desenhando futuros sociais (GNL, 1996), destacando as relações entre educação escolar e mundo do trabalho em um país como o Brasil. O texto reflete sobre as possibilidades de tomar o conceito mundo do trabalho como um dispositivo teórico-prático importante para o desenho de formações de professores em serviço, tendo em vista a necessidade de aprofundar, na escola, as discussões sobre o papel da educação escolar na inserção dos alunos no mundo do trabalho. Defendo que é preciso trazer para os debates progressistas as relações entre escola e mundo do trabalho, para avançarmos na formação crítica dos professores e, em última instância, da classe trabalhadora. Apoio-me, em certa medida, em autores do giro decolonial, como Mignolo (2003); Quijano (2010), Walsh (2013); Souza Santos (2010) e Grosfoguel (2019), de modo a propor uma leitura “suleada” das relações entre escola e mundo do trabalho.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

GROSFOGUEL, R. Para uma visão decolonial da crise civilizatória e dos paradigmas da esquerda ocidentalizada. In: BERNARDINO-COSTA, J. MALDONADO-TORRES, N.; GROSFOGUEL, N. (org.) Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

MARTINS, E. B. de A. Educação na lógica de mercado: reflexos nas “falas” dos profissionais das escolas. Teoria e Prática da Educação, v. 22, n.3, p. 195-214, Set./Dez., 2019. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/TeorPratEduc/article/view/47259. Acesso em: 14 jun. 2021.

MIGNOLO, W. Histórias Globais/projetos Locais. Colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

NEW LONDON GROUP. A pedagogy of multiliteracies: designing social futures. Harvard Educational Review; Spring, 1996. Disponível em: http://newarcproject.pbworks.com/f/Pedagogy+of+Multiliteracies_New+London+Group.pdf. Acesso em 05 de fevereiro de 2021.

PINHEIRO, P. A. Sobre o manifesto “a Pedagogy of multiliteracies: designing Social futures” – 20 anos depois. Trab. Ling. Aplic., campinas, n (55.2), p. 525-530, maio/ago. 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8647409/14358. Acesso em 02 de maio de 2021.

RIBEIRO, A. E. Que futuros redesenhamos? Uma releitura do manifesto da Pedagogia dos Multiletramentos e seus ecos no Brasil para o século XXI. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 9, p. 1-19, 2020. Disponível em: http://natal.uern.br/periodicos/index.php/DDL/article/view/2196/1985. Acesso em: 14 jun. 2021.

SOUZA SANTOS, B. d.; MENESES, Maria Paula. (Orgs.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Editora Cortez, 2010.

WALSH, C. (org.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgientes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.

Downloads

Publicado

2021-06-25

Como Citar

MORAIS, D. N. de. Educação escolar, formação de professores em serviço e mundo do trabalho: Um diálogo com a pedagogia dos multiletramentos. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 13, n. 2, p. 64–74, 2021. DOI: 10.46230/2674-8266-13-5575. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/5575. Acesso em: 26 dez. 2024.