A Teoria do Flow como promotora motivacional para estudantes com ansiedade matemática
DOI:
https://doi.org/10.30938/bocehm.v8i23.4781Parole chiave:
Ansiedade Matemática, Flow, Motivação, Dificuldades de Aprendizagem, Educação BásicaAbstract
A matemática faz parte da vida dos estudantes, desde a infância, ajudando na formação, nas resoluções de problemas e nas atividades cotidianas. No entanto, esse é um tópico que ainda ocasiona estresse e ansiedade. Consequentemente, alguns estudantes apresentam uma resposta negativa aos estímulos numéricos, levando-os a um baixo rendimento escolar específico em matemática. A ansiedade matemática pode afetar negativamente não apenas o comportamento diante da matemática, mas na maneira que os estudantes aprendem a matemática. Uma das reações da ansiedade matemática é a tensão, fuga, tédio, ansiedade, desmotivação, preocupação, sentimento de desamparo e medo frente à matemática. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo identificar de que modo os elementos apresentados na Teoria do Flow, podem ajudar no aprendizado da matemática em estudantes que apresentam ansiedade matemática. Foi realizado um estudo bibliográfico que se ocupa em investigar a Teoria do Flow no contexto educacional. Os resultados apontam que os elementos do Flow permitem uma análise diferenciada e individual de como o estudante se apresenta diante as atividades que dependem de suas habilidades, sendo esse um dos elementos mais importante da teoria. A motivação é um processo responsável pela intensidade, direção e persistência de esforços para atingir uma meta, é um fator poderoso que influencia a maneira como os estudantes aprendem e dominam matemática. Isto posto, quando as atividades escolares proporcionam interesse e motivação, os estudantes entram em uma intensa concentração que pode atenuar as reações da ansiedade matemática como desmotivação, desinteresse e tédio.
Palavras-chave: Ansiedade Matemática; Flow; Motivação; Dificuldades de Aprendizagem; Educação Básica.
Downloads
Metriche
Riferimenti bibliografici
ASHCRAFT, M. H.; KIRK, E. P. The relationships among working memory, math anxiety, and performance. Journal of Experimental Psychology: General, v. 130, N. 2, p.224-237, 2001.
BATEN, E.; PIXNER, S.; DESOETE, A. Motivational and Math Anxiety Perspective for Mathematical Learning and Learning Difficulties. In: FRITZ, A.; HAASE, V. G.; RÄSÄNEN, P. (Editors). International Handbook of Mathematical Learning Difficulties: From the Laboratory to the Classroom, Springer International Publishing AG, p. 557-568, 2019.
CARMO, J. S; SIMINOATO, A. M. Reversão de ansiedade à matemática: alguns dados da literatura. Psicologia da Educação, v. 17, n. 2, p. 317-327, jun., 2012.
CARMO, J. S. Ansiedade matemática: conceituação e estratégia de intervenção. In: BRANDÃO, M. Z. da S., CONTE, F. C. de S., BRANDÃO, F. S., INGBERMAN, Y. K., MOURA, C. B. de, SILVA, V. M.; OLIANE, S. M. (Orgs.). Sobre comportamento e cognição: A história e o avanços, a seleção por consequências em ação. Santo André: Esetec, v. 11, p. 433-442, 2003.
CSIKSZENTMIHALYI, M. Flow: the psychology of optimal exeperience. 1st ed. Harper Perennial Modern Classiscs, 1990.
______________. A descoberta do fluxo: a psicologia do envolvimento com a vida cotidiana. Rio de Janeiro. Rocco, 1999.
______________. Applications of Flow in Human Development and Education. The Collected Works of Mihaly Csikszentmihalyi. Springer International Publishing, 2014.
DEVINE, A.; HILL, F.; CAREY, E.; SZŰCS, D. Cognitive and emotional math problems largely dissociate: Prevalence of developmental dyscalculia and mathematics anxiety. Journal of Educational Psychology, 110(3), p.431–444, 2018.
DEVINE, A. Cognitive and emotional mathematics learning problems in primary and secondary school students. 248f. Dissertation for the degree of Doctor of Philosophy, University of Cambridge, 2017.
DREGER, R. M.; AIKEN, L. R. The identification of number anxiety in a college population. Journal of Educational Psychology, v. 48, p. 344-351, 1957.
GEIST, Eungene. The Anti-Anxiety Curriculum: Combating Math Anxiety in the Classroom. Journal of Instructional Psychology, v. 37, n.1, p. 24-31, mar., 2010.
HEMBREE, R. The nature, effect, and relief of mathematics anxiety. Journal for Research in Mathematics Education, v. 21, p. 33-46, 1990.
MEECE, J.L.; WIGFIELD, A.; ECCLES, J. S. Predictors of math anxiety and its influence on young adolescents' course enrollment intentions and performance in mathematics. Journal of Educational Psychology, v. 82 (1), p. 60-70, feb., 1990.
MENDES, A. C; CARMO, J. S. Atribuições dadas à matemática e ansiedade ante a matemática: o relato de alguns estudantes do ensino fundamental. Bolema, v. 28, p. 368, dez. 2014.
SANTOS, F. H.; SILVA, P. A.; RIBEIRO, F. S.; DIAS, A. L. R. P.; FRIGÉRIO, M. C.; DELLATOLAS, G.; ASTER, M. V.Number processing and calculation in Brazilian Children Aged 7-12 years. The Spanish Journal of Psychology, v. 15, n. 2, 2012.
TOBIAS; S. Succeed with Math: Every Student's Guide to Conquering Math Anxiety. College Entrance Examination Board, 1987.