O dispositivo pedagógico Tabuadas e Elementos de Aritmética de Póvoas Pinheiro
DOI:
https://doi.org/10.30938/bocehm.v11i33.11952Palavras-chave:
história do ensino, disciplinas escolares, ensino de aritmética, ensino memorizadoResumo
Este artigo trata do problema das finalidades do ensino das tabuadas escolares, compreendidas como elementos culturais do ensino de aritmética escolar, em uma história de longa duração. Especificamente, o objeto de estudo busca entender os significados históricos do dispositivo pedagógico mencionado, nesse caso específico, analisando um livresco intitulado Tabuadas e Elementos de Aritmética, de Póvoas Pinheiro, professor do município da Corte de 1864 a 1889. Os referenciais teóricos e metodológicos compreendem os tratados da nova história cultural, mais precisamente da denominada terceira geração da escola dos Analles e seus seguidores, os quais procuraram sistematizar os saberes em torno da história do ensino e da educação. Referenciadas como ícone do ensino de aritmética, as tabuadas em geral conceberiam sentido duplo: o primeiro, como significado do ensino das matemáticas pelas decorações, memorizações e repetições mecânicas; e o segundo, como um recurso pedagógico em formato livresco com conteúdos elementares de aritmética escolar, de baixo custo comercial, direcionado principalmente para as classes populares.
Downloads
Métricas
Referências
ALMANAK ADMINISTRATIVO, MERCANTIL E INDUSTRIAL. Ed. n. 38, de 1881. Rio de Janeiro, 1881.
ALMEIDA, André Francisco. Apropriação de tabuadas no ensino de aritmética da escola primária paranaense: 1903 – 1932. 2016. 90 f. Dissertação de Mestrado em Educação. Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR. Curitiba, 2016. Disponível em https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/185316. Acesso em 15 de nov. 2020.
BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Dicionário Bibliográfico Brasileiro. Rio de Janeiro, 1937. Disponível em http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/221681. Acesso em 20 de outubro de 2020.
BURKE, Peter. O que é história cultural? Tradução: Sergio Goes de Paula. Jorge Zahar editor. Rio de Janeiro, 2005.
CERTEAU, Michel de. A operação historiográfica. In: A escrita da história. Tradução: Maria de Lourdes Menezes. Forense Universitária. Rio de Janeiro – RJ, 1982.
CHARTIER, Roger. A História Cultural – entre práticas e representações. 2º edição. Tradução: Maria Manuela Galhardo. Difel – Difusão Editorial – Portugal, 2002.
CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Revista Teoria & Educação, n. 2, p. 177-229, 1990.
CHOPPIN, Alain. História dos livros e das edições didáticas: sobre o estado da arte. Revista Educação e Pesquisa. v.30, n. 3, p.549-566, set./dez. São Paulo, 2004.
CORREIO DA TARDE. Ed. n. 428, de 7 de março de 1895. Rio de Janeiro, 1895.
CORREIO MERCANTIL, E INSTRUTIVO, POLÍTICO, UNIVERSAL. Ed. n. 154 da manhã, de 1866. Rio de Janeiro, 1866.
DEZENOVE DE DEZEMBRO. Ed. n.27, de 25 de abril de 1883. Curitiba, 1883.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS. Ed. n. 3.502 da manhã, de 2 de março de 1895. Rio de Janeiro, 1895.
DIÁRIO DO RIO DE JANEIRO. Ed. n. 59 da manhã, de 1º de março de 1874. Rio de Janeiro, 1874.
GAZETA DE NOTÍCIAS. Ed. n. 275 da manhã, de 2 de outubro de 1883. Rio de Janeiro, 1883.
GAZETA DE NOTÍCIAS. Ed. n. 84 da manhã, de 25 de março de 1883. Rio de Janeiro, 1883.
JORNAL DO COMMERCIO. Ed. n. 165 da manhã, de 15 de julho de 1873. Rio de Janeiro, 1873.
JORNAL DO COMMERCIO. Ed. n. 23, de 23 de janeiro de 1896. Rio de Janeiro, 1896.
JORNAL DO COMMERCIO. Ed. n. 26 da manhã, de 26 de janeiro de 1875. Rio de Janeiro, 1875.
JORNAL NOVIDADES. Ed. n. 129, de 1892. Rio de Janeiro, 1892.
JULIA, Dominique. A cultura escolar como objeto histórico. Tradução: Gizele de Souza. Revista Brasileira de História da Educação, n. 1, p. 9-38, 2001.
O JORNAL. Ed. n. 343 da manhã, de 26 de maio de 1920. Rio de Janeiro, 1920.
O PAIZ. Ed. n. 13.012, da tarde, de 26 de maio de 1920. Rio de Janeiro, 1920.
O PARÁ. Ed. n. 282, de 6 de novembro de 1898. Belém 1898.
OLIVEIRA, Leandro de. Aspectos históricos do estudo de tabuada escolar no aspecto de grupos escolares do Mato Grosso, 1910 – 1930. Dissertação de Mestrado em Educação Matemática. 124 f. Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. Campo Grande, 2018.
PÓVOAS PINHEIRO. Tabuadas e Elementos de Aritmética. 97ª edição. Livraria Francisco Alves: Rio de Janeiro, 1939.
RELATÓRIO DA REPARTIÇÃO DOS NEGÓCIOS DO IMPÉRIO. Ed. n. 1 de 1867. Rio de Janeiro, 1867.
RODRIGUES, Dirce Lurdes Pires. A tabuada em diferentes tempos pedagógicos: do ensino ativo para a escola ativa. 2015. 83 f. Dissertação de Mestrado em Educação para Saúde da Infância e da Adolescência. Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Guarulhos, 2015. Disponível em https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/169938. Acesso em 1 nov. 2020.
VADEMARIN, Vera Tereza. Estudando as Lições de Coisas: análise dos fundamentos filosóficos do Método Intuitivo. Campinas: Autores Associados, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Leandro Oliveira, Edilene Simões Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.