O FACEBOOK COMO ESPAÇO DE LUTA CONTRA-HEGEMÔNICA
Mots-clés :
Mídias Sociais, Hegemonia e Contra-Hegemonia, Marcha das VadiasRésumé
O escopo do presente artigo é averiguar as mídias sociais e, particularmente, o Facebook como espaço de contrahegemonia. Para tanto, tomamos como instrumento de análise os discursos de participantes da Marcha das Vadias, em Fortaleza, ocorrida em maio de 2012, e adotamos como fio condutor de apreciação as contribuições que os estudos linguísticos e mesmo os literários vêm dando à teoria da recepção e aos estudos culturais em geral. Buscamos, então, ancorar nossas análises em pensadores que tratam a concepção de língua como forma de interação social – Bakhtin (1997); em autores que discutem a recepção, conforme Citelli(1999), especialmente quando versa sobre os leitores atentos; Jauss (1994), expoente maior da estética da recepção na teoria literária; e Johnson (20014) ao tratar dos conceitos gramscianos de hegemonia e contra-hegemonia. No que diz respeito à metodologia, do universo de sujeitos que receberam o convite via Facebook, elegemos, em virtude dos limites deste trabalho, três para analisar-lhes os discursos. Assim, aplicamos com cada um deles uma entrevista semiestruturada com os objetivos de: verificar por meio de qual veículo tomaram conhecimento, pela primeira vez, da marcha, se é que já haviam tido algum contato anterior ao convite; averiguar de que modo esses sujeitos percebem as mídias sociais e em especial o Facebook como espaço de luta contra-hegemônica. Como conclusões, adiantamos que as participantes consideram o Facebook uma ferramenta de significativa importância para a difusão de manifestações sociais, destacando, todavia, os limites desse meio de comunicação de massa.
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Références
ALVES, Giovanni. Ocupar Wall Street... e depois? In: HARVEY, D. Et al. Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo, 2012.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997.
CITELLI, A. Comunicação e Educação: a linguagem em movimento. 2. ed. São Paulo: SENAC, 1999.
DAVIS, M. Chega de chiclete. In: HARVEY, D et al. Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo, 2012.
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JAUSS, H R. A História da literatura como provocação à teoria da literatura. São Paulo: Ática, 1994.
JOHNSON, R. O que é, afinal, Estudos Culturais. In: SILVA, T T da (Org.). 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
TRAVAGLIA, L C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 2000.
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