LA CIRCULATION COMMERCIALE DE L'AÇAI BRESILIEN (1999-2016) : LE RESEAU GEOGRAPHIQUE INTERNATIONAL, SES NŒUDS, SES FLUX ET SES NOUVELLES FORMES DE PRODUCTION ET DE REPRODUCTION DANS L’ESPACE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59040/GEOUECE.2317-028X.v9.n16.33-62

Palavras-chave:

açaí brasileiro, rede geográfica internacional, fluxo de exportação

Resumo

Originário da palmeira Euterpe oleracea, o açaí é um fruto endêmico da floresta amazônica cujo consumo tem crescido fortemente no Brasil desde a década de 1990 e vem se espalhando em outras regiões do mundo. Consumido principalmente na forma de polpa e transformado em "superfruta" pelos agentes de marketing por seu potencial antioxidante e nutricional, o açaí passa por um processo dinâmico que abrange tanto seu circuito espacial de produção e distribuição internacional quanto sua composição de produtos derivados. Nesse contexto, nossa pesquisa revelou que o açaí está em estágio avançado de distribuição global, com um espaço comercial superior a 70 países, espalhados por todos os continentes. Cronologicamente (1999-2016), este artigo busca compreender quais são os principais destinos da polpa de açaí e seus derivados fora do Brasil. Para alcançar este objetivo, analisamos o açaí na escala global, ou seja: a rede geográfica internacional, seus nós, seus fluxos (intensidades e direções) e suas novas formas de produção e reprodução no espaço.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

ALEXANDRE, D., CUNHA, R.L. et HUBINGER, M.D., 2004. Conservação do açaí pela tecnologia deobstáculos, Ciência e tecnologia de Alimentos, vol. 24, n°1, p. 114-119. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-20612004000100021

AMIN, M. M., 2007. Cadeia produtiva de frutas tropicais: uma aplicação de SIG na análise dos programas de financiamento do FNO. Belém: Unama, 131 p.

AMORIM FILHO, O. B., 1985. Reflexões sobre as tendências teórico-metodológicas da geografia. Belo Horizonte : Instituto de Geociências da UFMG, v. 1. 56 p.

AMORIM FILHO, O. B., 2007. A pluralidade da geografia e a necessidade das abordagens culturais. In : Caderno de Geografia. - v.1, n° 1. - Belo Horizonte: Ed. PUC Minas, p. 30-49.

ANDEL, T.R.V., 2000. Non-timber forest products of the north-west district of Guyana (part II),Tropenbos-Guyana serie 8B, Georgetown, 340 p.

ANDERSON, A.B. et IORIS, E.M., 1992. Valuing the rain forest : economic strategies by small-scale forest extractivists in the Amazon estuary, Human ecology, vol. 20, n°3, p. 337-369. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00889901

ANDERSON, W.P., 2012. Economic Geography, Routledge, London & New York, 408 p. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203114988

ARANGUREN C, GALEANO G., BERNAL R., 2014. Manejo actual del asaí (Euterpe precatoria Mart.) para la producción de frutos en el sur de la Amazonia colombiana. In : Colombia Forestal Vol. 17(1) / enero - junio, p. 23. DOI: https://doi.org/10.14483/udistrital.jour.colomb.for.2014.1.a05

ARROYO, M., CRUZ, R., 2015. Território e Circulação: a dinâmica contraditória da globalização. In : Confis. [en ligne]. Disponible sur <https://journals.openedition.org/confins/11879> [consulté le 10/09/2017].

AUBERTIN C., 1996. Heurs et malheurs des ressources naturelles en Amazonie brésilienne » in Cahiers des Sciences Humaines, volume 32, n°1, p. 29-50.

AUBLET, A., 1775. Histoire des plantes de la Guyane Française, vol. cl. 5ème Mémoire, Observations sur divers palmiers et leurs usages 158 p.

BADIE, B., 2014. La fin des territoires. Paris : CNRS, 254 p.

BALÉE, W., 1994. Footprints of the Forest. Ka’apor Ethnobotany – the Historical Ecology of Plant Utilization by an Amazonian People, Columbia University Press, New York, 420 p.

BANCO DA AMAZÔNIA, 1997-2018. SIGCONTROPER (données de financement productives, Brésil, 1997 – 2018) [Base de données fournie par email, via demande spéciale de recherche].

BANCO DO BRASIL, 2010. Fruticultura, açaí : Desenvolvimento regional sustentável, vol. 2, Brasília : Banco do Brasil, 48 p.

BARBOSA, R. L., 2010. Transmissão oral do trypanosoma cruzi pela polpa de açaí em camundongos. Dissertação (Mestrado em Parasitologia) - Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas. Campinas/SP, 97 p.

BEAUFORT, B., 2017. La fabrique des plantes globales : une géographie de la mondialisation des végétaux du Nouveau Monde et particulièrement de l’Amazonie. Thèse de doctorat. Géographie. Université Paris III Sorbonne Nouvelle / IHEAL, Paris, 554 p.

BECKER, Be., 1982. Geopolítica da Amazônia. A Nova Fronteira de Recursos. Rio de Janeiro : Zahar. 233 p.

BECKER, B., 2001. Amazônia. 6ème édition. São Paulo: Ática, 112 p.

BECKER, B., 2004. Síntese da produção científica em ciências humanas na Amazônia: 1990-2002, Brasília : CGEE, 145 p.

BEDNIK A., 2016. Extractivisme : exploitation industrielle de la nature, logiques, conséquences, résistances, Paris : Essais, 370 p.

BENTES, E., HOMMA, A., SANTOS, C., 2017. Exportações de Polpa de Açaí do Estado do Pará: Situação Atual e Perspectivas. ResearchGate [en ligne]. Disponible sur < https://www.researchgate.net/publication/319465735_Exportacoes_de_Polpa_de_Acai_do_Estado_do_Para_Situacao_Atual_e_Perspectivas> [consulté le 10/09/2017].

BEREAU, D., 2001. Huiles et fractions insaponifiables de huit espèces de palmiers amazoniens, Thèse de doctorat (Sciences des agroressources), Institut national polytechnique de Toulouse, 152 p.

BLANCHEREAU, M., BOYER, S., DERANCOURT, J.-P., et al., 2010. Guyane, Rapport annuel 2010, IEDOM, 220 p.

BRONDÍZIO, E., et al., 1994. Land use change in the Amazon estuary: patterns of caboclo settlement and landscape management. In: Human Ecologogy. V. 22, p. 249-278. DOI: https://doi.org/10.1007/BF02168853

BRONDÍZIO, E., SAFAR, C., SIQUEIRA, A., 2002. The urban market of açaí fruit (Euterpe oleracea Mart.) and rural land use change: ethnographic insights into the role of price and land tenure constraining agricultural choices in the Amazon estuary. In: Urban ecosystems, v. 6, n° 1, Springer US p. 67-97. DOI: https://doi.org/10.1023/A:1025966613562

BRONDIZIO, E.S., 2008. The Amazonian Caboclo and the Açaí Palm. Forest Farmers in the Global Market, Advances in Economic Botany, volume 16, New York: The New York Botanical Garden Press, 403 p.

BRONDIZIO, E.S. et LE TOURNEAU F.-M., 2016. Environmental Governance for All. In : Science, volume 352, n° 6291, p. 1271-1273. DOI: https://doi.org/10.1126/science.aaf5122

CAPOT-REY, R., 1945. Géographie de la circulation sur les continents. Paris: Gallimard, 23 p.

CASTILLO, R., FREDERICO, S., 2010. Espaço geográfico, produção e movimento: uma reflexão sobre o conceito de circuito espacial produtivo. In : Sociedade e Natureza, v. 22 (3). Uberlandia : UFU, p. 461-474. DOI: https://doi.org/10.1590/S1982-45132010000300004

CASTRO, R. et al., 2015. Asai (Euterpe precatoria): Cadena de valor en el sur de la region amazonica. Bogota, Colombia: Instituto Amazonico de Investigaciones Cientificas- Sinchi, 142 p.

CAVALCANTE P.B., 1996. Frutas Comestíveis da Amazônia, 6ème édition. Belém : Museu Paraense Emílio Goeldi, 27 p.

CENTENO, G., 2005. El mercado de las frutas tropicales exóticas en la Unión Europea. Costa Rica : Alajuela, 4 p.

CIALDELLA, N., ALVES, L., 2014. La ruée vers l’açaí (Euterpe oleracea Mart.) : trajectoires d'un fruit emblématique d'Amazonie. In : Revue Tiers Monde, vol. 220, n° 4, p. 119-135. DOI: https://doi.org/10.3917/rtm.220.0121

CIALDELLA, N. et al., 2017. L’açaí en Amazonie : fragile coexistence de filières courtes et d’exportation, 2017. In : XXXIIIèmes Journées du développement de l’Association Tiers Monde (Colloque), Université Libre de Bruxelles (22, 23 et 24 mai 2017), 18 p.

CLEMENT, C. R., 1999. 1492 and the loss of Amazonian crop genetic resources. I. The relation between domestication and human population decline. In : Economic Botany, volume 53, n° 2, p. 188-202. DOI: https://doi.org/10.1007/BF02866498

CORTEZZI, F., 2018. Dynamiques de la circulation commerciale de l’açaí : la baie bio de l'Amazonie, du Brésil à Paris. In : Annales du Congrès régional de l'Union géographique internationale (UGI / IGU), Québec.

CORTEZZI, F., 2019. Géographie de la circulation commerciale d’un fruit amazonien : le processus de diffusion mondiale de l’açaí, du Brésil au reste du monde - le cas de Paris (France). Thèse de doctorat. Géographie. Université Paris IV Sorbonne, Paris, 354 p.

CORTEZZI, F., 2020. L’açaí dans le modèle de mondialisation des plantes amazoniennes:un produit ancien, de nouvelles formes de production et de reproduction dans l’espace. In. : Geosaberes, Fortaleza, v. 11, p. 493-516. DOI: https://doi.org/10.26895/geosaberes.v11i0.975

ERICKSON, C.L., 2008. Amazonia: The Historical Ecology of a Domesticated Landscape. In : SILVERMAN H. & ISBELL W.H. (ed.), The Handbook of South American Archaeology, Chapter 11, p. 157-183. DOI: https://doi.org/10.1007/978-0-387-74907-5_11

FMI (Future Market Insights, 2016) [rapport technique], 102 p.

GRATALOUP C., 2010. Géohistoire de la mondialisation. Le temps long du monde. 2ème Édition, Paris : Armand Colin, 288 p.

HOMMA, A.K.O., 2012b. Plant extractivism or plantation: what is the best option for the Amazon? In : Estudos Avançados, volume 26, n°74. p. 37-51. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142012000100012

INPA, 2007. Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia [en ligne]. Disponible sur <http://portal.inpa.gov.br/index.php/downloads> [consulté le 25/10/2017].

LAVAL, P., 2011. La filière des fruits du palmier wassaï (Euterpe oleracea) dans la région du bas Oyapock, frontière entre la Guyane française et le Brésil. Paris : Mémoire de master recherche (Master en Anthropologie de l’environnement) – Muséum National d’Histoire Naturelle - AgroParis Tech, 117 p.

LAVAL, P., 2012. Dynamique des savoirs et des échanges d’un produit de collecte en territoire transfrontalier. In : Confins [En ligne], 16 | 2012, mis en ligne le 03 novembre 2012, consulté le 27 septembre 2018. URL : http://journals.openedition.org/confins/8027 ; DOI : 10.4000/confins.8027.

LESCURE, J.P. et PINTON, F., 1996. L’extractivisme : une valorisation contestée de l’écosystème forestier. In : HLADICK C.M. et al. (éds), L’alimentation en forêt tropicale : interactions bioculturelles et perspectives de développement, vol. 2, p. 1209-1218.

MDIC, 1999-2016. Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil (données d’exportations du Brésil, 1990 – 2016) [Base de données fournie par email, via demande spéciale de recherche].

THÉRY, H., 1997 (éditeur scientifique), Environnement et Développement en Amazonie Brésilienne. Paris : Belin, 208 p.

Downloads

Publicado

2020-09-23

Como Citar

CORTEZZI, F. LA CIRCULATION COMMERCIALE DE L’AÇAI BRESILIEN (1999-2016) : LE RESEAU GEOGRAPHIQUE INTERNATIONAL, SES NŒUDS, SES FLUX ET SES NOUVELLES FORMES DE PRODUCTION ET DE REPRODUCTION DANS L’ESPACE. Revista GeoUECE, [S. l.], v. 9, n. 16, p. 33–62, 2020. DOI: 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v9.n16.33-62. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/3939. Acesso em: 18 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos