Planalto Santareno: Autodemarcação do território indígenas dos Munduruku

Autores

  • Dayanny Barros da Silva UFGD
  • Randerson Sousa monteiro junior universidade federal do oeste do pará

DOI:

https://doi.org/10.52521/geouece.v13i25.12790

Palavras-chave:

Agronegócio, lutas, conhecimento tradicionais, geosimbologias

Resumo

A região do Planalto Santareno é dominada pelo agronegócio e consequentemente influencia no desmatamento, impactando diretamente na vida dos indígenas. Diante disso, o presente trabalho busca analisar as lutas pela r-existências dos indígenas Munduruku, localizado no município de Santarém-Pará. O território indígena é composto por quatro aldeias em processo de demarcação, a qual foi reivindicada em 2008 e atendida em 2018. As constantes ameaças e o desmatamento predatório, resultaram na autodemarcação do seu território, que para geografia esse processo é uma alternativa de luta e resistência desses povos. Além disso, a visão de território para os indígenas é além de uma extensão de terra, ou seja, ela envolve ancestralidade, histórias e geosimbologias. Neste sentido, o ato de autodemarcação para esses povos é baseado nos seus conhecimentos tradicionais, como por exemplo, locais de caça e árvores. Portanto, a autodemarcação é a esperança dos Munduruku em proteger sua identidade, seus recursos naturais e principalmente, seu território. 

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Publicado

2025-01-30

Como Citar

BARROS DA SILVA, D.; SOUSA MONTEIRO JUNIOR, R. Planalto Santareno: Autodemarcação do território indígenas dos Munduruku. Revista GeoUECE, [S. l.], v. 13, n. 25, 2025. DOI: 10.52521/geouece.v13i25.12790. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12790. Acesso em: 31 jan. 2025.

Edição

Seção

Dossiê - Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais: contracolonização, terra-território, corpos e ambientes