Gestão territorial e a sustentabilidade de um quilombo:

mudanças, estratégias de enfrentamento, ressignificações

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52521/geouece.v13i25.12787

Palavras-chave:

Quilombo; Processos de territorialização; Gestão territorial; Resistência; Ressignificações

Resumo

Este artigo tem o objetivo de perceber como o Quilombo Pau d’Arco e Parateca faz a gestão territorial levando em consideração a sustentabilidade sem perder de vista as mudanças necessárias, as lutas, as estratégias de enfrentamentos e resistências. O quilombo em estudo faz parte do município de Malhada, localizado na região sudoeste do estado da Bahia e integra o Território da Cidadania Velho Chico. Este trabalho também busca visibilizar uma comunidade quilombola e seus sujeitos sociais, pois entendemos que o território é um guardião de conhecimentos e de relações ancestrais importantes para a sobrevivência humana. Para isso, realizamos rodas de conversa com homens e mulheres que não somente são moradores/as da comunidade em questão, mas são também guardiões em relação aos saberes repassados. Concluiu-se assim, que o legado de resistência e organização apresentado pelo Quilombo Pau d’Arco e Parateca é uma inspiração para as gerações futuras, mostrando a importância de valorizar e proteger as terras e tradições ancestrais. Deste modo, a luta pelo território e pelo direito à pesca é um reflexo da determinação e do compromisso desta comunidade em defender o que é dela por direito.

Palavras-chave: Quilombo; Processos de territorialização; Gestão territorial; Resistência; Ressignificações.

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Biografia do Autor

Amilton Pereira dos Santos, universidade Federal do Sul da Bahia-UFSB

Doutorando - universidade Federal do Sul da Bahia-UFSB. Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (2017). Mestre em Ensino de Relações Étnico Racias pela Universidade Federal do Sul da Bahia (2019) Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Escolar Quilombola

Michelle Oliveira de Matos, UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA

Mestra em Ensino e Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul Bahia (UFSB). Possui graduação em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia (2013). É especialista em Gestão e Políticas Públicas para a Educação Básica pela Universidade do Estado da Bahia e Educação do Campo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano. Atualmente está na coordenação municipal da Educação Étnico-Racial de Bom Jesus da Lapa - Ba. Em 2017, construiu juntamente com o movimento quilombola e as comunidades quilombolas, as Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Escolar Quilombola (DCMEEQ). É integrante do Coletivo Marilene Matos que atua junto as comunidades quilombolas, através da formação de professores/as da educação básica para concretização das DCMEEQ.

Carlidia Pereira de Almeida, universidade Federal do Sul da Bahia-UFSB

Bacharelado em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia ? UNEB / Departamento de Ciências Humanas ? DCH, Campus IX ? Barreiras, pelo (PRONERA) Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária numa perspectiva da Educação do Campo com ênfase em Agroecologia e Economia Solidária. Pós- graduada em Inovação Social com Ênfase em Economia Solidária e Agroecologia pelo Instituto Federal Baiano (IFBaiano) Campos de Bom Jesus da Lapa/BA. Pós-graduada em Educação Ambiental com Ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Mestra em Ensino e Ralações Étnico-Raciais (PPGR) pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) Campos Sosígenes Costa-Porto Seguro - BA.

Valéria Pôrto dos Santos, Universidade de Brasilia - UnB

Quilombola Ativista, Bacharel Em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado da Bahia ? UNEB / Departamento de Ciências Humanas ? DCH, Campus IX ? Barreiras. Numa perspectiva da Educação do Campo com ênfase em Agroecologia e Economia Solidária, autorizado pela resolução Nº 500 ? CONSU, publicado no D.O.E de 11.12.2007. Especialista Em Educação Ambiental com ênfase em Espaços Educadores Sustentáveis, pela Universidade Federal do Estado da Bahia ? UFBA. Especialista em Inovação Social com ênfase em Agroecologia e Economia Solidária, pelo IF Baiano Campus Bom Jesus da Lapa. Mestra em Desenvolvimento Sustentável, na área de concentração em Sustentabilidade Junto a Povos e Territórios Tradicionais, pela Universidade de Brasília ? MESPT-CDS-UnB. EXPERIÊNCIA: Possui experiência com agricultura familiar, grupos produtivos de mulheres, acompanhamento de atividades de assistência técnica em comunidades quilombolas, acompanhamento de atividades agroecológicas e extensão em desenvolvimento territorial, formação de base comunitária e atividades socioambientais. É uma das autoras do livro: Mulheres Quilombolas" Territórios de Existências Negras Femininas. Membro: do Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial (LaPPRuDes- IFBAIANO) Território Velho Chico - TVC. Suplente na vaga quilombola dentro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco - CBHSF e Membro da Câmara Consultiva Regional - CCR Médio.

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Publicado

2025-01-30

Como Citar

PEREIRA DOS SANTOS, A.; OLIVEIRA DE MATOS, M.; PEREIRA DE ALMEIDA, C.; PÔRTO DOS SANTOS, V. Gestão territorial e a sustentabilidade de um quilombo: : mudanças, estratégias de enfrentamento, ressignificações. Revista GeoUECE, [S. l.], v. 13, n. 25, 2025. DOI: 10.52521/geouece.v13i25.12787. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/12787. Acesso em: 31 jan. 2025.

Edição

Seção

Dossiê - Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais: contracolonização, terra-território, corpos e ambientes