Autorreconhecimento quilombola
Uma análise sob a perspectiva educacional geográfica na comunidade Serra dos Mulatos em Jardim-CE
DOI:
https://doi.org/10.52521/geouece.v13i25.12485Palavras-chave:
Autorreconhecimento quilombola, comunidade escolar, educação geográfica.Resumo
A educação escolar deve ser um espaço de pluralidade étnica e cultural, onde o educando possa se auto afirmar e dessa forma construir ou reconstruir seu caminho no âmbito de sua comunidade rumo à uma consciência coletiva. A pesquisa se desenvolveu no Programa de Doutorado em Geografia da UECE e teve como objetivo geral analisar o autorreconhecimento quilombola sob as perspectivas territorial e educacional Geográfica a partir de um estudo realizado na Comunidade Quilombola Serra dos Mulatos em Jardim-CE, uma comunidade quilombola com autorreconhecimento recente, e como objetivos específicos: discutir sobre os principais obstáculos para o autorreconhecimento quilombola, dissertar sobre o papel da Escola no contexto das comunidades negras e quilombolas, debater aspectos educacionais e territoriais geográficos relevantes para promoção do autorreconhecimento. Para desenvolvimento da pesquisa sob abordagem do método dialético e o fenomenológico adotamos como técnica de coleta de dados o estudo de campo classificado como exploratório descritivo, dividido em duas fases, a primeira com aplicação de entrevistas aos professores da escola quilombola e à primeira professora da comunidade, e a segunda com levantamento de dados documentais junto a unidade escolar e à Associação de Remanescentes, após da aprovação no Comitê de Ética e Pesquisa. Com a análise dos dados podemos compreender que múltiplos fatores obstaram ao autorreconhecimento da comunidade quilombola, dentre eles a dificuldade histórica para escolarização dos remanescentes, a ausência de formação específica dos professores na área étnico-racial, a ausência de professores quilombolas e a inexistência da autocrítica quanto a fragilidade do próprio sistema educacional.
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