PANORAMA E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS INUNDAÇÕES NO ESTADO DO MARANHÃO (1985-2014)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52521/geouece.v14i26.14452

Palavras-chave:

Desastres, Inundações, Maranhão

Resumo

A inundação é um dos fenômenos naturais com maior importância para muitos ecossistemas, tendo mais recorrência nas áreas tropicais úmidas de relevo baixo e plano, e que mais impactam a sociedade onde há ocupação de áreas suscetíveis. No estado do Maranhão, a configuração geográfica favorece a excepcionalidade desse fenômeno cujos registros evidenciam uma sucessão de eventos com alta frequência e magnitude; particularmente na região setentrional do território, nomeadamente a mais populosa e povoada, que registra os danos mais severos. Considerando os registros históricos, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de analisar os impactos das inundações numa visão panorâmica para todo o estado, utilizando-se como procedimentos metodológicos análise da bibliografia relacionada com a temática, pesquisa documental e de imagens de sensores remotos para dimensionar os fenômenos e subsidiar as discussões de forma abrangente e sistemática. O resultado da pesquisa apresenta um cenário da ocorrência de inundações no estado, bem como o gerenciamento e a gestão dos riscos e danos socioambientais. Destaca-se a importância da identificação das áreas suscetíveis a inundações que colocam a população em situação de risco, sobretudo aquela que reside às margens dos corpos hídricos, necessárias para subsidiar políticas de ordenamento territorial da área urbana e gestão de uso e ocupação das terras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Igor de Luccas Santos, Universidade Federal do Maranhão

Mestrado, Bacharelado e Licenciatura em Geografia, pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPA/UFMA).

Jamille Oliveira Sousa, Universidade Federal do Maranhão

Mestrado e Bacharelado em Geografia, pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Graduação em Gestão Ambiental pela Faculdade Santa Terezinha - CEST; MBA em QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano - IESF. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPA/UFMA).

Taíssa Caroline Silva Rodrigues, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL

Doutora em Geografia pela UNESP, Professora Adjunta II na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL. Integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPA/UFMA).

Antonio Cordeiro Feitosa, Universidade Federal do Maranhão

Professor Titular Emérito do Departamento de Geociências da Universidade Federal do Maranhão. Graduação em Geografia Bacharelado e Licenciatura pela Universidade Federal do Maranhão, Mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Pós-Doutor pelo Programa Ciência Sem Fronteiras, em Geografia Humana, no IGOT-Universidade de Lisboa-Portugal. Atua no Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais da UFMA e é membro permanente do corpo docente do programa de Pós-Graduação em Geografia na mesma universidade.

Referências

AB´SABER, A. N. Contribuição à geomorfologia do Estado do Maranhão. Notícia Geomorfológica, v. 3, n. 5, p. 35-45, 1960.

ALMEIDA, L. Q. Vulnerabilidades Socioambientais e rios Urbanos: bacia hidrográfica do rio Maranguapinho, região metropolitana de Fortaleza – Ceará. 2010. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, 2010.

BANDEIRA, I. C. N. Geodiversidade do Estado do Maranhão. Teresina: CPRM, 2013.

BLOCH, R.; JHA, A. K.; LAMOND, J. Cidades e Inundações: um guia para a gestão integrada do risco de inundação urbana para o século XXI. São Paulo: GFDRR, 2012.

BRASIL. AVALIAÇÃO DE DANOS – AVADAN 2009: Santo Amaro do Maranhão. Acesso em 02 de fevereiro de 2020. Disponível em: <https://s2id-search.labtrans.ufsc.br/>.

BRASIL. Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. Lei 12.608 de 10 de abril de 2012. Acesso em 02 de fevereiro de 2020. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12608.htm>.

BRASIL. Portaria nº 229, de 27 de junho de 1985. Acesso em 02 de fevereiro de 2020. Disponível em: <https://s2id-search.labtrans.ufsc.br/>.

BRASIL. Fundo de Garantia de Tempo de Serviço. Lei nº 8.036, De 11 De Maio De 1990. Acesso em 10 de fevereiro de 2020. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8036consol.htm>.

CARDOSO, C; GUERRA, A. J. T.; SILVA, M. S. Geografia e os riscos socioambientais. In: CARDOSO, C.; SILVA, M. S.; GUERRA, A. J. T. GEOGRAFIA E OS RISCOS SOCIOAMBIENTAIS. 1. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2020.

CASTRO, A. L. C. Glossário de Defesa Civil, estudos de riscos e medicina de desastres. 5. Ed. Brasília: Ministério da Integração Nacional, 2009.

CEPDECMA - COORDENADORIA ESTADUAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL DO ESTADO DO MARANHÃO. Relatório de Ações da CEDECMA “ANO 2009”. São Luís: CEPDECMA, 2014.

CEPDECMA - COORDENADORIA ESTADUAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL DO ESTADO DO MARANHÃO. Relatório anual de ações. São Luís: CEPDECMA, 2017.

CEPED - Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais: 1991 a 2012. 2. Ed. Florianópolis: CEPED/UFSC, 2013.

CHRISTOFOLETTI, Antônio. Geomorfologia fluvial. São Paulo: Edgard Blücher, 1981.

CONOZ, L. Á. EVALUACIÓN DE LA VULNERABILIDAD FÍSICO-ESTRUCTURAL ANTE INUNDACIONES DE LAS VIVIENDAS DEL MUNICIPIO DE PATULUL, SUCHITEPÉQUEZ. 2012. Monografia (Graduação em Arquitetura) - Universidad de San Carlos de Guatemala, Guatemala, 2012.

CUNHA, S. B. Geomorfologia Fluvial. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Org). Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.

EMBRAPA. Conservação da Biodiversidade do Estado do Maranhão: Cenário Atual em Dados Geoespaciais. Jaguariúna, SP: EMBRAPA, 2016.

FEITOSA, A. C. Relevo do Estado do Maranhão: Uma nova proposta de Classificação Topomorfológica. In: VI Simpósio Nacional de Geomorfologia, v. 1, 2007, Goiânia. Anais do VI Simpósio Nacional de Geomorfologia. Goiânia: UFG, 2007.

FEITOSA, A.C.; ALMEIDA, E.P. A degradação ambiental do rio Itapecuru na sede do município de Codó-MA. Cadernos de Pesquisas, v. 13, n. 1, p. 31-45, 2002.

FEITOSA, A. C.; TROVÃO, J. R. Atlas Escolar Maranhense: Espaço Geo-histórico e Cultural. João Pessoa - PB: Editora Grafset, 2006.

GOERL, R. F.; KOBIYAMA, M. Considerações sobre as inundações no Brasil. In: XVI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 2005, João Pessoa. Anais do Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. João Pessoa, 2005.

GREGORY, K. J. A Natureza da Geografia Física. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992.

MENDONÇA, F. A. Geografia e meio ambiente. 8º Ed. São Paulo: Contexto, 2005.

ROSS, J.L.S. Relevo brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, v. 4, p. 25-39, 1985.

TUCCI, C. E. M. Inundações e Drenagem Urbana. In: TUCCI, C. E. M.; BERTONI, J. C. Inundações Urbanas na América do Sul. Porto Alegre: ABRH, 2003.

VEYRET, Y.; RICHEMOND, N. M. Definições e vulnerabilidades do risco. In: VEYRET, Y. (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. Tradução de Dilson Ferreira da Cruz. São Paulo: Contexto, 2007.

Downloads

Publicado

2025-11-17

Como Citar

SANTOS, I. de L.; SOUSA, J. O.; RODRIGUES, T. C. S.; FEITOSA, A. C. PANORAMA E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS INUNDAÇÕES NO ESTADO DO MARANHÃO (1985-2014). Revista GeoUECE, [S. l.], v. 14, n. 26, 2025. DOI: 10.52521/geouece.v14i26.14452. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/14452. Acesso em: 5 dez. 2025.