Substituição do almoço e jantar por lanches entre acadêmicas de nutrição

Autores

  • LygiA VAnEssA EvAngELIsTA Guimarães Faculdade Santo Agostinho
  • Maria Francisca Almeida Silva
  • Ana Caroline de Castro Ferreira Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.59171/nutrivisa-2017v4e9016

Palavras-chave:

refeições, lanches, estudantes, nutrição, estado nutricional

Resumo

O presente estudo tem como objetivo elaborar perfil alimentar e nutricional dos grupos analisados no que se refere à substituição do almoço e jantar por lanches, relacionando com risco para desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado em uma instituição de ensino superior com estudantes do curso de Nutrição, do sexo feminino, adolescentes e adultas. Foram aferidos peso, altura e circunferência da cintura, e aplicado um questionário sobre atitudes alimentares. Aplicou-se o teste de qui-quadrado (nível de significância de 5%) para verificação de possível associação da variável de substituição de refeições com grupo etário. Participaram do estudo 78 alunas, sendo 30,8% (n=24) adolescentes e 69,2% (n=54) adultas. Tanto as adolescentes quanto as adultas substituem mais o jantar (70,8% e 72,2% respectivamente) por lanches, sendo a frequência da substituição do jantar de 1-2 vezes na semana (64,7% e 66,7% respectivamente). Entre os alimentos citados pelas adolescentes que substituem o jantar estão pão/bolo/biscoito, salgado/pizza, cuscuz; já as adultas citaram pão/bolo/biscoito, cuscuz, suco/polpa/fruta e café com leite. Os alimentos substitutos das refeições tradicionais apresentaram baixo valor nutritivo, alto valor calórico e o consumo de frutas e saladas foi insuficiente no geral.

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Publicado

2017-10-25

Como Citar

GUIMARÃES, L. V. E. .; SILVA, M. F. A. .; FERNANDES, A. C. de C. F. . Substituição do almoço e jantar por lanches entre acadêmicas de nutrição. Nutrivisa - Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde, Fortaleza, v. 4, n. 1, p. 52–61, 2017. DOI: 10.59171/nutrivisa-2017v4e9016. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/9016. Acesso em: 13 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos originais