Intervenções de educação alimentar e nutricional e impacto no consumo de alimentos ultraprocessados em escolares

Cecília Knob; Sarah Assoni Bilibio; Pâmela Antoniazzi dos Santos

doi:10.59171/nutrivisa-2022v9e10525

Autores

Cecília Knob Universidade de Caxias do Sul (UCS). Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0003-2991-0932
Sarah Assoni Bilibio Universidade de Caxias do Sul (UCS). Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil https://orcid.org/0000-0001-9916-1274
Pâmela Antoniazzi dos Santos Docente do Curso de Nutrição, Área do Conhecimento de Ciências da Vida (VIDA), Universidade de Caxias do Sul (UCS). Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1197-8739

DOI:

https://doi.org/10.59171/nutrivisa-2022v9e10525

Palavras-chave:

Consumo alimentar, Escolares, Educação alimentar

Resumo

No período escolar as crianças e os adolescentes adquirem o modelo alimentar a ser seguido durante a vida adulta. Isso ocorre por meio de vivências e experiências familiares e sociais. A educação alimentar e nutricional (EAN) auxilia nas decisões de escolhas alimentares mais saudáveis nesta fase da vida. Baseando-se nisso, este trabalho avaliou o efeito de intervenções de EAN sobre o consumo de alimentos ultraprocessados em escolares de uma escola pública de Caxias do Sul- RS. Foi realizado um estudo quase experimental, do tipo antes e depois, em escolares dos terceiros e quartos anos do ensino fundamental, no período de agosto a setembro de 2019. Aplicou-se um questionário sociodemográfico simplificado e um inquérito alimentar questionando o que a criança consumiu nas seis refeições do dia anterior, com o objetivo de identificar a ocorrência do consumo de alimentos ultraprocessados. Em seguida, foram realizadas intervenções durante seis semanas abordando assuntos sobre alimentação saudável. A amostra final foi de 80 escolares, na qual identificou-se que a prevalência de consumo de lanches oferecidos na escola foi de 90,5%, destes 58% eram ultraprocessados. Nas refeições realizadas em casa, o consumo de ultraprocessados foi de 23,58%. As intervenções de EAN foram estatisticamente significativas para promover mudanças nas refeições: café da manhã (p=0,046), lanche da manhã (p=0,002) e jantar (p=0,001). Conclui-se que o consumo de ultraprocessados pelos escolares era elevado, tanto na escola quanto em casa, porém observou-se que programas de intervenções nutricionais nas escolas contribuem para melhores escolhas alimentares.

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