Nutrivisa Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa <p><span class="Y2IQFc" lang="en"><span style="vertical-align: inherit;">Nutrivisa – Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde é um periódico eletrônico editado pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde (PPGNS) da Universidade Estadual do Ceará.</span></span></p> <p> </p> <p> </p> pt-BR <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a></p> revistanutrivisa@uece.br (Antonio de Pádua Valença da Silva) revistanutrivisa@uece.br (Carla Soraya Maia) Tue, 14 Jan 2025 08:21:35 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Relato de experiência: oficinas de gastronomia e nutrição https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16276 <p>A aliança entre gastronomia e nutrição representa uma estratégia pedagógica eficaz para promover educação alimentar e nutricional, integrando teoria e prática de forma dinâmica e participativa. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada através de oficinas que aliaram gastronomia à nutrição, realizadas na Universidade Franciscana, durante o ano de 2024. Trata-se de um estudo qualitativo, de natureza descritiva, elaborado a partir do relato de experiência de ações extensionistas realizadas no Laboratório de Técnica Dietética. As oficinas foram planejadas com base em princípios da educação alimentar e nutricional, metodologias ativas e conceitos da gastronomia sustentável, priorizando alimentos <em>in natura</em> e minimamente processados. Foram realizadas seis oficinas temáticas com diferentes abordagens: Slow Food (doces e salgados), preparações restritivas (sem glúten e lactose), uso de especiarias e ervas aromáticas, massas artesanais. As oficinas provavelmente contribuíram na promoção da educação alimentar, evidenciada pelo engajamento dos participantes durante as atividades práticas e continuidade das interações através de grupos de mensagens. Os participantes desenvolveram habilidades culinárias utilizando técnicas acessíveis e ingredientes naturais, reproduzindo as receitas em casa e demonstrando mudanças concretas nos hábitos alimentares. As oficinas consolidaram-se como ferramenta valiosa de educação alimentar, cumprindo o propósito de democratizar conhecimento científico e promover a construção coletiva de saberes que contribuem para escolhas alimentares mais conscientes e sustentáveis.</p> <p> </p> Júlia Cambraia Mendonça, Alexandre da Silva Martins, Taize de Andrade Machado Lopes, Cristiana Basso Copyright (c) 2025 Júlia Cambraia Mendonça, Alexandre da Silva Martins, Taize de Andrade Machado Lopes, Cristiana Basso https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16276 Wed, 05 Nov 2025 00:00:00 -0300 Do refeitório ao varejo: um olhar para o ambiente alimentar e para os escolares em escolas públicas de um município brasileiro https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15580 <p>O ambiente alimentar escolar pode ser considerado todo espaço em que os escolares interagem com alimentos, dentro e ao redor da escola. Objetivou-se descrever ambientes alimentares e indicadores antropométricos do estado nutricional de escolas públicas elementares de um município brasileiro. Trata-se de um estudo exploratório descritivo realizado nos anos de 2023 e 2024, em quinze escolas municipais com crianças de sete a doze anos de idade de Araraquara, São Paulo, Brasil. As coletas de dados foram em etapas, sob a responsabilidade da pesquisadora principal e uma iniciante científica, dada por auditorias com ferramentas de <em>checklist</em> de presença/ausência, diário de campo e a geolocalização. Os escolares tiveram a classificação antropométrica do estado nutricional e entrevistas em profundidade foram realizadas com atores do ambiente alimentar escolar. Os dados foram descritos em narrativas e medidas descritivas, e uma árvore de problemas ilustrou os achados das entrevistas. Das quinze escolas auditadas, até 50% (n=7) tinham projetos educativos e em até 90% (n=13) as refeições eram atrativas. Ao redor das escolas, existiam 221 estabelecimentos: 95% (n=210) formais e 15% (n=11) informais. Dos 1816 escolares segundo o escore-z apresentaram: 60% (n=1099) Índice de Massa Corporal (IMC) normal, 10% (n=177) obesidade (peso) e 99% (n=1806) estatura normal. Das 43 entrevistas, foi percebida a importância da alimentação escolar como principal nutrição para os escolares, diante da insegurança alimentar. Os achados apontam a necessidade de ações intersetoriais sustentáveis de demandas entre escolas rurais e urbanas. Sugere-se que os novos estudos realizem metodologias para o entendimento multifacético dos ambientes alimentares escolares.</p> Maria Luiza Cavalcante Pacola, Maria Rita Marques de Oliveira, Najla de Oliveira Cardozo Copyright (c) 2025 Maria Luiza Cavalcante Pacola, Maria Rita Marques de Oliveira, Najla de Oliveira Cardozo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15580 Sun, 20 Jul 2025 00:00:00 -0300 Development, proximate composition, and oxidative stability of mechanically separated tilapia meatballs added with garlic extract https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15710 <p>Fish meatballs are a value-added product that is widely accepted, but their perishability requires the use of additives that are safe for human consumption. This study evaluated the incorporation of garlic clove extract into tilapia meatballs containing mechanically separated meat (MSM). Tilapia MSM meatballs were shaped by hand, and four formulations were developed: negative control: no additive, positive control: 0.1% butylhydroxytoluene (BHT), F3%: 3% garlic extract, and F6%: 6% garlic extract. The formulations were analyzed for nutritional quality, water-holding capacity (WHC), weight loss (WL), pH, and thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) after 28 days of refrigeration. The chemical composition differed from MSM, but the addition of preservatives (garlic extract and BHT) did not affect the nutritional quality of the tilapia meatballs. Although there was no change in WHC or WL, garlic extract delayed pH and TBARS parameters, especially in F6% at 21-28 days, making this product more stable than BHT, used as a reference. Therefore, tilapia meatballs formulated with garlic extract are a convenient option that meets the quality standards set by Brazilian legislation.</p> <p> </p> Alynne Rodrigues da Silva, Jéssica Frota Costa, Janevane Silva de Castro, Luiz Alves Bitu, Marcelo Levi Almeida de Menezes, José Ariévilo Gurgel Rodrigues, Larissa Morais Ribeiro da Silva, Alessandra Cristina da Silva Farias, Ana Paula Colares de Andrade, Ianna Fernandes Copyright (c) 2025 Alynne Rodrigues da Silva, Jéssica Frota Costa, Janevane Silva de Castro, Luiz Alves Bitu, Marcelo Levi Almeida de Menezes, José Ariévilo Gurgel Rodrigues, Larissa Morais Ribeiro da Silva, Alessandra Cristina da Silva Farias, Ana Paula Colares de Andrade, Ianna Fernandes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15710 Mon, 22 Sep 2025 00:00:00 -0300 Longitudinal effect of sexual maturation on weight status in children aged 9 to 12 years https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16047 <p>Determining the stages of sexual maturation is important for observing the relationship with different factors associated with negative outcomes for the child throughout life. In this study we investigated the longitudinal effect of sexual maturation on excess body weight in children aged 9 to 12 years. This study is part of a larger study, named the Predictors of Maternal and Infant Excess Body Weight (PREDI) Study, and used data from mother-child pairs obtained at baseline and 1<sup>st</sup>, 4<sup>th</sup> and 5<sup>th</sup> follow-ups. Child sexual maturation was assessed according to Tanner stages. Descriptive analysis and Poisson regression models adjusted for important covariates were used to examine the effect of sexual maturation on the child’s weight status at 9 and 12 years of age. Being large for gestational age (42.4%) and an excessive pre-pregnancy body mass index (BMI) of the mother (42.3%) were significantly associated (p&lt;0.05) with excess body weight in children at 9 years of age. However, no longitudinal effect of sexual maturation on weight status was found in children from 9 to 12 years of age. Pre-pregnancy BMI and weight status at birth continue to be important predictors of excess body weight in children over the years. Primary health care that follows the mother from prenatal care through the early stages of the child’s development is the best strategy to prevent excess weight in both the mother and the child over the years.</p> Cecília Burigo Corrêa, Aline Krein Molleta, Silmara Salete de Barros Silva Mastroeni, Marco Fabio Mastroeni Copyright (c) 2025 Cecília Burigo Corrêa, Aline Krein Molleta, Silmara Salete de Barros Silva Mastroeni, Marco Fabio Mastroeni https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16047 Wed, 10 Sep 2025 00:00:00 -0300 Elaboration of pork burger added with prebiotics as a fat substitute https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15761 <p>This study aimed to create pork burgers with polydextrose, developing three formulations: F1 (10% fat), F2 (10% fiber), and F3 (15% fiber). The centesimal composition, oxidative stability (pH, TBARS, color), and water retention capacity (WHC) were evaluated over 120 days of storage. All formulations had 19% protein, with F2 and F3 having the lowest lipid content (1.8% and 1.9%, respectively). pH values remained between 5.36 and 5.50. No lipid oxidation occurred in the polydextrose formulations during the first 60 days. The red color (a*) decreased, indicating myoglobin oxidation. F1 experienced greater water loss (7.9%), while F2 and F3 lost only 3.9%. The study concluded that polydextrose can replace fat in the product, reduce lipid oxidation, and improve yield and quality</p> Gabriel Beserra de Castro, Janevane Silva de Castro, Luiz Alves Bitu, Mayra Garcia Maia, Ana Paula Colares de Andrade Copyright (c) 2025 Gabriel Beserra de Castro, Janevane Silva de Castro, Luiz Alves Bitu, Mayra Garcia Maia, Ana Paula Colares https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15761 Tue, 02 Sep 2025 00:00:00 -0300 Evaluation of the presence of gluten in oat flour labeled "gluten free" sold in Brazil. https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15933 <p><span style="font-weight: 400;">Gluten is a protein found in grains such as wheat, rye, and barley, and also in oats when cross-contaminated. While safe for most people, gluten can cause serious health issues in individuals with celiac disease, non-celiac gluten sensitivity, dermatitis herpetiformis, and gluten ataxia. This study evaluated the presence of gluten in oat flours labeled as “gluten-free” marketed in Brazil, using a qualitative immunochromatographic strip test with a detection limit of 5 mg·kg⁻¹. Nine brands of oat flour were analyzed using lateral flow tests, performed in triplicate. The test device is designed to detect gluten in raw materials, finished food products, beverages, and environmental samples. Results showed that two brands tested positive for gluten in all three replicates (22.2% of samples). Two other brands tested positive in only one out of three replicates, which was considered a negative result, totaling 77.8% of samples classified as gluten-free. These findings reveal that, despite “gluten-free” labeling, there is a risk of cross-contamination in some products, which may compromise the safety of individuals with gluten-related disorders. The study emphasizes the need for stricter quality control in the gluten-free food industry and the implementation of more sensitive and standardized methods to detect trace amounts of gluten, thus promoting greater consumer safety and confidence.</span></p> Amanda Sganzerla, Alice Sganzerla, Fabiana Magnabosco de Vargas, Wendel Silvestre, Camila Baldasso Copyright (c) 2025 Amanda Sganzerla, Alice Sganzerla, Fabiana Magnabosco de Vargas, Wendel Silvestre, Camila Baldasso https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15933 Tue, 09 Sep 2025 00:00:00 -0300 Effects of continuous ethinylestradiol and drospirenone administration on body mass and mammary gland in female mice fed a standard or high-fat diet https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15667 <p>Combined oral contraception (COC) is used by millions of women worldwide, but some studies suggest it may increase the risk of breast cancer. Overweight and obesity have reached epidemic levels and are also risk factors for mammary gland neoplasms. This study evaluated the effects of a COC containing ethinylestradiol (EE2) and drospirenone (DRSP) on reproductive organs, particularly the histopathology of inguinal mammary glands in reproductively active female mice fed a standard diet (SD) or high-fat diet (HFD). Adult Swiss female mice received either SD or HFD and were treated daily by gavage with distilled water [control (CTL)-SD and CTL-HFD] or 0.6 µg EE2 and 60 µg DRSP (COC-SD and COC-HFD) for 65 days. COC treatment disrupted the estrous cycle, with vaginal smears showing fewer squamous cornified cells but more leukocytes, deep cells, and mucus, characteristic of metestrus and proestrus. At the end of the experiment, COC-SD females showed body weight (BW), inguinal white adipose tissue (WAT) mass, and uterus and ovary weights similar to CTL-SD. HFD increased BW and WAT mass without altering uterus and ovary weights. COC reduced HFD-induced BW and WAT gain but increased uterus weight in COC-HFD females. Morphological analysis of mammary glands revealed no pathological signs or structural changes in acini, ducts, or lumens due to COC or diet. Notably, COC-HFD females had smaller white adipocytes than CTL-HFD, while beige adipocyte levels remained unchanged across groups. These findings suggest that EE2 and DRSP may regulate HFD-induced obesity without adversely affecting mammary gland morphology.</p> Gésily de Souza Aguiar , Janaína de Oliveira Chaves (In Memorian), Israelle Netto Freitas, Kênia Moreno de Oliveira, Ana Beatriz Barbosa da Silva, Stefanny Calixto da Silva, Rosane Aparecida Ribeiro , Helene Nara Henriques Blanc Copyright (c) 2025 Gésily de Souza Aguiar , Janaína de Oliveira Chaves (In Memorian), Israelle Netto Freitas, Kênia Moreno de Oliveira, Ana Beatriz Barbosa da Silva, Stefanny Calixto da Silva, Rosane Aparecida Ribeiro , Helene Nara Henriques Blanc https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15667 Thu, 24 Jul 2025 00:00:00 -0300 Nutritional risk and its association with anthropometric, clinical and biochemical parameters in patients with chronic kidney disease on hemodialysis https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15615 <p>To investigate the association between higher nutritional risk and sociodemographic, anthropometric, clinical and biochemical parameters in hemodialysis patients. This is a cross-sectional study of adult and elderly patients with chronic kidney disease undergoing hemodialysis in Western Bahia. For the data collection, the modified subjective global assessment was used, anthropometric measurements were taken and clinical and biochemical data were obtained from the patients' medical records. Multiple linear regression analysis was used to assess the relationship between the highest score on the subjective global assessment and anthropometric, clinical and biochemical parameters. A total of 98 patients were assessed, 64.3% male and 59.2% aged between 35 and 59 years. The mean modified subjective global assessment score was 11,3±3,8. The prevalence of nutritional risk and malnutrition together was 73.3%. A positive association was found between higher nutritional risk and female sex (p=0.014), longer duration of hemodialysis treatment (p=0.010), higher serum potassium concentration (p=0.009) and higher pre-dialysis serum urea concentration (p=0.043). Higher nutritional risk is positively associated with female sex, longer hemodialysis treatment time, hyperpotassemia, and hyperphosphatemia in patients with chronic kidney disease.</p> Danielle Cristina Guimarães da Silva, Lara Maria Novaes de Souza, Danielle Mendes Mariano, Hemilly Lorrane Ribeiro Cordeiro, Fabrícia Geralda Ferreira Copyright (c) 2025 Danielle Cristina Guimarães da Silva, Lara Maria Novaes de Souza, Danielle Mendes Mariano, Hemilly Lorrane Ribeiro Cordeiro, Fabrícia Geralda Ferreira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15615 Wed, 16 Jul 2025 00:00:00 -0300 The metabolic and anti-adiposity effects of oral Copaiba-oil supplementation are influenced by sex and obesity https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14328 <p>Copaiba oil (CO-oil) is commonly used as a topical healing and anti-inflammatory product in Brazil. However, recent data indicate that oral ingestion of CO-oil has anti-adiposity effects. In the present study, we evaluated the effects of oral CO-oil supplementation on body weight (BW), food intake (FI), adiposity and metabolism in male and female obese and non-obese rats. Monosodium glutamate (MSG; 4g/Kg) was administered during the first week after birth to induce hypothalamic obesity; control (CON; non-obese) rats received equimolar saline. After weaning (30 days of life), MSG and CON males and females were randomly subdivided into CO-oil supplemented (0.5mL/Kg; 3 times/week/8 weeks) and non-supplemented (NS) groups (n = 10-15 rats/group). BW, FI, feed efficiency (FE) and adiposity were registered, as well as fasting glucose (GLU), triglycerides (TGL) and total cholesterol (TC) values. Insulin resistance (IR) was assessed using the triglyceride-glucose index (TyG). Integrative principal component analysis (PCA) showed that chronic CO-oil supplementation alters FI and FE in MSG-obese and non-obese male rats, without modifying adiposity or metabolism. However, CO-oil supplementation of MSG-obese females reduced adiposity, TGL and improved IR, in relation to non-obese females. Thus, our data indicate that CO-oil oral supplementation influences males and females differently, having greater anti-adiposity effects and benefits on the metabolic state of obese female rats.</p> Zoé Maria Neves de Carvalho Guareschi, Marianela Diaz Urrutia, Beatriz Machado Daudt, Bruna S. Siqueira, Vanessa Marieli Ceglarek, Marcia Eduarda Dos Santos, Sabrina Grassiolli Copyright (c) 2025 Zoé Maria Neves de Carvalho Guareschi, Marianela Diaz Urrutia, Beatriz Machado Daudt, Bruna S. Siqueira, Vanessa Marieli Ceglarek, Marcia Eduarda Dos Santos, Sabrina Grassiolli https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14328 Tue, 14 Jan 2025 00:00:00 -0300 Estado nutricional pré-gestacional e recomendações brasileiras de ganho de peso: associações com desfechos maternos em gestações de alto risco https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16278 <p>Considerando a relevância do monitoramento do ganho de peso gestacional para a prevenção de desfechos maternos e fetais adversos, a partir de 2022, foram desenvolvidas faixas de recomendações específicas para a população brasileira. Objetivando avaliar as associações existentes entre ganho de peso gestacional, a partir desses novos parâmetros, o índice de massa corpórea (IMC) pré-gestacional e desfechos maternos em gestantes de alto risco, realizou-se um estudo transversal conduzido com 113 puérperas de gestação única, maiores de 19 anos e que vivenciaram gestações de alto risco, em uma maternidade localizada em Fortaleza-CE. Dados socioeconômicos e clínicos foram coletados nos prontuários e em entrevistas, utilizando um questionário pré-elaborado. Os resultados demonstraram uma associação significativa entre a adequação do ganho de peso e o IMC pré-gestacional (p=0,045), de modo que, das gestantes com ganho de peso elevado, 83% apresentaram excesso de peso pré-gestacional. O IMC pré-gestacional elevado se associou significativamente com a pré-eclâmpsia grave (p&lt;0,001) e diabetes <em>mellitus</em> gestacional (p=0,003). Ademais, pré-eclâmpsia leve e grave foram mais incidentes entre gestantes com ganho de peso elevado, enquanto as gestantes com ganho de peso gestacional insuficiente tiveram associação positiva com infecção do trato urinário (p=0,026). Dessa forma, concluiu-se que a maioria das gestantes avaliadas apresentou excesso de peso pré-gestacional e que, de acordo com os parâmetros brasileiros, houve alta prevalência de ganho de peso inadequado associado positivamente a patologias gestacionais. Assim, no contexto de saúde pública, enfatiza-se a necessidade de ampliação de acompanhamento nutricional individualizado desde a preconcepção.</p> Larissa de Castro Maia, Lívia Martins Costa e Silva Sousa, Saulo Leite de Paula, Luana Cabral Holanda, Joelma Maria Araújo de Oliveira, Roberta Ribeiro Coelho, Maria Míriam da Cunha Melo Garcia Copyright (c) 2025 Maria Míriam da Cunha Melo Garcia, Larissa de Castro Maia, Lívia Martins Costa e Silva Sousa, Saulo Leite de Paula, Luana Cabral Holanda, Joelma Maria Araújo de Oliveira, Roberta Ribeiro Coelho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16278 Fri, 21 Nov 2025 00:00:00 -0300 Insegurança alimentar e alimentação escolar de alunos da rede municipal de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, Brasil https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16121 <p>A insegurança alimentar (IA) é uma realidade persistente no Brasil, especialmente em regiões urbanas marcadas por desigualdades sociais. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de (in)segurança alimentar e a qualidade da alimentação escolar entre alunos da rede pública de ensino de Nova Iguaçu (RJ). Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, realizado entre agosto e outubro de 2024, com a participação de 81 responsáveis por estudantes matriculados em cinco escolas municipais, selecionadas por sorteio entre as unidades da rede. Os dados foram coletados presencialmente em dias de reunião de pais e mestres, mediante aplicação de um questionário estruturado com informações sociodemográficas e questões sobre alimentação escolar, além da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) para mensuração da IA. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva, com frequências absolutas e relativas. Os resultados revelaram que 77% dos domicílios apresentavam algum grau de IA, com predominância de IA leve (54,1%), seguida por IA moderada (12,6%) e grave (10,3%). A maioria das famílias era chefiada por mulheres (86,7%) e vivia com baixa renda. Em 32,9% dos casos, a alimentação escolar foi apontada como a principal refeição do dia. Conclui-se que a IA é prevalente no município e associada a fatores socioeconômicos, destacando-se a importância do fortalecimento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e da formulação de políticas públicas intersetoriais que garantam o direito à alimentação adequada.</p> Carlos Eduardo dos Santos Fernandes, Pedro Augusto Ferreira Targino, Jamilly Lobo de Freitas Francisco, Camila Ferreira de Souza Costa Copyright (c) 2025 Carlos Eduardo dos Santos Fernandes, Pedro Augusto Ferreira Targino, Jamilly Lobo de Freitas Francisco, Camila Ferreira de Souza Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16121 Fri, 21 Nov 2025 00:00:00 -0300 Relevância do acompanhamento nutricional em pacientes com insuficiência cardíaca após revascularização cirúrgica: análise de dois anos https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16302 <p>Este estudo retrospectivo teve como objetivo investigar qualitativamente e quantitativamente os hábitos alimentares, além de variáveis clínicas relacionadas aos fatores de risco modificáveis de pacientes com insuficiência cardíaca isquêmica após dois anos da cirurgia de revascularização do miocárdio e conscientizar pacientes, familiares e profissionais de saúde sobre a importância de um adequado acompanhamento nutricional pós-operatório. A investigação alimentar foi realizada com 12 participantes utilizando o método de questionário de frequência alimentar adaptado com alimentos processados e ultraprocessados, além do registro alimentar habitual e questionário social. Após a análise qualitativa, feita a partir do questionário de frequência alimentar, 100% da população estudada apresentava o hábito de consumir alimentos ultraprocessados antes da cirurgia, e esse hábito se manteve dois anos após o procedimento. Quanto à análise quantitativa, 11 participantes mantiveram o consumo inadequado de gordura saturada, 7 de colesterol e 9 de sódio. Além disso 92% da população estudada não fizeram acompanhamento nutricional após a alta hospitalar. Conclui-se que os pacientes com insuficiência cardíaca crônica mantiveram os hábitos alimentares anteriores à cirurgia quanto ao consumo de alimentos processados e ultraprocessados. A investigação da dieta habitual após dois anos de cirurgia demonstrou características que podem promover a progressão da doença, aumentando as chances de reospitalização, aumentando os custos hospitalares e piorando a qualidade de vida.</p> <p> </p> Silvia Quelli Duarte da Silva Duccini, Sheila Moreira da Silva Guimarães, André Manoel Correia dos Santos Copyright (c) 2025 Silvia Quelli Duarte da Silva Duccini, Sheila Moreira da Silva Guimarães, André Manoel Correia dos Santos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16302 Fri, 21 Nov 2025 00:00:00 -0300 Boas práticas de fabricação e segurança dos alimentos: avaliação de restaurantes comerciais no município do Rio de Janeiro https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16380 <p>O aumento do consumo de refeições fora do lar no Brasil tem evidenciado a necessidade de assegurar a qualidade higiênico-sanitária nos serviços de alimentação. Diante desse cenário, este estudo buscou responder à seguinte questão: em que medida restaurantes comerciais do município do Rio de Janeiro atendem às normas sanitárias vigentes? Assim, o objetivo foi avaliar o grau de conformidade desses estabelecimentos com as legislações de segurança alimentar, identificando fragilidades e potenciais riscos à saúde do consumidor. Trata-se de um estudo transversal, de natureza descritiva e observacional, que avaliou cinco restaurantes comerciais utilizando o Roteiro de Inspeção Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro e maio de 2025 e envolveu a aplicação do checklist em oito blocos temáticos, com classificação dos itens em imprescindíveis, necessários e recomendáveis. Os resultados revelaram percentuais médios de 61,4% de conformidade e 30,1% de não conformidade. Nenhum estabelecimento atingiu 100% de conformidade nos itens imprescindíveis, o que representa risco à segurança dos alimentos. As seções com maior criticidade foram "Higienização" e "Documentação e Registros", apontando falhas na padronização de rotinas e ausência de registros técnicos atualizados. A análise estatística (ANOVA) indicou diferenças significativas entre os restaurantes avaliados. A ausência de nutricionistas como responsáveis técnicos e a carência de treinamentos contínuos foram fatores recorrentes associados às não conformidades. Como ação educativa, o projeto elaborou e enviou materiais personalizados com orientações corretivas aos estabelecimentos. Os achados reforçam a importância da presença de profissionais qualificados, da educação permanente para manipuladores e do fortalecimento da vigilância sanitária para garantir a segurança dos alimentos da população.</p> Rachel Silva Machado, Alanna Cristina Fonseca dos Santos, Beatriz Silva de Moura, Ana Clara Fernandes Bispo Blaiotta, Giovanna Andriole Pellegrino, Emília Akil Copyright (c) 2025 Rachel Silva Machado, Alanna Cristina Fonseca dos Santos, Beatriz Silva de Moura, Ana Clara Fernandes Bispo Blaiotta, Giovanna Andriole Pellegrino, Emília Akil https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16380 Sat, 08 Nov 2025 00:00:00 -0300 Cozinha verde: a produção de alimentos por energias renováveis baseada nos critérios da vigilância sanitária de alimentos https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16580 <p>O mundo passa por uma busca direcionada ao conhecimento de procedimentos de produção alimentar que estejam alinhados com o respeito ao meio ambiente com o intuito de garantir economia de energia, segurança dos alimentos e preservação dos recursos naturais. A presente proposta integra a ideia da Cozinha Verde com a sustentabilidade, a tecnologia e a saúde pública em um modelo de preparação e gestão alimentar que pretende reduzir os impactos ambientais, ao mesmo tempo em que defende o uso de energias renováveis e a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos elaborados. O objetivo deste estudo foi o de analisar a viabilidade e os impactos da implementação de uma Cozinha Verde <em>v</em>oltada à produção de alimentos por meio de energias renováveis, considerando os critérios técnicos e normativos estabelecidos pela Agência Vigilância Sanitária de Alimentos. A metodologia utilizada para a elaboração deste estudo fundamentou-se em uma abordagem qualitativa e o procedimento de pesquisa utilizado foi a pesquisa bibliográfica. A pesquisa revelou que a adoção de fontes limpas de geração de energia para a implementação da Cozinha Verde pode minimizar consideravelmente a emissão de poluentes, melhorando as condições de higiene nos espaços de preparação dos alimentos e diminuem, ao longo da sua implementação, custos e riscos operacionais. Entretanto, o estudo também aponta que, o contexto regulatório no que diz respeito à Vigilância Sanitária de alimentos, apresenta lacunas expressivas que precisam ser eliminadas para que várias cozinhas verdes possam ser desenvolvidas.</p> Jaqueline de Paula Coutinho Nóbrega Copyright (c) 2025 Jaqueline de Paula Coutinho Nóbrega https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16580 Wed, 10 Dec 2025 00:00:00 -0300 Associação entre grau de incapacidade e presença de síndrome metabólica em adultos com esclerose múltipla https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16255 <p>A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica, neurodegenerativa, autoimune, que acomete o sistema nervoso central e que pode provocar graves sequelas funcionais. A pesquisa teve como objetivo avaliar a presença de SM em pessoas que vivem com EM e avaliar sua associação com o nível de progressão da doença. Trata-se de um estudo transversal realizado no Centro Interdisciplinar de Assistência, Pesquisa e Ensino em Neuroimunologia (CIAPEN), localizado em Fortaleza, Ceará. A população foi composta por pacientes adultos, idade ≥ 18 anos, com diagnóstico de EM de acordo com os critérios de McDonald. Foram coletados dados sociodemográficos, estilo de vida (tabagismo, etilismo e atividade física) e condições clínicas (Escala Expandida de Status de Incapacidade - EDSS, tempo de diagnóstico da EM). Foi realizada avaliação nutricional (índice de massa corporal - IMC, circunferência da cintura - CC), circunferência do quadril - CQ, relação cintura/quadril - RCQ, percentual de gordura corporal - % GC); e exames bioquímicos (glicemia em jejum, colesterol total - CT, lipoproteína de baixa densidade - LDL-c, lipoproteína de alta densidade - HDL-c, triacilgliceróis – TG). O diagnóstico de SM seguiu os critérios da <em>International Diabetes Federation</em>. Os resultados mostraram que grupo estudado apresentava média da idade de 38,2 (10,34) anos, do tempo de doença de 6,76 anos e do EDSS de 2,10 (1,92). Poucos pacientes apresentavam o hábito de fumar (3; 4,4%) e do consumo de bebidas (25; 36,76%). A maior parte dos participantes era fisicamente ativo (27; 39,70%), apresentava sobrepeso/obesidade de acordo com o IMC (41; 60,29%) e %GC segundo a BIA (43; 63,23%), associado a deposição central de gordura corpórea, mensurado pela CC (40; 58,82%). Quanto ao perfil bioquímico, observou-se em parte dos pacientes níveis anormais para glicemia em jejum (7; 10,29%), CT (26; 38,23%), LDL-c (22; 32,35%), TG (12; 17,64%) e HDL-c (24; 35,29%), sendo que 17 (25%) pacientes apresentavam SM. Verificou-se também associação positiva do EDSS com a composição corporal (CC, % GC) e com os valores do CT, LDL-c e TG. Nossos resultados também observaram que há uma associação positiva entre o escore do EDSS e a presença de SM (p = 0,019). Esses resultados mostram a importância do tratamento EM considerar estratégias para prevenção dos fatores de risco para SM.</p> Victor Vincent Morais de Lima, Beatriz Melo de Carvalho, Rebeca Silvestre Chaves Silva, Nayranne Hívina Carvalho Tavares, Ana Bárbara Muniz Araújo, José Artur Costa D'Almeida, Maria Luísa Pereira de Melo Copyright (c) 2025 Victor Vincent Morais de Lima, Beatriz Melo de Carvalho, Rebeca Silvestre Chaves Silva, Nayranne Hívina Carvalho Tavares, Ana Bárbara Muniz Araújo, José Artur Costa D'Almeida, Maria Luísa Pereira de Melo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16255 Tue, 28 Oct 2025 00:00:00 -0300 Prevalência de sarcopenia e obesidade sarcopênica em idosos institucionalizados na cidade de Flores, Pernambuco https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16188 <p><span style="font-weight: 400;">A sarcopenia é considerada uma síndrome e está associada a perda da força muscular, redução da massa muscular e baixo desempenho físico. Os indivíduos idosos também podem apresentar a obesidade sarcopênica, comorbidade caracterizada pela redução da força muscular, baixa massa muscular e baixo desempenho físico junto com excesso de tecido adiposo. Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de sarcopenia e obesidade sarcopênica em idosos em uma instituição de longa permanência da cidade de Flores, Pernambuco. Tratou-se de um estudo transversal quantitativo, com universo amostral de 31 idosos acima de 60 anos. Foi realizada avalição nutricional, força de preensão palmar, circunferência da panturrilha e teste de velocidade de marcha para o diagnóstico do estado nutricional, da sarcopenia e da obesidade sarcopênica. A análise de dados foi realizada através do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 e para análise das variáveis foi utilizado o teste Qui-quadrado para avaliar associações significativas das variáveis. Foi possível observar elevadas frequências de baixo peso (41,9%), de redução de força (96,8%) e de baixo desempenho físico (87,1%). A prevalência de pré-sarcopenia e sarcopenia encontradas foram elevadas, com frequências de 48,4%. Além disso, foi encontrado frequência de (26,7%) para obesidade sarcopênica, apesar do grande público estar baixo do peso. Conclui-se que Esses achados reforçam a vulnerabilidade dos idosos residentes em instituições de longa permanência e a necessidade de intervenções voltadas à prevenção e ao manejo dessas condições.</span></p> Andressa Linara Florentino da Costa , Maria Rayssa Silva do Nascimento , Haianne Stephany Maciel da Silva Araujo Gomes Copyright (c) 2025 Andressa Linara Florentino da Costa , Maria Rayssa Silva do Nascimento , Haianne Stephany Maciel da Silva Araujo Gomes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16188 Sat, 25 Oct 2025 00:00:00 -0300 Avaliação da gestão do SISAN nas regiões brasileiras: análise regional com dados do MapaSAN (2018) https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16152 <p>O objetivo deste estudo foi analisar a consolidação da gestão do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) nos municípios brasileiros em 2018 e contextualizar os achados à luz da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN). Foi realizado um estudo transversal, quantitativo, com dados de acesso aberto do MapaSAN 2018, abrangendo 2.319 municípios. Os resultados mostraram que 87,49% dos municípios apresentavam gestão não consolidada, com variações regionais significativas. As regiões Nordeste e Sul apresentaram maior proporção de gestão consolidada. A presença das instâncias de gestão e a disponibilidade de recursos foram desiguais entre as regiões. Conclui-se que a consolidação do SISAN depende de governança eficiente, recursos financeiros e articulação intersetorial, influenciados pelo porte populacional e contexto regional. À luz da LOSAN, destaca-se a necessidade de apoio técnico, financeiro e monitoramento por parte dos governos federal e estadual para fortalecer o SISAN.</p> Ariane Gato Dias, Isabel Cristina Bento Copyright (c) 2025 Ariane Gato Dias, Isabel Cristina Bento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16152 Wed, 22 Oct 2025 00:00:00 -0300 Embalagens de alimentos para consumo direto: quantificação da carga microbiana e avaliação dos riscos à saúde do consumidor https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15922 <p>O consumo direto de alimentos em embalagens que requerem contato da boca com a superfície externa, como latas de refrigerantes e iogurtes de beber, pode representar risco microbiológico. Caso essas superfícies não sejam descontaminadas, há possibilidade de transmissão de doenças. Este estudo avaliou a contaminação microbiológica em embalagens de iogurte e refrigerante, identificando microrganismos indicadores nas áreas que entram em contato com a boca do consumidor. Foram coletadas 24 amostras em um supermercado de um município da Fronteira Oeste, RS, nos períodos de inverno e primavera, sendo 12 de iogurte e 12 de refrigerante, distribuídas igualmente entre duas marcas de cada produto. A coleta microbiológica foi padronizada, em área delimitada das embalagens. Avaliaram-se bolores, leveduras, enterobactérias, coliformes a 35°C e coliformes a 45°C. A contaminação por bolores e leveduras foi elevada em ambos os produtos e períodos, com contagens entre 0,4 e 46,5 UFC/cm<sup>2</sup>, sendo o maior valor no iogurte da marca A, na primavera. Enterobactérias foram detectadas em 25% dos grupos, com contagens elevadas de enterobactérias na marca A de iogurte no inverno. Coliformes foram encontrados apenas no inverno, em todos os grupos de refrigerantes (coliformes a 35°C e a 45°C) e na marca B de iogurtes (coliformes a 35°C). As condições ambientais variaram entre os períodos, com maior umidade no inverno. As temperaturas dos iogurtes mantiveram-se dentro dos limites recomendados, entre 1,73 e 5,68 °C. O estudo evidenciou contaminação nas embalagens, com destaque para contagens significativas de bolores e leveduras e de enterobactérias em alguns dos grupos avaliados. Os achados indicam risco potencial à saúde do consumidor e reforçam a importância de medidas preventivas e práticas adequadas de higienização das embalagens para evitar contaminação cruzada.</p> Larissa Schröder Paula, Gabrielle Tomaz e Carvalho, Rutilene Jacondino Roll, Larissa do Prado Lopes, Gustavo da Silva Lisboa, Cassia Regina Nespolo Copyright (c) 2025 Larissa Schröder Paula, Gabrielle Tomaz e Carvalho, Rutilene Jacondino Roll, Larissa do Prado Lopes, Gustavo da Silva Lisboa, Cassia Regina Nespolo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15922 Wed, 08 Oct 2025 00:00:00 -0300 Elaboração de material educativo: orientações nutricionais para cuidadores de pacientes em Terapia Nutricional Enteral Domiciliar https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16118 <p>A Terapia Nutricional Enteral Domiciliar (TNED) implica mudanças na rotina familiar, sendo essencial o suporte nutricional na alta hospitalar. As orientações visam auxiliar a recuperação do paciente, minimizar as inseguranças quanto ao manejo da nutrição enteral, proporcionar melhor qualidade de vida familiar e social, bem como prevenir complicações e evitar reinternações. Seguindo essa perspectiva, o estudo objetivou desenvolver um material educativo com orientações nutricionais para cuidadores de pacientes candidatos à TNED acompanhados em um hospital de referência em traumatologia no Ceará, Brasil. Utilizando-se a metodologia da pesquisa-ação, o estudo foi realizado entre fevereiro e junho de 2025 e contemplou as seguintes etapas: conhecimento do perfil sociodemográfico dos participantes, identificação das dificuldades quanto ao uso da nutrição enteral em casa, construção do material educativo e validação do material por profissionais da saúde e pelos cuidadores. O processo de desenvolvimento do material contou com 25 cuidadores nas fases de diagnóstico, em sua maioria do sexo feminino e com idade de 28 a 72 anos, passaram por entrevista semiestruturada para identificação de seus receios e dúvidas quanto à TNED. O manual foi construído com base nesses dados e da literatura científica acerca do tema, para então, ser validado por 13 profissionais da saúde e por 8 cuidadores, que o definiram como satisfatório e representativo. O material buscou ser suporte de conhecimento e assistência quanto ao manejo nutricional da TNED na rotina familiar, contribuindo para a promoção da segurança nutricional, o fortalecimento do cuidado e a prevenção de complicações.</p> Isabel Melo de Oliveira, Andressa Freire Salviano Copyright (c) 2025 Isabel Melo de Oliveira, Andressa Freire Salviano https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16118 Mon, 29 Sep 2025 00:00:00 -0300 Conhecimento, percepções e práticas de mães de crianças sobre o papel da dieta na constipação intestinal crônica funcional dos filhos https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15619 <p>O estudo verificou o conhecimento, percepções e práticas de mães sobre o manejo dietético de crianças com constipação intestinal crônica funcional. Realizou-se estudo exploratório, observacional e transversal que contou com 21 mães de crianças com constipação intestinal funcional, captadas nas redes sociais (<em>Instagram e Faceb</em>o<em>ok</em>). As participantes responderam ao formulário de pesquisa com questões sociodemográficas, de conhecimento, percepção e práticas do manejo da constipação intestinal crônica funcional. Observou-se que as mães, na maioria, têm entre 36 e 40 anos; a maioria dos filhos têm entre 1 e 5 anos, sendo 52,3% do sexo masculino. Quanto ao estado nutricional dos filhos, a maioria tem eutrofia, mas também, se observou magreza, sobrepeso e obesidade. As mães cozinham os alimentos que a família mais gosta; quase todas (95,2%) conhecem as fibras alimentares e acreditam que uma dieta balanceada ajuda no tratamento da constipação intestinal. Segundo as mães, 80,9% dos filhos comem bem, referindo ingestão de frutas (80,9%), verduras (71,4%) e legumes (61,9%). Alimentos ultraprocessados, na ótica das mães, podem piorar a constipação intestinal. Pipoca (23,8%); amendoim (23,8%); granola (42,8%) e feijão (47,6%) foram os alimentos que apresentaram menor consenso como fonte de fibra alimentar, entre as mães. As mesmas apontaram a uva, mamão, batata, farofa, feijão, arroz, carne vermelha como alimentos responsáveis por “prender” o intestino. As mães participantes do estudo conhecem o papel da fibra alimentar, porém, seu conhecimento, percepções e práticas de alimentação sobre o manejo dietético da constipação intestinal em crianças, são equivocados.</p> <p>&nbsp;</p> Fabiana Yuka Shintate, Patrícia da Graça Leite Speridião Copyright (c) 2025 Fabiana Yuka Shintate, Patrícia da Graça Leite Speridião https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15619 Tue, 23 Sep 2025 00:00:00 -0300 Desenvolvimento e avaliação da qualidade físico-química e sensorial de bebida fermentada de jabuticaba, grão-de-bico e aveia https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15974 <p>As bebidas vegetais são um conjunto de substâncias isoladas ou misturadas, provenientes da polpa ou de outras partes de vegetais, acrescida ou não de outros ingredientes, destinada ao consumo. Sendo assim, a junção de ingredientes deste tipo, podem originar um produto altamente nutritivo e funcional, favorecendo também vegetarianos, veganos e indivíduos com restrições alimentares. Objetivou-se produzir bebidas vegetais fermentadas variando os percentuais de extratos de jabuticaba, grão-de-bico e aveia, agregando valor aos frutos nativos do Brasil e reduzindo os resíduos ambientais. As formulações foram caracterizadas por meio de análise físico-química e teste de aceitabilidade com Escala Hedônica e teste de intenção de compra. De acordo com os resultados da análise físico-química, as formulações exibiram diferenças significativas na cor, sólidos solúveis, acidez, pH e viscosidade. Para definição da formulação ideal, a análise sensorial mostrou melhores resultados obtidos para aquela com maior concentração de suco de jabuticaba (40%), atingindo médias hedônicas de 6 (gostei ligeiramente) para a maioria dos atributos, com exceção apenas para o gosto ácido, cuja média foi 5,67 (entre “indiferente “ e “gostei ligeiramente”). Reforça-se a boa aceitação do produto, mas são necessários ajustes das concentrações dos ingredientes para uma performance superior na intenção de compra.</p> Mariana Chaves Silveira, Ana Roberta Barbosa Vieira Brandão, Maria Fernanda Oliveira Barbosa, Alice Helena de Souza Paulino , Aline Resende Nogueira Reis , Eric Batista Ferreira , Flávia Della Lucia Copyright (c) 2025 Mariana Chaves Silveira, Ana Roberta Barbosa Vieira Brandão, Maria Fernanda Oliveira Barbosa, Alice Helena de Souza Paulino , Aline Resende Nogueira Reis , Eric Batista Ferreira , Flávia Della Lucia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15974 Tue, 16 Sep 2025 00:00:00 -0300 Perfil nutricional de escolares em território de baixa renda no sudeste paulista https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15856 <p>Este estudo transversal teve como objetivo avaliar o estado nutricional e identificar possíveis desigualdades entre grupos de crianças de 6 a 11 anos matriculadas na rede municipal de Registro-SP. A pesquisa, realizada em 2024 com 2.680 escolares através de medidas antropométricas padronizadas, revelou um cenário nutricional complexo: enquanto 60,3% apresentavam estado nutricional adequado, foram observadas prevalências significativas de sobrepeso (18,2%), obesidade (13,8%) e obesidade grave (5,4%). A análise dos dados demonstrou importantes diferenças entre subgrupos. Os meninos apresentaram maior prevalência de obesidade grave (7,5%) em comparação às meninas (3,3%), diferença estatisticamente significativa (p&lt;0,001). Quanto à faixa etária, estudantes de 10-11 anos mostraram indicadores nutricionais menos favoráveis que os de 6-9 anos, embora as diferenças entre áreas urbanas e rurais não tenham alcançado significância estatística. Estes resultados destacam a necessidade de políticas públicas específicas que considerem: (1) o fortalecimento da vigilância nutricional escolar; (2) intervenções diferenciadas por gênero e idade; e (3) a integração intersetorial entre saúde e educação. Tais medidas são especialmente relevantes para municípios de menor porte como Registro, que frequentemente ficam à margem dos grandes estudos nacionais, mas enfrentam desafios nutricionais igualmente complexos.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Gislene dos Anjos Tamasia, Francini Xavier Rossetti, Elissa Caroline Mendes Nascimento, Hélia Saguchi, Vanessa de Abreu Barbosa Fernandes, Dariane Beatriz Schoffen Enke, Tânia Aparecida de Araújo Copyright (c) 2025 Gislene dos Anjos Tamasia, Francini Xavier Rossetti, Elissa Caroline Mendes Nascimento, Hélia Saguchi, Vanessa de Abreu Barbosa Fernandes, Dariane Beatriz Schoffen Enke, Tânia Aparecida de Araújo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15856 Sat, 13 Sep 2025 00:00:00 -0300 Perfil do consumo de lanches por escolares das quatro escolas municipais de um município mineiro https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15636 <p>Estudo transversal com escolares do 3º ao 5º ano do ensino fundamental I das quatro escolas municipais da cidade de Diamantina-MG. A coleta de dados foi realizada em 2019 e 2022. O consumo de lanches foi avaliado por meio de um questionário de acordo com autorrelato do escolar. O questionário envolveu questões sobre ano escolar, turno, se o estudante consumia alimentação escolar e frequencia, se trazia lanches de casa para escola e a frequencia e tipo de lanche consumido, avaliados por meio de uma lista de alimentos em grupos de frutas, pães, bolos e biscoitos, bebidas, doces dentre outros. A presença de lanches ultraprocessados foi verificada segundo classificação NOVA de alimentos. Utilizou-se o teste qui-quadrado, o teste de tendência e a análise de componentes principais (PCA) para identificar uma tendência e padrão dos lanches trazidos pelos escolares nos períodos analisados. O estudo revelou que os escolares apresentam elevada frequência de consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos recheados e salgadinhos de pacote; embora no período analisado tenha tido aumento concomitante do consumo de frutas. Apesar de avanço<span style="text-decoration: line-through;">s</span> em termos de aumento no consumo de frutas, ainda há um longo caminho a percorrer para incentivar uma alimentação mais saudável entre as crianças, e em especial estimular o consumo da alimentação escolar em detrimento de lanches no ambiente escolar.</p> Larissa Silva, Isabel Cristina Bento, Ana Carolina Souza Silva, Nadja Maria Gomes Murta, Luciana Neri Nobre Copyright (c) 2025 Larissa Silva, Isabel Cristina Bento, Ana Carolina Souza Silva, Nadja Maria Gomes Murta, Luciana Neri Nobre https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15636 Wed, 03 Sep 2025 00:00:00 -0300 Estilo de vida associado com indicadores antropométricos em idosos diabéticos https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14868 <p>A obesidade em idosos traz prejuízos à saúde e afeta o estilo de vida, o que torna necessário intervenções integradas para promoção de longevidade. Esse estudo objetivou associar indicadores antropométricos com estilo de vida em idosos diabéticos. Trata-se de um estudo transversal retrospectivo com diabéticos ≥ 60 anos, atendidos no ambulatório de nutrição/diabetes, do Núcleo de Atenção ao Idoso, da Universidade Federal de Pernambuco, de 2011 a 2019. Foram avaliadas variáveis demográficas (sexo, idade), de estilo de vida positivo (atividade física, etilismo, tabagismo) e antropométricas (peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Circunferência do Quadril (CQ), Relação Cintura Quadril (RCQ), Relação Cintura Estatura (RCE), Circunferência da Panturrilha (CP), Relação Cintura Panturrilha (RCP). Foram estudados 137 pacientes, com idade média de 69,03 ± 6,46, maioria sexo feminino (83,2%). Quanto ao estilo de vida, 50,4% praticavam exercício físico, 81% não ingeriam bebidas alcoólicas com regularidade e nenhum era tabagista. Houve prevalência de sobrepeso (54,7%) e CC (88,3%), RCQ (98,5%) e RCE (65%) elevadas. Enquanto 90,5% apresentaram CP normal. O estilo de vida positivo foi observado em 40,9% da amostra, sendo associado com IMC de sobrepeso e CP eutrófica.Concluiu-se que a amostra apresentou sobrepeso, com risco para doenças cardiovasculares pelas circunferências, sem perda de massa muscular pela panturrilha. Estilo de vida saudável esteve presente em menor proporção da amostra, sendo associado com elevado IMC e CP. Enquanto o risco de DCV, avaliado pela CC, indicou associação significativa com o IMC, CP e RCP.</p> João Carlos Fonseca da Silva, Maria Eugênia Gomes Alexandre, Regiane Maio, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos Copyright (c) 2025 João Carlos Fonseca da Silva, Maria Eugênia Gomes Alexandre, Regiane Maio, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14868 Mon, 25 Aug 2025 00:00:00 -0300 Insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em uma comunidade de trabalhadores rurais do semiárido cearense https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15894 <p>A insegurança alimentar pode influenciar negativamente a qualidade da dieta, favorecendo o consumo de alimentos ultraprocessados. Populações rurais em situação de vulnerabilidade social pode estar particularmente expostas a esse risco, apesar da persistência de práticas alimentares tradicionais. Este estudo teve como objetivo descrever e avaliar relação entre a situação de segurança alimentar e o consumo alimentar segundo a classificação NOVA em uma comunidade de trabalhadores rurais do semiárido cearense. Trata-se de um estudo transversal conduzido com 99 adultos e idosos. Aplicou-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e três recordatórios alimentares de 24 horas em dias não consecutivos. Os alimentos foram classificados de acordo com a NOVA e o consumo habitual estimado via <em>Multiple Source Method</em>. Utilizaram-se testes T, Mann-Whitney e Levene, com significância de p&lt;0,05. A maioria dos participantes vivia em domicílios com algum grau de insegurança alimentar (89,9%). O consumo total médio de alimentos foi de 1292,87 g/dia, com maiores contribuições dos alimentos <em>in natura</em> ou minimamente processados (1083,49 g/dia) e ultraprocessados (160,00 g/dia). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos com e sem insegurança alimentar. Apesar da predominância de alimentos <em>in natura</em> ou minimamente processados na dieta, o consumo de ultraprocessados é relevante entre trabalhadores rurais. Os achados reforçam a necessidade de políticas que promovam o acesso sustentável a alimentos saudáveis em comunidades rurais vulneráveis.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Insegurança Alimentar; Trabalhadores Rurais; Alimentos Ultraprocessados.</p> Daniel Ferreira da Silva, Ana Karen Nogueira Celedonio, Thayla Gutihellen Santiago de Oliveira, Bruna Yhang da Costa Silva, Josicleia Vieira de Abreu do Vale Copyright (c) 2025 Daniel Ferreira da Silva, Ana Karen Nogueira Celedonio, Thayla Gutihellen Santiago de Oliveira, Bruna Yhang da Costa Silva, Josicleia Vieira de Abreu do Vale https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15894 Wed, 20 Aug 2025 00:00:00 -0300 Estado nutricional de menores de 18 anos com fibrose cística: índice antropométrico usual versus composição corporal https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15042 <p>O estado nutricional em fibrose cística (FC) está associado ao prognóstico e a sobrevida dos pacientes, tendo o índice de massa corporal (IMC) como o parâmetro amplamente utilizado na prática clínica e a avaliação da composição corporal como recomendação de método complementar. Com o objetivo de avaliar o estado nutricional, comparando o índice de massa corporal com a composição corporal de menores de 18 anos com fibrose cística realizou-se estudo transversal, com menores de 18 anos com fibrose cística (FC). Avaliou-se o índice de massa corporal (IMC) e os pesos corporais de massa gorda (MG) e de massa livre de gordura (MLG) por sexo e idade (dados de prontuário), comparando-se a composição corporal entre os sexos e categorias de IMC. Foram incluídos dados de 57 indivíduos com FC, idade entre 4,1 e 17,7 anos. A média de IMC foi 16 kg/m<sup>2</sup> (12,5 – 26,3 kg/m<sup>2</sup>). Houve maior frequência de IMC adequado (77,2%), e menor (10,5%) de IMC abaixo do recomendado. Quanto à composição corporal, 21,1% apresentaram MG acima e 33,3% MLG abaixo do recomendado para idade. Além disso, dos indivíduos com MLG abaixo do recomendado, 26,3% apresentavam MG elevado. Houve diferença entre as categorias de IMC tanto para MG (p = 0,003) quanto para MLG (p = 0,016). Concluiu-se que a avaliação nutricional, feita usualmente pelo índice de massa corporal exclusivamente, não é suficiente para determinar a adequação do estado nutricional em fibrose cística, sendo a composição corporal imprescindível para melhor avaliação do estado nutricional.</p> Luana da Silva Baptista Arpini, Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato, Sabrina da Silva Santos, Gina Torres Rego Monteiro Copyright (c) 2025 Luana da Silva Baptista Arpini, Fernanda Mayrink Gonçalves Liberato, Sabrina da Silva Santos, Gina Torres Rego Monteiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15042 Tue, 12 Aug 2025 00:00:00 -0300 Tempo de jejum pré-operatório: avaliação após implementação de protocolo de abreviação em um complexo hospitalar de Pernambuco https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15594 <p>É prática comum o jejum prolongado pré-operatório, sendo prejudicial e com pior repercussão metabólica associada à cirurgia. A abreviação do jejum pré-operatório apresenta bons resultados, não se associando a riscos adicionais. Avaliar a variação de tempo de jejum pré-operatório prescrito e o tempo efetivamente em jejum, em pacientes adultos e idosos submetidos a cirurgias eletivas. Estudo retrospectivo, descritivo, transversal e de natureza quantitativa. Incluídos pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, que realizaram abreviação do jejum pré-operatório em cirurgias eletivas num complexo hospitalar do Recife-PE. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, rastreio do risco nutricional através da <em>Nutritional Risk Screening</em>-2002 e dados referentes aos procedimentos cirúrgicos. O estado nutricional foi avaliado por meio da antropometria. Foram analisados 115 pacientes, majoritariamente idosos (≥60 anos) (65,2%) do sexo masculino (56,5%), com idade média 61,9 ± 13,7 anos, sendo a principal comorbidade observada hipertensão (61,2%). A mediana do tempo de jejum pré-operatório foi de 4 horas e 50 minutos ± 1 hora e 51 minutos. O maior grupo de cirurgias realizadas foram as vasculares (46,1%). Em relação ao risco nutricional, 64,3% apresentavam-se sem risco. Como principal desfecho clínico, observamos a alta hospitalar (93,9%). A avaliação da eficácia do protocolo de abreviação do jejum pré-operatório apresentou resultado em desacordo com os principais guidelines recentes sobre o tema. A implementação do protocolo possibilita a redução do tempo de privação alimentar, possivelmente melhorando a recuperação, cicatrização e reduzindo parâmetros inflamatórios. Assim, sugere-se a melhor adesão por parte das equipes envolvidas a fim de otimizar o protocolo.</p> Ricardo Nascimento de Oliveira, Silene Alves Pereira, Fabiana de Arruda Lucchesi, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos Copyright (c) 2025 Ricardo Nascimento de Oliveira, Silene Alves Pereira, Fabiana de Arruda Lucchesi, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15594 Tue, 02 Sep 2025 00:00:00 -0300 A integração da horta com ações de promoção da saúde em escolas públicas brasileiras: PeNSE 2019 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15694 <p>A utilização da horta na merenda escolar e como ferramenta na Educação Alimentar e Nutricional (EAN), configura-se como estratégia intersetorial para promoção da saúde e formação de hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar. Objetivou-se analisar a presença da horta escolar, sua utilização e a associação com ações de promoção da saúde nas escolas brasileiras. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 75.831 escolas públicas brasileiras participantes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE-2019). Os dados foram coletados por meio de questionários por meio de um dispositivo móvel. Para o presente estudo, utilizou-se dados provenientes do questionário do ambiente escolar e dados gerais das escolas, aplicado aos gestores escolares. A variável desfecho foi o nível de integração da horta (baixo, médio e alto). As variáveis independentes incluíram a presença do Programa Saúde na Escola (PSE) e a realização de ações de promoção da saúde. Foram utilizados modelos de regressão logística multinomial, ajustados por localização da escola e tipo de ensino, considerando o plano amostral da pesquisa. Participaram 75.831 escolas. Identificou-se que 79,3% apresentavam baixo nível de integração da horta, 6,4% médio e 14,3% alto. Escolas com PSE implantado mostraram maior chance de ter integração média da horta (OR=2,72; IC95%: 1,49–4,94), e aquelas com ações de promoção da saúde, maior chance de integração alta (OR=1,76; IC95%: 1,04–3,00). Conclui-se que a presença e o uso da horta escolar se associam positivamente ao PSE e às ações de promoção da saúde, embora ainda estejam pouco integradas ao cotidiano das escolas.</p> Jucinete Ana da Cruz Nobre, Isabel Cristina Bento Copyright (c) 2025 Jucinete Ana da Cruz Nobre, Isabel Cristina Bento https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15694 Fri, 01 Aug 2025 00:00:00 -0300 Composição corporal e Síndrome Metabólica: associação entre índice de massa de gordura e riscos metabólicos em adultos de uma clínica escola de nutrição https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15949 <p>A Síndrome Metabólica (SM) é caracterizada por um conjunto de alterações metabólicas associadas a maior risco cardiovascular, sendo influenciada pela composição corporal. Este estudo teve como objetivo analisar a composição corporal de adultos atendidos em uma clínica escola de nutrição e suas associações com disfunções metabólicas. Estudo transversal, com análise de 95 prontuários entre março e dezembro de 2023. A amostra foi majoritariamente feminina (76,8%), com predominância da faixa etária de 20 a 29 anos (38,9%) e da classe média (57,9%). A prevalência de sobrepeso e obesidade através do índice de massa corporal (IMC) foi de 65,3%, com 54,7% apresentando risco aumentado pela circunferência da cintura. O índice de massa de gordura (IMG) elevado foi identificado em 26,3% dos participantes e esteve associado a concentrações de glicose (mediana: 89 mg/dL) e triglicerídeos (158 mg/dL) estatisticamente mais altas, embora ainda dentro dos limites de referência para a população estudada, além de níveis reduzidos de HDL (39 mg/dL), todos com significância estatística (p</p> <p>&lt; 0,001). A presença de SM foi significativamente maior no grupo com IMG alto (p&lt; 0,001). Não foram observadas associações significativas entre o índice de massa livre de gordura (IMLG) e a presença de SM. Conclui-se que o IMG elevado é um marcador relevante de risco metabólico, reforçando a importância da avaliação da composição corporal como ferramenta clínica para detecção precoce de alterações associadas à SM.</p> <p> </p> Marcia Fernandes Nishiyama, Isadora da Luz Coppi, Larissa da Cunha Feio Costa, Eloá Angélica Koehnlein, Késia Zanuzo Copyright (c) 2025 Marcia Fernandes Nishiyama, Isadora da Luz Coppi, Larissa da Cunha Feio Costa, Eloá Angélica Koehnlein https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15949 Mon, 18 Aug 2025 00:00:00 -0300 Extrato de própolis verde em queijo fresco: influência na qualidade e aceitação sensorial https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16087 <p>Por ser um dos produtos lácteos mais suscetíveis à deterioração, o queijo frescal demanda o desenvolvimento de tecnologias que prolonguem sua vida útil. A própolis, rica em compostos bioativos, apresenta reconhecida atividade antimicrobiana. Diante disso, este estudo teve como objetivo produzir queijo tipo frescal incorporado com extrato de própolis verde e avaliar sua influência nas propriedades sensoriais e qualitativas do produto. Foram elaboradas seis amostras de queijo, sendo quatro com adição de extrato de própolis (10% e 15%) e duas amostras-controle, sem adição do extrato. As amostras foram acondicionadas sob atmosfera normal e atmosfera modificada a vácuo, e submetidas às análises microbiológicas (bolores e leveduras, bactérias mesófilas), físico-químicas (pH, acidez, perda de massa, umidade e cor), sensorial e de aspecto visual. Os queijos com própolis não apresentaram diferenças estatisticamente significativas na aceitação sensorial em relação às amostras-controle. A adição de 15% de extrato de própolis verde demonstrou eficácia no controle da contaminação microbiológica. Ao longo de nove dias de armazenamento sob refrigeração, os parâmetros físico-químicos das amostras tratadas mantiveram-se estáveis, sem variações estatisticamente significativas pelo teste T. Visualmente, os queijos com extrato apresentaram boa estabilidade ao longo do período analisado. Assim, a incorporação de extrato de própolis verde se mostra uma alternativa promissora para a conservação de queijos frescos.</p> Lidiane Pinto de Mendonça Ferreira, Renata Cristina Borges da Silva Macedo , Flávio Estefferson de Oliveira Santana , Alcinda Nathally Nogueira Viana , Kátia Peres Gramacho , Karoline Mikaelle de Paiva Soares Copyright (c) 2025 Lidiane Pinto de Mendonça Ferreira, Renata Cristina Borges da Silva Macedo , Flávio Estefferson de Oliveira Santana , Alcinda Nathally Nogueira Viana , Kátia Peres Gramacho , Karoline Mikaelle de Paiva Soares https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16087 Thu, 28 Aug 2025 00:00:00 -0300 Características clínicas e nutricionais de pacientes bariátricos: estudo em hospital do sertão de Pernambuco https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15048 <p>A cirurgia bariátrica é o tratamento mais efetivo para a obesidade grave, pois, além de proporcionar perda ponderal significativa e sustentável a longo prazo, melhora o metabolismo e proporciona controle de diversas patologias associadas. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar o perfil de obesos em pré e pós-operatório imediato de cirurgia bariátrica em um hospital privado do Sertão de Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal, realizado em 2020. Foram analisadas variáveis antropométricas, clínicas, sociodemográficas e de estilo de vida. A significância considerada foi de p&lt;0,05. A amostra foi constituída de 35 adultos, predominância do sexo feminino (57,1%), cor branca (68,6%) e renda &gt; 3 salários mínimos (62,9%). A técnica de <em>bypass</em> ocorreu em 83,3% que possuíam idade de 41,00 ± 9,5 anos, enquanto eram mais jovens os submetidos à técnica <em>sleeve</em> (37,82 ± 7,88 anos). Na técnica do <em>bypass</em> predominou obesidade grau III, hipertensão e diabetes. No estilo de vida prevaleceu sedentarismo (68,6%), absenteísmo e não tabagismo. No pós-cirúrgico imediato de até 30 dias, os 2 grupos seguiram o protocolo de dieta do serviço e não houve diferença em relação às alterações gastrintestinais, nem as demais variáveis estudadas. Portanto, o perfil majoritário dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica foi mulheres adultas jovens com histórico familiar de dislipidemia. A hipertensão arterial foi a comorbidade mais encontrada e a técnica cirúrgica de <em>bypass</em> foi a mais realizada. No pós-cirúrgico imediato não foram observadas alterações gastrintestinais entre as duas técnicas utilizadas.</p> Dayane Maiara Monteiro de Almeida, João Carlos Fonseca da Silva, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos Copyright (c) 2025 Dayane Maiara Monteiro de Almeida, João Carlos Fonseca da Silva, Maria Goretti Pessoa de Araújo Burgos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15048 Fri, 08 Aug 2025 00:00:00 -0300 Fatores sociais e parentais associados ao excesso de peso em crianças e adolescentes: Inquérito de Saúde Domiciliar-ISAD/PI https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15432 <p>A prevalência global do excesso de peso infanto-juvenil configura-se como um crítico problema de saúde pública. Desse modo, a obesidade parental é um importante determinante no estado nutricional dos filhos. Assim, o objetivo do estudo foi estimar a prevalência de excesso de peso em crianças e adolescentes e analisar fatores sociais e parentais associados. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados do "Inquérito Domiciliar de Saúde no Piauí-ISAD/PI, Brasil", envolvendo 507 crianças e adolescentes e seus pais. O excesso de peso infanto-juvenil foi identificado conforme o índice de massa corporal por idade. Coletou-se dados demográficos e socioeconômicos por meio de questionários estruturados e avaliados o estado nutricional e a obesidade abdominal nos pais. Análises estatísticas foram razões de prevalência brutas e ajustadas por sexo e idade (IC95%) estimadas, adotando-se p&lt;0,05. A prevalência de excesso de peso infanto-juvenil foi 25,05%. Após ajuste por sexo e idade, verificou-se que o excesso de peso foi mais prevalente em crianças e adolescentes de maior renda familiar (p&lt;0,05). Em relação às variáveis parentais, foi observado elevada prevalência de excesso de peso nos adolescentes e crianças cujas mães tinham mais escolaridade (p=0,012) e eram obesas (p=0,004); e cujos pais tinham idade de 35-49 anos (p=0,037). A obesidade abdominal no pai (p=0,023) ou mãe (p=0,028) associou-se significativamente ao excesso de peso nos filhos. O excesso de peso teve como importantes determinantes variáveis sociodemográficas e o estado nutricional do pai ou da mãe. Assim, evidencia-se a necessidade de intervenções para melhorar a alimentação e os hábitos da família.</p> Joyce Sousa Aquino Brito, Larissa Prado Leal, Carlos Henrique Ribeiro Lima, Suzana Maria Rebelo Sampaio da Paz, Andrea Nunes Mendes de Brito, Karoline de Macêdo Gonçalves Frota, Adriana de Azevedo Paiva Copyright (c) 2025 Joyce Sousa Aquino Brito, Larissa Prado Leal, Carlos Henrique Ribeiro Lima, Suzana Maria Rebelo Sampaio da Paz, Andrea Nunes Mendes de Brito, Karoline de Macêdo Gonçalves Frota, Adriana de Azevedo Paiva https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15432 Tue, 05 Aug 2025 00:00:00 -0300 Projeto piloto de categorização dos Serviços de Alimentação no município de Macaé, Rio de Janeiro, Brasil https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15962 <p>A Categorização é um modelo de inspeção desenvolvido durante a Copa do Mundo de 2014 e atribui selos de qualidade sanitária (A, B, C) aos estabelecimentos, proporcionando maior transparência e segurança ao consumidor. Este estudo objetivou investigar o impacto do Projeto Piloto de Categorização dos serviços de alimentação no município de Macaé–RJ, implementado em 2023. A pesquisa, de caráter transversal, descritiva e quantitativa, utilizou dados fornecidos pela vigilância sanitária local. O projeto avaliou 28 estabelecimentos de alimentação durante o período de novembro a dezembro de 2023, através do 1º ciclo (educativo) e 2º ciclo (emissão do selo). O estudo evidenciou que as intervenções foram eficazes, resultando em 90% dos estabelecimentos categorizados com o selo A, na avaliação final. A melhoria na adequação aos itens eliminatórios e classificatórios, como o uso exclusivo de água potável e a implementação de Boas Práticas de Manipulação (BPM), refletiu um avanço na segurança dos alimentos. Conclui-se que o Projeto de Categorização contribui para a proteção da saúde pública e o fortalecimento das ações de vigilância sanitária, destacando a importância da continuidade e expansão deste tipo de iniciativa para promover a garantia da segurança dos alimentos comercializados em outros municípios.</p> Maria Fernanda Lopes da Silveira, Patrícia Arruda Scheffer, Maria Eduarda Paulo Portella, Hélio Márcio da Silva Porto, Ana Lúcia de Freitas Saccol Copyright (c) 2025 Maria Fernanda Lopes da Silveira, Patrícia Arruda Scheffer, Maria Eduarda Paulo Portella, Hélio Márcio da Silva Porto, Ana Lúcia de Freitas Saccol https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15962 Tue, 12 Aug 2025 00:00:00 -0300 Agaricus blazei Murrill não reduz a obesidade e a esteatose hepática, mas melhora a tolerância à glicose e reduz o colesterol hepático em camundongos obesos https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15731 <p>A obesidade está fortemente associada à Doença Hepática Esteatótica Associada à Disfunção Metabólica e a busca por novas abordagens terapêuticas é necessária. O cogumelo <em>Agaricus blazei </em>Murrill (ABM) possui compostos bioativos com potencial efeito metabólico, embora as evidências experimentais ainda sejam limitadas. Este estudo investigou os efeitos da suplementação com ABM sobre parâmetros metabólicos e hepáticos em camundongos obesos. Camundongos machos da linhagem C57BL/6 foram alimentados com dieta hiperlipídica (DH) durante oito semanas para indução da obesidade e, em seguida, alocados em três grupos: OB-CTL (controle, água), OB-ABM1 (ABM 10%) e OB-ABM2 (ABM 5%), tratados por gavagem diária durante 12 semanas, com manutenção da DH. Foram avaliados peso corporal, ingestão alimentar, adiposidade, glicemia, perfil lipídico plasmático e hepático, além da esteatose hepática. A suplementação com ABM não alterou o peso corporal, o consumo alimentar nem a deposição de gordura. Contudo, o grupo OB-ABM1 apresentou melhora na tolerância à glicose, evidenciada pela redução da área sob a curva no teste de tolerância à glicose. Não foram observadas alterações nos níveis plasmáticos de triglicerídeos e colesterol. No entanto, ambas as concentrações de ABM promoveram redução significativa do conteúdo de colesterol hepático, sem impacto sobre a esteatose macro ou microvesicular. Em conclusão, o ABM não preveniu a obesidade nem a esteatose hepática, mas exerceu efeitos benéficos modestos sobre a homeostase glicêmica e o metabolismo hepático de colesterol. Estudos adicionais são necessários para elucidar os mecanismos de ação e o potencial terapêutico do ABM em modelos de obesidade estabelecida.</p> <p> </p> Edson Júnior Rossi da Silva, João Pedro Giannotti Alves, Heloisa de Matos Maillard, Marina Kimiko Kadowaki, Maria Lucia Bonfleur Copyright (c) 2025 Edson Júnior Rossi da Silva, João Pedro Giannotti Alves, Heloisa de Matos Maillard, Marina Kimiko Kadowaki, Maria Lucia Bonfleur https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15731 Thu, 17 Jul 2025 00:00:00 -0300 Construção de álbum seriado como ferramenta de incentivo à alimentação saudável para indivíduos analfabetos https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14986 <p>O termo “Nutrição Inclusiva” é empregado para definir uma prática profissional embasada na utilização de recursos para proporcionar inclusão, promoção da saúde e de alimentação saudável para populações vulneráveis, tais como pessoas com deficiência, privadas de liberdade e analfabetas. O objetivo deste estudo foi desenvolver um álbum seriado com orientações sobre alimentação saudável, a ser utilizado como instrumento pedagógico por nutricionistas que atuam na Atenção Primária à Saúde, em ações educativas individuais ou coletivas voltadas à população analfabeta. Trata-se de um estudo de caráter metodológico do tipo desenvolvimento. No presente estudo foram realizadas as etapas de elaboração e desenvolvimento do material, não sendo contemplada a etapa de validação. O álbum seriado “Orientações Nutricionais para Indivíduos Analfabetos” compôs-se, em sua versão final, por 56 páginas abordando os temas: escolha dos alimentos (classificação quanto ao grau de processamento), modelos exemplificativos de refeições, tamanho das porções e recomendação hídrica. O instrumento foi desenvolvido visando subsidiar ações educativas, tanto individuais quanto coletivas, voltadas à população analfabeta. Seu uso busca promover a autonomia nas escolhas alimentares e favorecer a adesão às orientações nutricionais, contribuindo diretamente para a promoção da saúde, bem como para a prevenção e o controle das Doenças Crônicas não Transmissíveis DCNT.</p> Francisca Nathalia Costa de Almeida, Alane Nogeuira Bezerra Copyright (c) 2025 Francisca Nathalia Costa de Almeida, Alane Nogeuira Bezerra https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14986 Thu, 12 Jun 2025 00:00:00 -0300 Insatisfação com a imagem corporal entre estudantes em situação de alta vulnerabilidade social e à saúde https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14842 <p>A insatisfação com a imagem corporal tem sido apontada como fator de risco relevante para o desenvolvimento de transtornos alimentares, sofrimento psicológico e baixa autoestima, sobretudo em populações jovens expostas a contextos de vulnerabilidade social. Este estudo transversal avaliou a insatisfação com a imagem corporal e seus fatores associados em estudantes de 6 a 15 anos de escolas públicas de uma capital brasileira em áreas de alta vulnerabilidade à saúde. A amostra consistiu em 291 estudantes, selecionados aleatoriamente com base em cálculo amostral proporcional. Os dados foram obtidos por entrevistas individuais, utilizando questionário estruturado e escala de silhuetas corporais. Foram coletadas informações socioeconômicas, antropométricas (peso e estatura) e relacionadas à autoimagem. A insatisfação corporal foi categorizada como “por magreza” ou “por excesso de peso”. Utilizou-se regressão logística multinomial para análise dos fatores associados, com nível de significância de 5%. Entre 291 estudantes (idade média: 10,9 ± 2,5 anos), 62,9% apresentaram insatisfação corporal, sendo 36,8% insatisfeitos pelo excesso de peso e 26,1% pela magreza. O sexo masculino e a magreza (IMC) aumentaram o risco de insatisfação por magreza (OR: 1,81 e 2,27, respectivamente). Estudantes com sobrepeso/obesidade tiveram maior risco de insatisfação por excesso de peso (OR: 3,57). Não houve diferença na insatisfação entre crianças e adolescentes (p&gt;0,05). Os achados reforçam a importância de estratégias de intervenção no ambiente escolar que considerem as dimensões de gênero e estado nutricional, promovam uma imagem corporal positiva e contribuam para o bem-estar emocional de crianças e adolescentes em contextos sociais vulneráveis.</p> Lorena Pimentel, Taciana Maia de Sousa, Isabel Cristina Bento, Luana Caroline dos Santos, Simone Cardoso Lisboa Pereira Copyright (c) 2025 Lorena Pimentel, Taciana Maia de Sousa, Isabel Cristina Bento, Luana Caroline dos Santos, Simone Cardoso Lisboa Pereira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14842 Mon, 16 Jun 2025 00:00:00 -0300 Aditivos em alimentos industrializados presentes nos lanches de escolares do Ensino Fundamental https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15503 <p>O objetivo do estudo foi analisar os aditivos alimentares presentes em lanches industrializados consumidos por alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental em escolas privadas no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul (RS). Participaram da pesquisa sete escolas privadas de uma cidade do RS, onde foram realizadas as coletas de dados. Foram contabilizados 139 alimentos que continham embalagem com rótulo e analisados conforme a lista de ingredientes. Os aditivos encontrados em maior frequência foram os aromatizantes (59%), seguido do ácido cítrico (44,6%) e da lecitina de soja (38,1%). Observou-se que 36% dos lanches continham de quatro a seis aditivos e 11% mais que 10. De acordo com a classificação da necessidade tecnológica, os aditivos mais encontrados nos lanches foram para tecnologia de fabricação (46,9%), seguidos dos aditivos para característica sensorial (34,7%) e os aditivos para conservação (18,5%). As funções com maior frequência foram os emulsificantes (12,9%) e estabilizantes (8,7%) utilizados para tecnologia de fabricação, e os acidulantes (7,4%) e conservador (5,3%) empregados na conservação dos alimentos. Os lanches consumidos por crianças do ensino fundamental apresentaram excessivo número de alimentos ultraprocessados, que na sua composição, possuíam diversos aditivos químicos, os quais podem causar várias reações adversas e complicações de saúde. Nota-se a importância da redução no consumo desses alimentos e maior incentivo do consumo de alimentos minimamente processados ou <em>in natura</em>, pois estes últimos são considerados saudáveis e positivos para o crescimento e desenvolvimento das crianças.</p> Lara Milani Barcellos, Natália Colvero Nogueira, Ana Paula Gularte Barbosa, Anelise Pigatto Bissacotti, Cátia Regina Storck, Franceliane Jobim Benedetti Copyright (c) 2025 Lara Milani Barcellos, Natália Colvero Nogueira, Ana Paula Gularte Barbosa, Anelise Pigatto Bissacotti, Cátia Regina Storck, Franceliane Jobim Benedetti https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15503 Thu, 12 Jun 2025 00:00:00 -0300 Características antropométricas e fisiológicas de ultramaratonistas amadores https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15298 <p>O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil antropométrico e fisiológico de atletas ultramaratonistas amadores. A amostra foi composta por 13 atletas amadores de 21 a 60 anos do sexo masculino. Foram realizadas avaliação antropométrica, bioquímica e ventilatória. Com relação à avaliação antropométrica, o Índice de Massa Corporal (IMC) médio da amostra foi classificado como sobrepeso, já o percentual de gordura corporal (%GC) da amostra foi considerado acima da faixa recomendada. A amostra apresentou, em repouso, valores médios de Frequência Cardíaca (FC), Pressão Arterial Sistólica (PAS), Pressão Arterial Diastólica (PAD) e Consumo de oxigênio (VO₂) dentro dos limites de normalidade. As análises bioquímicas resultaram em lactato, glicose, cortisol e creatinina dentro dos parâmetros recomendados. Neste estudo as características antropométricas e fisiológicas dos ultramaratonistas amadores correspondem ao perfil obtido em outros estudos com amostras semelhantes.</p> Guilherme Lisboa de Serpa, André Luís Lima Correia, Robson Salviano de Matos , Mirella da Silva Vasconcelos , Ana Karla Felipe da Silva , Ana Karênina Sá Fernandes , Adriano César Carneiro Loureiro Copyright (c) 2025 Guilherme Lisboa de Serpa, André Luís Lima Correia, Robson Salviano de Matos , Mirella da Silva Vasconcelos , Ana Karla Felipe da Silva , Ana Karênina Sá Fernandes , Adriano César Carneiro Loureiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15298 Thu, 12 Jun 2025 00:00:00 -0300 Caracterização do estado nutricional de indivíduos renais crônicos em tratamento hemodialítico https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14985 <p>A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal a nível glomerular, tubular e endócrino. Estima-se que em 2022, 153.831 indivíduos encontravam-se em diálise. Desses, 95,3% estavam em tratamento por hemodiálise (HD). Tanto a doença quanto o tratamento podem causar alterações orgânicas que acometem o estado nutricional, tendo como consequência a desnutrição energético-proteica, condição que impacta diretamente esses pacientes. Em contrapartida, observa-se o crescente índice de sobrepeso e obesidade nessa população. Estudos têm demostrado que o excesso de peso pode atuar como fator de proteção em indivíduos dialíticos, impactando na sobrevida desses pacientes. Assim, este estudo tem como objetivo caracterizar o estado nutricional de indivíduos renais crônicos em tratamento hemodialítico. Trata-se de um estudo transversal e descritivo, a partir de dados coletados entre agosto e setembro de 2024, por meio de parâmetros antropométricos e bioquímicos. A maioria dos pacientes eram do gênero masculino (63,2%) e adultos (60%), com prevalência de sobrepeso e obesidade identificada pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Entretanto, os parâmetros de Dobra Cutânea Tricipital (DCT) e Circunferência Muscular do Braço (CMB) apontaram maior percentual de desnutrição e eutrofia, respectivamente. Em complemento, 51% dos pacientes apresentaram hipoalbuminemia, o que está associado a piores prognósticos clínicos. Outros estudos evidenciaram resultados semelhantes para a avaliação antropométrica, corroborando os resultados encontrados. Assim, evidencia-se a necessidade da caracterização do perfil nutricional desses indivíduos, por meio de diversos parâmetros; permitindo melhor acurácia no diagnóstico nutricional, e consequentemente, possibilitando intervenções nutricionais mais adequadas à essa população.</p> Camila Juliane Guzzi Pascon, Gabriela Perussi Carizani Rossi , Carolina Moraes da Costa Munno, Melaine Priscila Fidélix Copyright (c) 2025 Camila Juliane Guzzi Pascon, Gabriela Perussi Carizani Rossi , Carolina Moraes da Costa Munno, Melaine Priscila Fidélix https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14985 Wed, 25 Jun 2025 00:00:00 -0300 Perfil nutricional e consumo alimentar de pacientes diabéticos tipo II pré e pós pandemia: uma análise longitudinal https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14508 <p>O diabetes <em>mellitus</em> resulta da produção insuficiente de insulina ou da incapacidade de utilizá-la, levando a níveis elevados de glicose no sangue. O diabetes tipo 2, que corresponde a mais de 90% dos casos, está associado ao envelhecimento, sedentarismo e ao aumento da ingestão alimentar, causando complicações graves. Este estudo analisou as mudanças nos hábitos alimentares de pacientes diabéticos atendidos por Estratégias Saúde da Família de Governador Valadares, MG, entre 2019 e 2022, destacando a prevalência de sarcopenia no período pós-pandêmico. Foram acompanhados 18 pacientes com diabetes tipo 2, por meio de entrevistas e avaliações nutricionais. Os resultados demonstraram um aumento no percentual de excesso de peso e no sedentarismo, comuns entre os participantes. As mudanças alimentares durante a pandemia resultaram em maior consumo de lipídios e menor ingestão de cálcio e fibras. A presença de sarcopenia foi significativa, evidenciando o impacto negativo do isolamento social na saúde muscular e a necessidade de intervenções para melhorar a saúde cardiovascular. Esses resultados destacam a importância de estratégias focadas em educação nutricional, adoção de hábitos alimentares saudáveis e controle do excesso de peso, com o objetivo de minimizar os impactos na saúde dos pacientes e melhorar o controle do diabetes tipo 2 na atenção básica e em emergências de saúde.</p> Guilherme da Costa Teixeira, Waneska Alexandra Alves, Maria Anete Santana Valente, Simonton Andrade Silveira, Daví Barbosa Pereira de Sousa, Viviane Cristina Salgado Dias, Daniela Corrêa Ferreira Copyright (c) 2025 Guilherme da Costa Teixeira, Waneska Alexandra Alves, Maria Anete Santana Valente, Simonton Andrade Silveira, Daví Barbosa Pereira de Sousa, Viviane Cristina Salgado Dias, Daniela Corrêa Ferreira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14508 Tue, 14 Jan 2025 00:00:00 -0300 Consumo alimentar e (in)segurança alimentar de crianças matriculadas em duas creches santistas https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15263 <p>A segurança alimentar e nutricional é definida como sendo o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Objetivo: avaliar a (in)segurança alimentar e consumo alimentar em crianças matriculadas em duas creches Santistas, Trata-se de estudo de caso que avaliou famílias de crianças matriculadas em duas creches Santistas de diferentes localidades, sendo necessariamente uma pertencente à área de vulnerabilidade social e a outra não. A coleta se deu por meio de questionários aplicados com os pais/ responsáveis. A (In)Segurança Alimentar foi mensurada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e o consumo alimentar foi avaliado por meio dos marcadores de alimentação do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional. A avaliação da diferença entre as variáveis de estudo e o nível de insegurança foi por meio do teste Qui-Quadrado. Foi encontrado na região de vulnerabilidade 78,6% de domicílio com algum grau de insegurança alimentar, enquanto na outra região 62,2% das famílias estavam em segurança alimentar. Nas crianças acima de 24 meses foi possível identificar que o consumo dos alimentos marcadores de uma alimentação não saudável foi mais prevalente nas crianças em insegurança alimentar. A insegurança alimentar foi mais prevalente na região de vulnerabilidade e o consumo alimentar das crianças esteve diretamente ligado ao seu nível de (in) segurança alimentar. Portanto, o investimento em políticas e programas de combate à fome e à insegurança alimentar é fundamental.</p> Nathália Luane Quinto, Natália Brasil Antico Assis, José Anael Neves, Ana Laura Benevenuto de Amorim Copyright (c) 2025 Nathália Luane Quinto, Natália Brasil Antico Assis, José Anael Neves, Ana Laura Benevenuto de Amorim https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15263 Mon, 05 May 2025 00:00:00 -0300 Educação Alimentar e Nutricional na escola: um estudo sobre as significações de docentes da educação básica https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15050 <p>A educação alimentar e nutricional (EAN) é uma importante estratégia para a promoção da alimentação adequada, saudável e sustentável, e o ambiente escolar é um espaço propício para ações de EAN. O estudo objetivou identificar e discutir as significações atribuídas à EAN por docentes que atuavam na educação básica. Trata-se de estudo qualitativo realizado com docentes de escolas municipais no interior de Minas Gerais. Para a produção dos dados foram entrevistados seis docentes que atuavam no ensino fundamental – anos iniciais, utilizando-se um roteiro elaborado para esta finalidade com questões relacionadas à EAN e sobre a prática docente com este tema no ensino. No processo de análise dos dados foi utilizada a estratégia de núcleos temáticos, à luz da Psicologia Sócio-Histórica. Os resultados demonstraram, por meio dos núcleos temáticos, que a abordagem predominante da EAN, em grande parte, se restringia à dimensão biológica da alimentação, muitas vezes trabalhada de forma pontual e limitada à disciplina de ciências. Contudo, apesar da abordagem mais ampla do tema ainda representar um desafio, percebeu-se que existe um potencial de ressignificação da <em>práxi</em> da EAN pelos docentes no ambiente escolar. Este estudo reforça a necessidade de superar limitações existentes, especialmente no que se refere à formação de docentes da educação básica em educação alimentar e nutricional, a fim de aumentar a efetividade das ações para a inclusão ampliada da EAN no ensino.</p> Ana Carolina Souza Silva, Maria de Fátima Gomes Silva, Luciana Neri Nobre, Virgínia Campos Machado, Agnes Maria Gomes Murta, Nadja Maria Gomes Murta Copyright (c) 2025 Ana Carolina Souza Silva, Maria de Fátima Gomes Silva, Luciana Neri Nobre, Virgínia Campos Machado, Agnes Maria Gomes Murta, Nadja Maria Gomes Murta https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15050 Wed, 16 Apr 2025 00:00:00 -0300 Atenção Primária e o direito humano à alimentação no contexto de insegurança alimentar e nutricional: a entrada na agenda nacional https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14957 <p>Estudo transversal com objetivo de analisar informações sobre má nutrição e consumo alimentar disponíveis nos sistemas da Atenção Primária à Saúde (APS) para crianças e gestantes nos últimos 5 anos, relacionar com a insegurança alimentar (IA), realizar análise crítica sobre o papel da APS na oferta de ações e serviços direcionados a essa agenda e registrar o processo de incorporação da agenda como recomendação nacional. Em 2021, apenas 28% das crianças entre 2 e 4 anos, 28,9% das crianças entre 5 e 9 anos e 35,7% das gestantes realizaram no mínimo as 3 refeições principais no dia anterior. Em 2020 e 2021, foram registrados 39.355 e 18.823 casos classificados como problemas sociais relacionados à água/ alimentação. Entre as crianças maiores de 2 anos, não foram observadas diferenças significativas nas prevalências de má nutrição ao longo dos últimos 5 anos. Diante do contexto de fome e com vistas a apoiar as equipes da APS, foram apresentadas as primeiras orientações nacionais de apoio para organização da atenção às pessoas em situação de IA a partir da triagem das famílias vulneráveis a essa condição. São necessárias políticas públicas estruturantes para garantia efetiva do direito à saúde e à alimentação, e a APS é um espaço oportuno para identificar famílias em IA e realizar a coordenação do cuidado e a articulação de ações intersetoriais.</p> Gisele Ane Bortolini, Milena Serenini, Jessica Pedroso, Ana Maria Cavalcante de Lima, Paloma Abelin, Ana Poblacion Copyright (c) 2025 Gisele Ane Bortolini, Milena Serenini, Jessica Pedroso, Ana Maria Cavalcante de Lima, Paloma Abelin, Ana Poblacion https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14957 Thu, 03 Apr 2025 00:00:00 -0300 Consumo de alimentos ultraprocessados em crianças de 6 a 23 meses nas mesorregiões de Minas Gerais: análise dos dados do SISVAN (2015-2022) https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15064 <p>A alimentação tem um papel fundamental na saúde humana, especialmente na infância, sendo crucial para o crescimento e o desenvolvimento. No entanto, o alto consumo de alimentos ultraprocessados ​​(AUP) está associado a impactos negativos para a saúde. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência do consumo de AUP entre crianças de 6 a 23 meses acompanhados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) nas mesorregiões do estado de Minas Gerais, entre os anos de 2015 e 2022. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, realizado a partir da análise de dados do SISVAN. Os municípios foram agrupados em mesorregiões conforme proposto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O consumo de AUP foi mensurado por meio dos marcadores de consumo alimentar do dia anterior. Ao longo do período analisado, foram acompanhadas 468.175 crianças. Observou-se um aumento na cobertura do SISVAN, refletido tanto pelo crescimento do número de municípios analisados ​​quanto pelo aumento do número de crianças acompanhadas ao longo do período investigado. Verificou-se também uma redução na prevalência do consumo de AUP em todas as mesorregiões ao longo dos anos específicos. Os resultados obtidos indicam que as políticas públicas inovadoras geraram resultados positivos na saúde nutricional infantil, com a ampliação da cobertura do SISVAN e a redução do consumo de AUP.</p> Laudiceia Ferreira Frois, Leticia Maria Costa, Luana Pereira Rodrigues, Laura Victoria Miranda Silveira, Lílian Gonçalves Teixeira Copyright (c) 2025 Laudiceia Ferreira Frois, Leticia Maria Costa, Luana Pereira Rodrigues, Laura Victoria Miranda Silveira, Lílian Gonçalves Teixeira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15064 Sat, 22 Mar 2025 00:00:00 -0300 Tendência temporal da prevalência da desnutrição e do excesso peso na Atenção Primária no Brasil - 2012 a 2021 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14906 <p>O presente estudo teve como objetivo nalisar as tendências das prevalências de desnutrição, excesso de peso e obesidade em crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes acompanhados na Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil no período de 2012-2021. Trata-se de estudo de análise de série temporal realizado a partir de dados do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) no período de 2012 a 2021. Foi realizada regressão linear generalizada pelo método de Prais-Winsten. Observou-se aumento no número de indivíduos com acompanhamento do estado nutricional na APS, sendo em 2021, 33,2 milhões de acompanhamentos. O Brasil apresentou diminuição das prevalências de baixo peso, exceto para crianças menores de 5 anos e adolescentes, e aumento significativo nas taxas de excesso de peso e obesidade em crianças maiores de 5 anos, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Reforça-se a necessidade de políticas públicas que foquem nos determinantes sinérgicos de todas as formas de má nutrição.</p> Jessica Pedroso, Ariene Silva do Carmo, Milena Serenini, Paula dos Santos Leffa, Sara Araújo da silva, Ana Maria Spaniol, Rafaella da Costa Santin de Andrade, Gisele Ane Bortolini Copyright (c) 2025 Jessica Pedroso, Ariene Silva do Carmo, Milena Serenini, Paula dos Santos Leffa, Sara Araújo da silva, Ana Maria Spaniol, Rafaella da Costa Santin de Andrade, Gisele Ane Bortolini https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14906 Sat, 05 Apr 2025 00:00:00 -0300 Práticas de promoção à saúde por Equipes de Atenção Básica no Brasil- PMAQ-AB (2017-2018) https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14686 <p>Objetivou-se verificar a relação entre as ações de promoção da saúde na atenção básica, o oferecimento do serviço de Práticas Integrativas e Complementares (PICs), a utilização do Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde e os fatores sociodemográficos, bem como a cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil. Estudo transversal, de abordagem quantitativa, com dados de acesso aberto com 38.865 equipes de atenção primária que aderiram ao 3º ciclo da Avaliação Externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). As ações de promoção a saúde direcionadas ao apoio do autocuidado são as mais frequentes. Os municípios localizados na região Nordeste apresentaram as maiores proporções de oferta de ações de promoção à saúde e de utilização do Guia Alimentar para a População Brasileira em comparação com as demais regiões. Além disso, municípios com maior porte populacional e desenvolvimento municipal moderado também se destacaram na oferta dessas ações. Maiores coberturas populacionais de ESF e atenção básica foram observadas em municípios com 100% de cobertura. As ações de promoção à saúde na atenção básica estão conectadas aos contextos sociodemográficos e à implementação da Estratégia Saúde da Família. Deve-se enfatizar a importância da avaliação contínua do PMAQ-AB como uma ferramenta valiosa para promover uma saúde mais abrangente e equitativa para a população brasileira.</p> <p> </p> Isabel Cristina Bento, Milena Silva Costa Copyright (c) 2025 Isabel Cristina Bento, Milena Silva Costa https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14686 Fri, 28 Feb 2025 00:00:00 -0300 Esclerose Múltipla: associação do estado nutricional e qualidade de vida https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14552 <p>A esclerose múltipla (EM) é uma doença imunomediada e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central (SNC) e provoca incapacidades motoras, sensoriais e cerebrais. O objetivo do estudo foi analisar o estado nutricional e a qualidade de vida de pessoas que vivem com EM e observar se há associação entre esses fatores. Estudo transversal com abordagem quantitativa, com 110 pacientes em tratamento ambulatorial. Foi aplicado um questionário semiestruturado para avaliar características sociodemográficas, estilo de vida, condições clínicas, qualidade de vida (Escala de Determinação Funcional da Qualidade de Vida na Esclerose Múltipla, DEFU) e estado nutricional (índice de massa corporal, IMC; circunferência da cintura, CC; relação cintura-quadril, RCQ e % de gordura corpórea, %GC). A média de idade foi 37,17 (10,60) anos; tempo de doença, 6,28 (4,65) anos; predominância do sexo feminino (78,18%) e nível leve de incapacidade (EDSS = 1,92). A maior parte do grupo apresentou excesso de peso (IMC, 55,4%), elevada CC (51,8%) e % GC pela BIA (56,4%). A qualidade de vida foi significativamente inferior nos pacientes desnutridos (IMC, p = 0,009) e nos que apresentavam maior CC (p = 0,003), RCQ (p = 0,020) e %GC (BIA, p = 0,002; US, p = 0,011). A CC (p = 0,009), RCQ (p = 0,003) e % GC obtidos pela BIA (p = 0,013) e US (p = 0,004) aumentaram significativamente com o aumento do EDSS. Assim, torna-se fundamental, o rastreio dessas condições em diferentes centros de tratamento da EM, a fim de que orientações nutricionais sejam instituídas.</p> Mayara Pereira da Silva Morais, Beatriz Melo de Carvalho, Renan Souto Pereira, Larissa Lara de Sousa Avelino, José Artur Costa D’Almeida, Maria Luisa Pereira de Melo Copyright (c) 2025 Mayara Pereira da Silva Morais, Beatriz Melo de Carvalho, Renan Souto Pereira, Larissa Lara de Sousa Avelino, José Artur Costa D’Almeida, Maria Luisa Pereira de Melo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14552 Tue, 14 Jan 2025 00:00:00 -0300 Acompanhamento nutricional melhora práticas alimentares entre atletas https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14970 <p>Avaliar as práticas alimentares e os seus fatores associados entre atletas de diversas modalidades. A Escala de Práticas Alimentares foi aplicada entre atletas de diversas modalidades esportivas e de diversas regiões do Brasil. As análises de Mann-Whitnney, Teste T de Student e Modelos de Regressão Linear foram empregadas para avaliar as diferenças entre grupos e a associação de variáveis dependentes com as pontuações na EPA. Ao todo foram avaliados 114 atletas de 16 modalidades esportivas, sendo 52,6% do sexo feminino. A média de pontuação na Escala de Práticas Alimentares (EPA) pelos atletas foi de 45,96 pontos. Atletas do sexo feminino apresentaram maior pontuação final na escala em comparação aos do sexo masculino (47,28 vs 44,44; <em>d</em> de Cohen = 0,31; P&lt;0,05). A variável “ter acompanhamento nutricional” associou-se a EPA total (p&lt;0,001) e para a dimensão 1 e 2 (p&lt;0,001 e p&lt;0,05). Atletas que possuem acompanhamento nutricional apresentam um aumento médio de 5,9 pontos na pontuação final, 3,7 pontos na pontuação da dimensão 1 e 2,1 pontos na pontuação da dimensão em relação aos indivíduos que não apresentam acompanhamento nutricional. O acompanhamento com nutricionista está associado a melhores práticas alimentares entre atletas, principalmente na organização e planejamento doméstico.</p> Anderson da Silva Alves, Clara Amélia Nunes de Oliveira, Maycon George Oliveira Costa , Marcela Larissa Costa, Raquel Simões Mendes Netto Copyright (c) 2025 Anderson da Silva Alves, Clara Amélia Nunes de Oliveira, Maycon George Oliveira Costa , Marcela Larissa Costa, Raquel Simões Mendes Netto https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14970 Mon, 21 Apr 2025 00:00:00 -0300 Qualidade nutricional e valorização regional do cardápio vegetariano em um restaurante universitário do nordeste brasileiro https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15190 <p>O presente estudo avaliou a qualidade do cardápio vegetariano oferecido pelo Restaurante Universitário da Universidade Federal do Ceará (UFC), a partir do cardápio <em>online </em>disponibilizado no <em>site </em>da universidade, considerando sua adequação nutricional, diversidade alimentar e presença de alimentos regionais. A qualidade do cardápio foi verificada por meio da Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio (AQPC), da classificação alimentar do Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) e da identificação da presença de alimentos regionais, considerando os meses entre agosto e novembro de 2023. Para a sistematização dos dados coletados foi elaborado um banco de dados em planilha eletrônica (Microsoft Excel®) e, posteriormente, foram calculadas as frequências absolutas e relativas. Os resultados da AQPC indicaram alta oferta de frutas e folhosos, mas identificou frequente presença de alimentos ricos em enxofre (72,5%), um fator que pode impactar a aceitação das preparações. A análise pelo Guia Alimentar demonstrou predominância de alimentos <em>in natura</em> (78,5%), baixa oferta de ultraprocessados (10,8%) e ausência de frituras, fatores que favorecem a qualidade nutricional das refeições. Em relação à valorização regional, 44,4% das frutas ofertadas pertenciam à biodiversidade do Nordeste, porém hortaliças e tubérculos das regiões sul e sudeste predominaram. Conclui-se que, apesar dos aspectos positivos do cardápio, há oportunidades de aprimoramento, como a diversificação das fontes proteicas vegetais, a redução da oferta de alimentos ricos em enxofre e o fortalecimento do uso de ingredientes regionais na composição dos pratos.</p> Manuella Mauricio Silva Maciel, Samuel Elias Andrade Gomes, Indira Cely Costa da Silva, Alicia Sei, Adriana Camurça Pontes Siqueira, Diana Valesca Carvalho Copyright (c) 2025 Manuella Mauricio Silva Maciel, Samuel Elias Andrade Gomes, Indira Cely Costa da Silva, Alicia Sei, Adriana Camurça Pontes Siqueira, Diana Valesca Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15190 Fri, 02 May 2025 00:00:00 -0300 Correlação entre os atributos físico-químicos e caseinomacropeptídeo (CMP) do leite cru refrigerado proveniente de produtores rurais no Rio Grande do Sul https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14598 <p>O setor lácteo brasileiro desempenha um papel essencial na economia, sendo impulsionado por pequenos produtores que contribuem para o desenvolvimento regional. Entretanto, desafios relacionados à qualidade e à adulteração do leite reforçam a necessidade de medidas rigorosas de controle. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de 300 amostras de leite cru refrigerado provenientes de produtores do Rio Grande do Sul, entre 2021 e 2023, explorando a correlação entre o índice de caseinomacropeptídeo (CMP) e os parâmetros físico-químicos do leite. A análise de CMP foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC), enquanto as demais análises físico-químicas seguiram os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com amostras coletadas e analisadas <em>in loco</em>. Os resultados revelaram correlações significativas entre o CMP e atributos como acidez (-0,881), temperatura (0,754) e redutase (-0,668), sugerindo que a elevação do CMP está associada à ação proteolítica no leite. Os achados deste estudo destacam a importância de a indústria de laticínios manter um controle rigoroso dos parâmetros de qualidade em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a produção na propriedade rural até o processamento industrial, a fim de assegurar os padrões estabelecidos pela legislação brasileira e a qualidade dos produtos.</p> Jeferson Aloísio Ströher, Isaac dos Santos Nunes, Joseana Severo, Adriana Aparecida Hansel Michelotti Copyright (c) 2025 Jeferson Aloísio Ströher, Isaac dos Santos Nunes, Joseana Severo, Adrriana Aparecida Hansall Michelotti https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14598 Mon, 27 Jan 2025 00:00:00 -0300 Perfil sensorial de análogo de hambúrguer vegetal à base de coprodutos de babaçu e proteínas vegetais https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14748 <p>A crescente preocupação com o impacto ambiental e a busca por alternativas alimentares sustentáveis têm impulsionado o desenvolvimento de produtos <em>plant-based</em>. Este estudo objetivou elaborar hambúrgueres vegetais utilizando resíduos de coco babaçu e outros ingredientes regionais, explorando seu perfil sensorial e aceitação. Quatro formulações foram desenvolvidas com diferentes proporções de fibra de coco babaçu e óleo de coco. Os hambúrgueres foram avaliados por análises sensoriais, incluindo os métodos <em>Check-All-That-Apply</em> (CATA) e <em>Rate-All-That-Apply</em> (RATA), e submetidos a testes de aceitação e intenção de compra. Os resultados demonstraram que a coloração e o sabor foram significativamente influenciados pelas proporções de fibra e óleo de coco. A formulação com maior teor de óleo (15F25G) foi associada a atributos como "maciez" e "suculência", enquanto a formulação com maior teor de fibra (35F5G) apresentou características mais densas e fibrosas. O "aroma de coco" foi unanimemente identificado e bem aceito em todas as formulações. O "sabor picante" destacou-se em formulações intermediárias, como 20F20G e 30F10G, indicando o impacto positivo do equilíbrio entre fibra e óleo de coco nos atributos sensoriais. A análise de intenção de compra revelou maior preferência pelas formulações 35F5G e 15F25G, sugerindo que tanto a textura firme quanto a maciez podem atrair diferentes perfis de consumidores. Conclui-se que o aproveitamento de resíduos de coco babaçu em hambúrgueres vegetais não apenas promove inovação e sustentabilidade, mas também atende às expectativas sensoriais e de mercado, demonstrando seu potencial para fortalecer a economia circular e valorizar recursos regionais.</p> <p> </p> Vitor Soares do Amaral Santos, Paulo Henrique Machado de Sousa, Guilhermina Maria Vieira Cayres Nunes, Selene Daiha Benevides Copyright (c) 2025 Vitor Soares do Amaral Santos, Paulo Henrique Machado de Sousa, Guilhermina Maria Vieira Cayres Nunes, Selene Daiha Benevides https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14748 Mon, 27 Jan 2025 00:00:00 -0300 Análise centesimal e sensorial de gelado comestível à base de extrato hidrossolúvel de amêndoa de babaçu (Attalea speciosa), banana e amendoim isento em sacarose https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14976 <p>A intolerância à lactose, restrição do consumo de açúcares de adição e indivíduos adeptos ao vegetarianismo são vertentes que têm se expandido de maneira gradual, limitando as escolhas disponíveis. O objetivo desse estudo foi a elaboração de um gelado comestível à base de extrato hidrossolúvel de amêndoa de babaçu, banana e amendoim isento de sacarose bem como realizar a análise centesimal e sensorial dessa formulação. O produto elaborado foi submetido às análises centesimais para determinação das calorias, os carboidratos foram descritos segundo a Resolução RDC n°360/2003 e as proteínas, lipídios, umidade e cinzas pelas normas analíticas da <em>Official Association of Analytical Chemists</em> (AOAC). Foram conduzidos testes de aceitação sensorial utilizando escala hedônica de 9 pontos (“desgostei muitíssimo" a "gostei muitíssimo") e teste de intenção de compra por meio da escala hedônica de 5 pontos ("certamente não compraria" a "certamente compraria"). A análise centesimal do sorvete revelou os seguintes percentuais: umidade (71,87%); cinzas (0,08%); carboidratos (20,88%); proteínas (5,45%); lipídios (1,72%) e valor calórico de 120,80 Kcal/100g. Quanto à aceitabilidade sensorial, a formulação alcançou expressiva aceitabilidade em todos os atributos avaliados (cor, aparência, aroma, textura, cremosidade, sabor e aceitação geral). Além disso, 47,1% dos avaliadores demonstraram uma intenção positiva de compra. Assim, o gelado demonstrou ser uma boa alternativa, oferecendo benefícios não apenas para consumidores intolerantes à lactose e/ou alérgicos à caseína ou que buscam opções veganas, mas também para o público em geral interessado em escolhas mais saudáveis e sustentáveis.</p> Beatriz Costa Monteiro, Guilhermina Maria Vieira Cayres Nunes, Harvey Alexander Villa Velez, Maria da Gloria Almeida Bandeira , Paulo Henrique Machado de Sousa, Yuko Ono Copyright (c) 2025 Beatriz Costa Monteiro, Guilhermina Maria Vieira Cayres Nunes, Harvey Alexander Villa Velez, Maria da Gloria Almeida Bandeira , Paulo Henrique Machado de Sousa, Yuko Ono https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14976 Fri, 25 Apr 2025 00:00:00 -0300 O cumprimento da NBCAL no comércio do interior de Minas Gerais: desafios, conformidade e necessidade https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15400 <p>A amamentação é essencial para a saúde da mãe e do bebê, protegendo ambos contra diversas doenças. Entretanto, práticas agressivas de marketing de produtos que competem com o aleitamento têm contribuído para o desmame precoce. Assim, tornam-se fundamentais ações de proteção legal à amamentação, como a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL). Este estudo teve como objetivo avaliar o cumprimento da NBCAL entre 2022 e 2024 em municípios do interior de Minas Gerais. Estudo longitudinal, com coletas realizadas em 2022, 2023 e 2024, por meio do monitoramento de farmácias, supermercados e lojas de artigos infantis, com base nos critérios da NBCAL. As infrações foram registradas por formulário eletrônico da IBFAN e analisadas no software <em>Statistical Package for the Social Sciences</em> (SPSS 15.0). Foram avaliados 50 estabelecimentos em 2022, 32 em 2023 e 48 em 2024. Desses, 40,0%, 28,1% e 45,8% apresentaram infrações à NBCAL, respectivamente. A ausência de frase de advertência foi a infração mais frequente nos três anos investigados, alcançando 60,0% das infrações em 2022, 67,7% em 2023 e 72,7% em 2024. Quanto aos produtos, as fórmulas infantis para lactentes lideraram em 2022 (25,0%), as de seguimento para lactentes em 2023 (33,0%) e as de seguimento para crianças da primeira infância em 2024 (36,4%). Os dados mostram níveis preocupantes de descumprimento da NBCAL, ressaltando a necessidade de intensificar a fiscalização e a aplicação da legislação, especialmente em municípios do interior, para assegurar a proteção eficaz da amamentação.</p> <p>.</p> Leticia Silva Garcia , Laudiceia Ferreira Frois, Nathália Luíza Ferreira, Cleia Costa Barbosa, Lilian Gonçalves Teixeira Copyright (c) 2025 Leticia Silva Garcia , Laudiceia Ferreira Frois, Nathália Luíza Ferreira, Cleia Costa Barbosa, Lilian Gonçalves Teixeira https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15400 Thu, 12 Jun 2025 00:00:00 -0300 Pães sustentáveis com farinhas de pedúnculo e amêndoas de castanha e caju (Anacardium occidentale L): perfil sensorial e intenção de compra https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14822 <p>A fibra residual do pedúnculo do caju, gerada principalmente após a extração industrial do suco, é frequentemente descartada, apesar de ainda possuir considerável valor nutricional e potencial para aplicações sustentáveis em produto alimentícios diversos. Este estudo desenvolveu um pão sem glúten como alternativa sustentável para a alimentação humana, utilizando blends de farinhas compostas por fibra do pedúnculo de caju e farinha integral da castanha de caju. As misturas foram preparadas nas proporções de 50% (Blend I), 75% (Blend II) e 25% (Blend III) de farinha do pedúnculo. Os pães foram submetidos à avaliação sensorial por meio do método Check-All-That-Apply (CATA), a escala hedônica para aceitação para os atributos aparência, sabor e avaliação global; e a análise de intenção de compra, com 130 provadores não treinados. Os atributos “sabor agradável” e “cor caramelo” foram mais associados ao Blend III, com frequências de escolha de 0,984 e 0,992, respectivamente. Os resultados demonstraram boa aceitação sensorial global, especialmente para o Blend III, que também obteve a maior intenção de compra (59,4%). Conclui-se que o uso combinado das farinhas representa uma estratégia promissora para a redução de desperdícios, a valorização de subprodutos agrícolas e o estímulo à sustentabilidade no setor de alimentos.</p> Geórgia Maria Ramos da Silva Goiana, Diana Valesca Carvalho, Andréa Cardoso de Aquino, Paulo Henrique Machado de Sousa, Sandro Thomaz Gouveia Copyright (c) 2025 Geórgia Maria Ramos da Silva Goiana, Diana Valesca Carvalho, Andréa Cardoso de Aquino, Paulo Henrique Machado de Sousa, Sandro Thomaz Gouveia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14822 Tue, 15 Jul 2025 00:00:00 -0300 Perfil e satisfação de consumidores do cardápio vegetariano de um restaurante universitário público em Fortaleza, CE. https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15120 <p>O vegetarianismo tem ganhado relevância no contexto universitário, impulsionado por preocupações com a saúde, meio ambiente e bem-estar animal. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil, a frequência de consumo e a satisfação dos consumidores em relação ao cardápio vegetariano do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Ceará (UFC). A pesquisa foi realizada no primeiro semestre de 2024, com 118 participantes que consumiam a refeição vegetariana. Os dados foram coletados por meio de um questionário eletrônico contendo questões objetivas e subjetivas, e analisados com estatística descritiva no programa R (versão 4.4). Os resultados indicaram que a maioria dos consumidores do cardápio vegetariano do RU são discentes do gênero feminino. O principal fator para a escolha do RU foi o preço acessível, seguido pela praticidade. A frequência de consumo foi maior no almoço, com um número expressivo de clientes realizando cinco refeições semanais. A avaliação da satisfação do cardápio com relação ao porcionamento, a cor e a manutenção sugerem que esses aspectos atendem às expectativas do público. No entanto, a variedade e a apresentação foram os critérios com maiores índices de insatisfação. Os pratos à base de lentilha tiveram menor aceitação, enquanto vatapá vegano, empadão de legumes e escondidinho de soja foram os mais bem avaliados. Os achados indicam a necessidade de aprimoramento das preparações vegetarianas, por meio da diversificação do cardápio. Conclui-se que o RU desempenha um papel essencial na oferta de alimentação acessível e inclusiva, sendo fundamental implementar melhorias para ampliar a satisfação e adesão às refeições vegetarianas.</p> Manuella Mauricio Silva Maciel, Samuel Elias Andrade Gomes, Alicia Sei, Indira Cely Costa da Silva, Adriana Camurça Pontes Siqueira, Diana Valesca Carvalho Copyright (c) 2025 Manuella Mauricio Silva Maciel, Samuel Elias Andrade Gomes, Alicia Sei, Indira Cely Costa da Silva, Adriana Camurça Pontes Siqueira, Diana Valesca Carvalho https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15120 Sun, 30 Mar 2025 00:00:00 -0300 Caracterização de dark kitchens situadas em Fortaleza e verificação dos seus requisitos higiênicossanitários https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15030 <p>O termo "<em>dark kitchen"</em> se refere a espaços dedicados à produção de refeições, sem um local físico para consumo, dependendo de aplicativos de <em>delivery</em> para alcançar os clientes. Esse modelo ganhou popularidade durante a pandemia do Covid-19 como alternativa aos restaurantes tradicionais. Este estudo teve como objetivo caracterizar as <em>dark kitchens</em> de Fortaleza, classificando-as por segmento alimentar e analisando sua conformidade com os requisitos higiênicossanitários da legislação vigente. Foi realizada uma pesquisa qualitativa nas redes sociais e em aplicativos de delivery, além de uma avaliação das condições sanitárias conforme a Portaria Municipal nº 31/2005. Foram identificadas 34 <em>dark kitchens</em>, sendo 97% delas próprias e 3% coworking de cozinhas. A maioria (50%) delas se dedica à produção de massas, seguidas por hambúrgueres e sanduíches (14,7%), bolos e doces (11,8%), comida japonesa (8,8%) e outros (5,9%). Apenas uma atua com diferentes marcas e tipos de alimentos, sendo pioneira na cidade. A avaliação dos requisitos sanitários de quatro estabelecimentos revelou que 75% estavam dentro dos padrões exigidos, enquanto 25% apresentaram baixo nível de conformidade. O estudo conclui que as <em>dark kitchens</em> representam uma tendência crescente, beneficiando tanto empreendedores quanto clientes. No entanto, destaca-se a necessidade de melhorias nos aspectos higiênicossanitários para garantir a segurança dos alimentos e a saúde dos consumidores.</p> <p> </p> Myrela Torres Bezerra, Bárbara Alves Chagas, Milena Lidiani Bomfim de Melo Oberg, Ana Paula Colares de Andrade Copyright (c) 2025 Myrela Torres Bezerra, Bárbara Alves Chagas, Milena Lidiani Bomfim de Melo Oberg, Ana Paula Colares de Andrade https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15030 Wed, 02 Apr 2025 00:00:00 -0300 Conformidade contratual em serviços terceirizados de alimentação hospitalar: análise do cumprimento das disposições do termo de referência https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14701 <p>Unidades de Alimentação e Nutrição hospitalares são complexas, uma vez que são compostas por diversas atividades interdependentes, o que torna o processo de terceirização vantajoso do ponto de vista organizacional. O controle rigoroso durante a execução do contrato é crucial para garantir que os padrões de qualidade sejam mantidos, além de possibilitar a identificação contínua de áreas de melhoria. A pesquisa objetivou avaliar o cumprimento das obrigações descritas no Termo de Referência pela empresa terceirizada responsável pelo serviço de produção de refeições em um hospital universitário. Trata-se de estudo quantitativo e descritivo, realizado entre novembro e dezembro de 2024. Os dados foram analisados através de planilha no programa Microsoft Excel®, por meio de estatística descritiva. A partir da análise do termo de referência, foram identificados 270 critérios, dispostos em 09 categorias: normas gerais; licença sanitária; aquisição de insumos, recebimento, armazenamento e controle de estoque; adequação de cardápios; preparo e distribuição das refeições; controle de qualidade; e recursos humanos, os quais obtiveram conformidade superior a 85%. As inadequações foram observadas nas categorias equipamentos, utensílios, materiais e instalações físicas e boas práticas ambientais. Apesar do elevado percentual de conformidade geral (84,1%), os itens insatisfatórios são considerados críticos, representando risco à segurança dos alimentos e saúde dos comensais. O estudo conclui que estabelecer os procedimentos necessários de forma clara nos processos licitatórios não é suficiente para a exequibilidade dessas normas, o que demonstra a importância desta análise e de novos estudos que contribuam para a implantação de melhorias nesses processos.</p> Yrla Carla Barbosa Silva, Mayara Camila de Lima Canuto, Mateus de Lima Macena Copyright (c) 2025 Yrla Carla Barbosa Silva, Mayara Camila de Lima Canuto, Mateus de Lima Macena https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14701 Wed, 02 Apr 2025 00:00:00 -0300 Avaliação de procedimentos de boas práticas em Serviços de Nutrição e Dietética hospitalares https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14495 <p>O Serviço de Nutrição e Dietética (SND) hospitalar deve estar atento à produção de refeições seguras, visto que são destinadas a pacientes com imunidade baixa, mais propensos a desenvolver doenças de origem alimentar. Este estudo teve por objetivo avaliar as boas práticas em dois SND hospitalares, no que se refere à preparação e armazenamento do alimento, higienização de hortifrutícolas e coleta de amostras de alimentos preparados e servidos aos pacientes e funcionários destes locais. Estudo observacional de corte transversal, realizado em cinco dias consecutivos do mês de setembro de 2024, na etapa inicial do estágio curricular obrigatório de Alimentação Institucional do curso de nutrição de uma universidade do Rio Grande do Sul, que envolve a observação do funcionamento do local, realizado por duas estagiárias em dois SND hospitalares de pequeno porte, denominados SND 1 e SND 2 para o presente estudo, localizados na Serra Gaúcha/Rio Grande do Sul. Para a coleta dos dados foram avaliados os seguintes critérios: produtos pré-preparados e preparados, higienização dos hortifrutícolas e coleta de amostras de alimentos preparados constantes na Portaria nº 799, de 06 de setembro de 2023 da Secretaria da Saúde do Estado Rio Grande do Sul. Os resultados mostraram que o SND 1 obteve 90,00% de conformidade em relação aos critérios avaliados. Já o SND 2 um índice de 70,00% de conformidade. Conclui-se que ambos os SNDs demonstraram boas condições higiênico-sanitárias, pois atenderam a maioria dos critérios de inspeção avaliados, sendo que o SND 1 apresentou maior conformidade de adequação à legislação em relação ao SND 2. Este estudo demonstra a importância da aplicação do <em>checklist</em> nos serviços de alimentação, como forma de inspecionar inadequações, as quais devem ser corrigidas para que não comprometam as boas práticas de manipulação de alimentos nesses serviços e possibilitem a oferta de uma alimentação segura aos pacientes e funcionários dos locais.</p> Helen Cristina Girardi Consoli, Ivandra Pizzatto Moro, Patrícia Fassina Cé Copyright (c) 2025 Helen Cristina Girardi Consoli, Ivandra Pizzatto Moro, Patrícia Fassina Cé https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14495 Tue, 14 Jan 2025 00:00:00 -0300 Pacientes sépticos e modulação da microbiota intestinal: uma revisão de escopo https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16219 <p>A sepse é uma condição grave caracterizada por disfunção orgânica decorrente de resposta desregulada do hospedeiro à infecção, associada a elevada mortalidade e custos significativos em saúde, especialmente em países de baixa e média renda. Alterações metabólicas e inflamatórias frequentemente comprometem a função intestinal, favorecendo disbiose e complicações infecciosas, o que torna a nutrição enteral precoce uma estratégia essencial para preservação da barreira intestinal, modulação imunometabólica e suporte clínico. Esse estudo tem como objetivo mapear as evidências sobre a modulação da microbiota intestinal por intervenções dietéticas enterais em pacientes sépticos. Foi conduzida uma revisão de escopo de natureza descritiva, seguindo as recomendações do Joanna Briggs Institute e do PRISMA-ScR. A busca em bases internacionais identificou 235 publicações, das quais seis atenderam aos critérios de elegibilidade, incluindo cinco ensaios clínicos e um estudo observacional, conduzidos entre 2021 e 2025. Os achados indicam que pacientes sépticos críticos apresentam microbiota intestinal de baixa diversidade, com predomínio de patógenos oportunistas. A nutrição enteral mostrou potencial em preservar a integridade intestinal e melhorar parâmetros imunológicos, enquanto fibras, prebióticos, probióticos e simbióticos apresentaram resultados promissores, porém heterogêneos e limitados. A principal limitação observada nos estudos foi o reduzido tamanho amostral, o curto período de acompanhamento e a ausência de padronização metodológica. Conclui-se que a nutrição enteral precoce exerce papel central no manejo do paciente séptico, mas a efetividade das intervenções voltadas à modulação da microbiota ainda carece de evidências robustas, sendo necessárias pesquisas multicêntricas e de maior escala para orientar recomendações clínicas mais consistentes.</p> Yuri Carvalho dos Santos, Nayeli Silva Lima Matias, André Nilson Nogueira Freitas, Renata Carmo de Assis Copyright (c) 2025 Yuri Carvalho dos Santos, Nayeli Silva Lima Matias, André Nilson Nogueira Freitas, Renata Carmo de Assis https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16219 Sun, 26 Oct 2025 00:00:00 -0300 Influência do estado nutricional e da composição corporal na predição de desfechos no tratamento quimioterápico em pacientes com câncer gástrico: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15952 <p>Este estudo tem como objetivo investigar a influência do estado nutricional e da composição corporal na predição de desfechos clínicos em pacientes com câncer gástrico submetidos ao tratamento quimioterápico, por meio de uma revisão integrativa da literatura. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, Medline e LILACS. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos dez anos, disponíveis nos idiomas português, inglês ou espanhol. Sendo excluídos relatos de casos, resumos de eventos, resenhas de opinião e artigos sem texto completo disponível. Nove estudos foram incluídos, abrangendo populações de diferentes países, que avaliaram parâmetros nutricionais e de composição corporal utilizando ferramentas como o Índice Prognóstico Nutricional (PNI), Índice de Risco Nutricional (NRI) e Tomografia Computadorizada (TC). Os resultados demonstraram que baixos índices nutricionais e alterações na composição corporal como redução na massa muscular, sarcopenia e obesidade sarcopênica estão associados a maior toxicidade e pior sobrevida global. Conclui-se que o estado nutricional e a composição corporal podem influenciar e serem importantes preditores nos desfechos clínicos em pacientes com câncer gástrico submetidos à quimioterapia. A avaliação destes fatores é fundamental para um melhor plano de cuidado desses pacientes.</p> Iago Matheus Alves de Holanda, Tamara Soares de Oliveira Araripe, Ingryd Fernandes de Macedo Soares Copyright (c) 2025 Iago Matheus Alves de Holanda, Tamara Soares de Oliveira Araripe, Ingryd Fernandes de Macedo Soares https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15952 Fri, 17 Oct 2025 00:00:00 -0300 Análise das condições de trabalho de funcionários em Unidades de Alimentação e Nutrição: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15776 <p>O trabalho é parte intrínseca da história humana e sofreu transformações ao longo dos séculos para alcançar os interesses empresariais de gerar lucros e acumular riquezas. Nas Unidades de Alimentação e Nutrição, ele visa a oferta de refeições seguras, saudáveis e atrativas. Para isso, faz-se necessário um quadro diversificado de funcionários, que trabalhe satisfeito para resultar no sucesso do serviço. O objetivo do estudo foi avaliar o cotidiano dos funcionários que atuam em Unidades de Alimentação e Nutrição no que diz respeito ao prazer e sofrimento relacionado à execução do trabalho. Trata-se de uma revisão de literatura integrativa dos últimos vinte anos nas bases de dados dos Periódicos Capes, Biblioteca Virtual em Saúde e Scientific Electronic Library Online. Utilizou-se uma combinação em inglês dos descritores “Food Service”, “Job Satisfaction", "Nutritionists", “Nutrition”, “Pleasure” e “Suffering” usando os boleadores AND e OR, que resultaram na escolha de sete estudos para compor esta revisão. Em grande parte deles, os colaboradores relataram descontentamento com as condições ambientais, relacionamentos com os gestores e desgaste físico e mental, enquanto que, os nutricionistas declararam a intenção de mudar de área de atuação devido às longas jornadas, desvios de função e desvalorização profissional. Logo, fazem-se necessárias mais pesquisas com esse público sobre esse tema. </p> Evilene Teixeira, Marcia Andreia Barros Moura Fé, Denise Regina de Oliveira Brasil Sousa, Gladson Fernandes Vieira Junior, Mirela Rodrigues de Oliveira, Maria Letícia Castro Alves, Renata Carmo de Assis Copyright (c) 2025 Evilene Teixeira, Marcia Andreia Barros Moura Fé, Denise Regina de Oliveira Brasil Sousa, Gladson Fernandes Vieira Junior, Mirela Rodrigues de Oliveira, Maria Letícia Castro Alves, Renata Carmo de Assis https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15776 Tue, 30 Sep 2025 00:00:00 -0300 Políticas públicas e ações estratégicas para o alcance das metas globais da atividade física no ambiente urbano: mapeamento de evidências https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16180 <p>A Organização Mundial da Saúde recomendou o incremento da atividade física em 15% até 2030, visando o controle de agravos crônicos e definiu objetivos, políticas e ações estratégicas aplicáveis para o alcance. Analisou-se a literatura acerca de políticas, ações e estratégias para o aumento da atividade física em ambientes urbanos antes e após o plano de ação global da atividade física 2018-2030. Tratou-se de um mapeamento de evidências efetuado no PubMed, Scielo e Scopus que incluiu 13 artigos, classificados em seis eixos de políticas, ações, intervenções para o aumento da atividade física. Em todos os eixos, houve associação com aumento da atividade física, maior número de estudos concentrados no seguimento posterior ao plano global da atividade física, demonstrando maior interesse de pesquisadores pelo tema e importante passo dado rumo ao alcance das metas, pois caminhos serão apontados para a elaboração de políticas, ações e estratégias de promoção de saúde.</p> Cláudia Maria da Silva Vieira, Mariane Alves Silva, Olívia Souza Honório, Larissa Fortunato Araújo, Soraia Pinheiro Machado Copyright (c) 2025 Cláudia Maria da Silva Vieira, Mariane Alves Silva, Olívia Souza Honório, Larissa Fortunato Araújo, Soraia Pinheiro Machado https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16180 Mon, 22 Sep 2025 00:00:00 -0300 A importância de informações de qualidade e rotulagem nutricional assertiva na promoção de qualidade de vida para indivíduos com restrições alimentares: revisão sistemática https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15468 <p>As restrições alimentares têm impacto significativo na saúde física, mental e na qualidade de vida dos indivíduos, podendo causar desde desconfortos gastrointestinais até reações graves. A falta de diagnóstico preciso, de informações adequadas e de rotulagem nutricional assertiva contribuem para o aumento de problemas de saúde e impactos emocionais decorrentes dessas condições. O objetivo deste trabalho foi sintetizar evidências científicas sobre o impacto das restrições alimentares na qualidade de vida dos indivíduos e seus familiares, e demonstrar como a implementação de informações acessíveis e a rotulagem nutricional assertiva pode minimizar os desafios enfrentados por essas pessoas. Trata-se de uma revisão sistemática bibliográfica realizada com estudos publicados nos últimos cinco anos, utilizando os descritores: “intolerância alimentar”, “ansiedade”, “hipersensibilidade alimentar” e “promoção da saúde”. A exclusão rigorosa de alimentos alérgenos promove melhoras nas condições clínicas de indivíduos com alergias e outras condições, no entanto, tais restrições alimentares geram ansiedade, depressão e desafios emocionais tanto para os afetados quanto para suas famílias. A falta de informações claras sobre ingredientes e a displicência com a contaminação cruzada podem aumentar os riscos de reações adversas aos alimentos. Atualmente, no Brasil, há diretrizes e legislações que indicam boas práticas para produção de alimentos e embalagens direcionados a esse público, mas as que impõem obrigatoriedade ainda são insuficientes para à demanda. É fundamental uma abordagem multidisciplinar, com suporte psicológico e regulamentações que exijam rotulagem nutricional clara e capacitação dos manipuladores de alimentos, promovendo autonomia e segurança para os indivíduos afetados.</p> Alana Marcelino Ribeiro Freitas, Manoel Soares Soares Júnior, Márcio Caliari Copyright (c) 2025 Alana Marcelino Ribeiro Freitas, Manoel Soares Soares Júnior, Márcio Caliari https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15468 Sat, 26 Jul 2025 00:00:00 -0300 O impacto da gastronomia hospitalar na recuperação do paciente: uma revisão sistemática https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15736 <p>A qualidade da comida ofertada nos hospitais é fundamental para garantir a assistência aos pacientes, pois fornece os nutrientes necessários para o organismo e influencia diretamente na manutenção e recuperação da saúde. O objetivo deste estudo foi apresentar o impacto da gastronomia hospitalar na recuperação dos pacientes, identificando os avanços e os principais desafios enfrentados por hospitais na implementação da gastronomia. Para abarcar esse objetivo, foi realizada uma revisão sistemática, utilizando os estudos disponíveis nas bases de dados Periódicos CAPES, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), <em>Cientific Eletronic Library Online</em> (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Google Acadêmico a partir dos idiomas português e inglês, publicados entre os anos de 2015 a 2025. Os resultados mostraram que a aplicação de estratégias gastronômicas contribui de maneira positiva na aceitação das dietas, redução do desperdício e, consequentemente, na recuperação do paciente. Todavia, para implantar gastronomia hospitalar é necessário técnicas gastronômicas eficazes, presença de utensílios e equipamentos adequados, capacitação da equipe e prescrição de dieta que estejam alinhadas às necessidades nutricionais e os hábitos alimentares de cada paciente. Diante dos resultados, podemos concluir que a gastronomia hospitalar, quando bem executada, contribui de maneira positiva na aceitação das dietas e na recuperação do paciente hospitalizado.</p> Milena Pereira de Santana, Victor Hugo Cordeiro Rosa, Izabela Alves Gomes Copyright (c) 2025 Milena Pereira de Santana, Victor Hugo Cordeiro Rosa, Izabela Alves Gomes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15736 Fri, 08 Aug 2025 00:00:00 -0300 Influência do padrão alimentar ocidental e da obesidade na modulação da microbiota intestinal: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15826 <p>O ambiente obesogênico, marcado pelo padrão alimentar ocidental e, consequentemente, pelo excedente calórico provenientes de alimentos com baixa qualidade nutricional, está associado ao acúmulo de gordura e ao desenvolvimento da obesidade, repercutindo na oferta de nutrientes essenciais para a microbiota intestinal, resultando em alterações na composição microbiana e na exacerbação do processo inflamatório. O presente estudo teve como objetivo revisar a influência da dieta ocidental e da obesidade na modulação da microbiota intestinal em humanos. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, contemplando artigos publicados entre 2019 e 2023 nas bases National Center for Biotechnology Information (PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). O recorte temporal buscou reunir evidências atualizadas e alinhadas aos avanços recentes da área. A busca utilizou descritores indexados no Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e no Medical Subject Headings (MeSH), abrangendo termos relacionados à exposição (dieta ocidental; padrão alimentar ocidental; obesidade; obesidade visceral; excesso de peso; adiposidade; gordura saturada) e ao desfecho (microbiota intestinal; disbiose; microbiota humana; microbioma; modulação intestinal; barreira intestinal). Foram incluídos nove estudos em humanos, publicados integralmente em português, inglês ou espanhol. Os principais resultados mostraram um aumento nos gêneros <em>Escherichia coli,</em> <em>Bilophila, Blautia (</em>após dieta ocidental) e de <em>Blautia</em> e <em>Dorea</em> (nos indivíduos obesos). Concluiu-se que a dieta ocidental pode promover o aumento nas concentrações de bactérias e de metabólitos prejudiciais à integridade intestinal e que os indivíduos obesos tendem a apresentar uma menor diversidade microbiana. Diante disso, estratégias capazes de modular positivamente a microbiota intestinal podem atuar como coadjuvantes relevantes no tratamento dessa doença.</p> Ana Letícia Peixoto Barroso, Maria Rosimar Teixeira Matos Copyright (c) 2025 Ana Letícia Peixoto Barroso, Maria Rosimar Teixeira Matos https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15826 Fri, 29 Aug 2025 00:00:00 -0300 Consumo de alimentos ultraprocessados e ingestão de sódio em adolescentes: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15691 <p>Durante a adolescência os indivíduos exercem uma maior autonomia alimentar e são fortemente influenciados pelo ambiente no qual estão inseridos. Diante disso, os alimentos ultraprocessados (AUP) tornam-se mais presentes na rotina dos adolescentes, causando preocupação acerca de potenciais riscos à saúde e ao comprometimento da qualidade da dieta. Este estudo tem como objetivo identificar na literatura as evidências científicas mais atuais sobre a relação entre consumo de AUP e ingestão de sódio em adolescentes. Trata-se de uma revisão integrativa que partiu da seguinte pergunta norteadora: “Quais as evidências científicas sobre a relação entre consumo de AUP e ingestão de sódio em adolescentes?”. As buscas foram realizadas nas bases de dados Pubmed, Web of science e Lilacs. Em seguida, os estudos foram exportados para a plataforma Rayyan<em>, </em>onde ao aplicar os critérios de exclusão, foram selecionados o total de 5 estudos. Nossos achados indicaram que, à medida que a proporção de calorias provenientes de AUP na dieta aumenta, há uma elevação na ingestão total de sódio. Em adolescentes com mais de 30% das calorias diárias derivadas desses produtos, a quantidade de sódio consumida ultrapassou em até 190% o limite recomendado pela OMS. Ademais, em alguns estudos, o consumo de AUP foi associado ao aumento de risco cardiometabólico nessa faixa etária, o que se deve a composição nutricional desequilibrada desses alimentos. Portanto, concluímos que o consumo excessivo de AUP em adolescentes eleva a ingestão de sódio e o risco cardiometabólico, exigindo regulamentação através de políticas públicas ao acesso a esses produtos.</p> Eric Wenda Ribeiro Lourenço, Maria Dinara de Araújo Nogueira, Géssica de Souza Martins, Luis Felipe Nunes de Oliveira, Carla Soraya Costa Maia Copyright (c) 2025 Eric Wenda Ribeiro Lourenço, Maria Dinara de Araújo Nogueira, Géssica de Souza Martins, Luis Felipe Nunes de Oliveira, Carla Soraya Costa Maia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15691 Mon, 18 Aug 2025 00:00:00 -0300 Fatores que influenciam na composição do leite materno: revisão integrativa de literatura https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15824 <p>O leite humano é a nutrição ideal para bebês, contudo, a composição do leite materno pode ser influenciada por diversos fatores, como a alimentação e o estado nutricional da puérpera, o estágio da lactação e as características individuais de cada mulher. Objetivou-se analisar evidências científicas sobre fatores que interferem na composição do leite materno. Estudo de revisão integrativa guiado pelo referencial metodológico proposto por Ganong. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados da PUBMED e BVS e na literatura cinzenta, por meio do Google Acadêmico. Elaborou-se a estratégia de busca pelo uso dos descritores e palavras-chave: “Nutrizes”, “Gestantes”, “Nutrição Materna”, “Nutrição da Gestante”, “Hipertensão”, “Diabetes”, “tabagismo”, “Álcool”, “Obesidade”, “Desnutrição”, “Idade”, “Pobreza”, “Prematuridade” e “Leite Humano”; bem como seus equivalentes na língua inglesa e espanhola. Os termos foram agrupados através dos operadores booleanos. Incluiu-se artigos de abordagem quantitativa e qualitativa, publicados de 2013 a 2023, disponíveis na íntegra gratuitamente. Identificou-se 266 estudos nas bases de dados e 25 compuseram a amostra final. Os dados extraídos foram analisados, codificados e categorizados de acordo com a similaridade. Emergiram duas categorias de elementos que interferem na composição do leite materno: fatores maternos e fatores neonatais. Concluiu-se que os aspectos sociodemográficos, hábitos de vida, saúde global materna, prematuridade, peso ao nascer e tipo de parto estão relacionados à composição do leite materno. Alguns destes fatores são passíveis de mudança, os quais ficam condicionados às práticas de assistência integral à saúde da mulher, bem como no cuidado neonatal.</p> Leticia Gramazio Soares, Gabriela Gubert Fernando, Isadora Bussolaro Viana , Amanda de Paula Grad Kochhann, Marta Nichele, Bianca Machado Cruz Shibukawa , Jorge Marcelo Sauka Copyright (c) 2025 Leticia Gramazio Soares, Gabriela Gubert Fernando, Isadora Bussolaro Viana , Amanda de Paula Grad Kochhann, Marta Nichele, Bianca Machado Cruz Shibukawa , Jorge Marcelo Sauka https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15824 Sat, 23 Aug 2025 00:00:00 -0300 Eficácia da suplementação com probióticos no manejo da Doença Celíaca: revisão sistemática https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15936 <p>A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten, cujo tratamento eficaz atualmente é a adesão rigorosa à dieta isenta de glúten (DIG). Mesmo assim, parte dos pacientes mantém sintomas gastrointestinais e disbiose intestinal. A modulação da microbiota por meio da suplementação com probióticos surge como estratégia terapêutica adjuvante promissora. O objetivo deste estudo foi avaliar, por meio de revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, o impacto da suplementação probiótica na melhora dos sintomas gastrointestinais e na composição da microbiota intestinal em pacientes com doença celíaca. Foram incluídos estudos publicados nos últimos dez anos, em inglês e português, que utilizaram probióticos isolados e compararam com placebo. A busca foi realizada nas bases Scielo, Lilacs, PubMed, Cochrane e Medline, seguindo protocolo registrado no PROSPERO e diretrizes PRISMA. Os resultados indicam que cepas como <em>Lactobacillus rhamnosus</em>, <em>Bifidobacterium breve</em> e <em>Lactobacillus casei</em> estão associadas à redução da inflamação, restauração da microbiota intestinal e melhora dos sintomas gastrointestinais. Apesar da heterogeneidade metodológica, os achados sugerem que os probióticos podem ter papel complementar relevante no manejo clínico da doença celíaca.</p> Saraia Paulino da Silva Navarro, Yasmin Rodrigues de Camargo Sartori, Lucas Henrique Gomes Castro, Patricia Ucelli Simioni Copyright (c) 2025 Saraia Paulino da Silva Navarro, Yasmin Rodrigues de Camargo Sartori, Lucas Henrique Gomes Castro, Patricia Ucelli Simioni https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15936 Wed, 20 Aug 2025 00:00:00 -0300 Efeito da dieta e da suplementação com probióticos/prebióticos sobre os desfechos clínicos e qualidade de vida em pacientes com psoríase: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16095 <p>A psoríase é uma doença de pele inflamatória sistêmica causada por interações entre fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Os sintomas e as comorbidades associadas à doença repercutem negativamente no bem-estar físico, emocional e social dos indivíduos acometidos. O objetivo deste estudo, portanto, foi analisar o efeito da dieta e da suplementação com probióticos/prebióticos sobre os desfechos clínicos e qualidade de vida em pacientes com psoríase. A revisão integrativa foi efetuada mediante o levantamento de artigos no PubMed. A busca viabilizou, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a seleção de 14 estudos clínicos publicados entre 2020 e 2024. Os resultados revelaram os benefícios da dieta hipocalórica sobre a perda de peso corporal, a atividade da doença, o perfil lipídico, a inflamação, as comorbidades e a qualidade de vida. A dieta cetogênica, a dieta mediterrânea e a suplementação com probióticos e prebióticos apresentaram efeitos semelhantes. Os probióticos e prebióticos promoveram a saúde intestinal. Observou-se que dietas ricas em ômega 3 regularam o peso corporal e o perfil lipídico. As evidências indicam que estas estratégias nutricionais podem melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos indivíduos com psoríase, no entanto, mais estudos são essenciais para confirmar a eficácia dessas terapias nutricionais e para investigar combinações terapêuticas promissoras.</p> <p> </p> Gabriely Vieira da Silva, Rafaella Cristhine Pordeus Luna, Maria Paula de Paiva, Esther Bastos Palitot, Maria da Conceição Rodrigues Gonçalves, Kátia Rau de Almeida Callou Copyright (c) 2025 Gabriely Vieira da Silva, Rafaella Cristhine Pordeus Luna, Maria Paula de Paiva, Esther Bastos Palitot, Maria da Conceição Rodrigues Gonçalves, Kátia Rau de Almeida Callou https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/16095 Thu, 14 Aug 2025 00:00:00 -0300 Prevalência, determinantes e desfechos clínicos associados à desnutrição hospitalar no Brasil: revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15176 <p>A desnutrição hospitalar tem sido associada a piores desfechos clínicos, como aumento do tempo de internação, maiores complicações e mortalidade. No Brasil, a prevalência e os determinantes dessa condição ainda são pouco documentados. Diante disso, o objetivo deste artigo foi analisar a prevalência, os fatores associados e os desfechos clínicos da desnutrição hospitalar reportados em estudos brasileiros, por meio de uma revisão integrativa da literatura. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases de dados PubMed, <em>Web of Science</em>, SciELO, LILACS e <em>Google Scholar</em>, utilizando os descritores “desnutrição”, “estado nutricional”, “hospital”, “prevalência” e “fatores de risco”, utilizando operadores booleanos para combinação entre os termos. Foram incluídos estudos observacionais publicados entre 2019 e 2024, em inglês, espanhol e português, que avaliaram desnutrição hospitalar em pacientes adultos e idosos no Brasil. Foram selecionados 16 artigos, com um total de 8.238 participantes. A prevalência de desnutrição hospitalar variou entre 15,3% e 65,1%, dependendo do método diagnóstico e da região analisada. Entre os principais fatores associados destacam-se idade avançada, baixa aceitação alimentar, sintomas gastrointestinais e tempo prolongado de internação. A desnutrição foi associada a maior risco de complicações clínicas, transferência para UTI e mortalidade. Os resultados indicam que a desnutrição hospitalar é altamente prevalente no Brasil, e sua identificação precoce pode reduzir desfechos negativos. No entanto, a heterogeneidade de métodos para identificação da desnutrição entre os estudos reforça a necessidade de padronização dos critérios diagnósticos. Estratégias de rastreio e manejo nutricional devem ser incorporadas na rotina hospitalar para minimizar o impacto da desnutrição na assistência.</p> Juarez Bezerra Regis Neto, Maíra Fernanda Veiga de Sousa, João Carlos Amorim Júnior, Júlio César da Costa Machado, Ana Hélia de Lima Sardinha, Wellyson da Cunha Araújo Firmo Copyright (c) 2025 Juarez Bezerra Regis Neto, Maíra Fernanda Veiga de Sousa, João Carlos Amorim Júnior, Júlio César da Costa Machado, Ana Hélia de Lima Sardinha, Wellyson da Cunha Araújo Firmo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15176 Sat, 26 Apr 2025 00:00:00 -0300 Linhaça e saúde hormonal: revisão dos efeitos e potenciais terapêuticos https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15091 <p>O consumo de linhaça e de produtos derivados ricos em compostos bioativos pode trazer benefícios para a saúde hormonal. Esses efeitos incluem a regulação hormonal durante a menopausa e a proteção contra condições ou doenças associadas a desequilíbrios hormonais, como câncer de mama. Este estudo tem como objetivo descrever os potenciais benefícios da linhaça e seus componentes bioativos para a saúde hormonal. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura com análise qualitativa de nível de evidência, realizada em fevereiro de 2025, seguindo as diretrizes PRISMA-P e a classificação de evidências da <em>Agency for Healthcare and Research and Quality</em> (AHRQ). As estratégias de busca foram aplicadas ao <em>Google Schoolar</em>, Lilacs, SciELO, Elsevier, Web of Science e ao do banco de dados <em>Semantic Scholar</em>, por meio do mecanismo de busca acadêmico <em>Consensus.</em> Desse modo, 22 artigos foram incluídos nessa revisão. Os resultados sugerem que a linhaça pode promover o equilíbrio hormonal, melhorando os indicadores bioquímicos associados capazes de reduzir: o risco de câncer, os sintomas psicossomáticos, somáticos e vasomotores da menopausa e a resistência à insulina, contribuindo para a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida. Portanto, o consumo de linhaça e seus derivados pode trazer benefícios significativos para a saúde hormonal por meio da presença de seus compostos bioativos capazes de modular as concentrações de hormônios humanos associados ao desenvolvimento de doenças ou agravos de saúde.</p> Eudes Oliveira de Melo, Diana Valesca Carvalho, Ana Erbênia v Mendes, Adriana Camurça Pontes Siqueira, Francisca Elisangela Teixeira Lima Copyright (c) 2025 Eudes Oliveira de Melo, Diana Valesca Carvalho, Ana Erbênia v Mendes, Adriana Camurça Pontes Siqueira, Francisca Elisangela Teixeira Lima https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15091 Wed, 02 Apr 2025 00:00:00 -0300 Os benefícios da atuação do fisioterapeuta na atenção domiciliar ao idoso acamado: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14867 <p>Nas últimas décadas, a atenção voltada aos problemas de saúde relacionados ao envelhecimento tem aumentado significativamente, acompanhando o crescimento da expectativa de vida em nível global. A opção pela fisioterapia domiciliar é frequentemente motivada por fatores como incapacidade físico-funcional, restrição ao leito ou pela conveniência que esse tipo de atendimento oferece. Com isso, esse trabalho tem como objetivo descrever os benefícios da atuação da fisioterapia na atenção domiciliar ao idoso acamado, analisando a sua contribuição na manutenção da funcionalidade e na preservação da autonomia desses pacientes. Este estudo utilizou como método de pesquisa a revisão de literatura de natureza descritiva, no qual a busca dos artigos foi realizada nas bases de dados SciELO e PubMed. Foram incluídos artigos de língua portuguesa e inglesa que tivessem sido publicados entre 2019 e 2024. Foram excluídas pesquisas que não atendiam aos critérios de publicação recente, além de artigos duplicados e aqueles que não estavam alinhados com o escopo do estudo. Também foram descartados ensaios teóricos, editoriais, cartas, resenhas e resumos expandidos, priorizando trabalhos científicos que apresentassem evidências sólidas e relevantes para a investigação em questão. Inicialmente, 78 artigos foram localizados de acordo com os critérios estabelecidos e após aplicado os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 06 artigos para compor essa revisão. Os achados mostram que essa modalidade de atendimento não apenas melhora a funcionalidade e reduz a necessidade de hospitalizações, mas também proporciona um cuidado mais humanizado e próximo das necessidades individuais dos pacientes.</p> Cleide Nascimento dos Santos, Vyna Maria Cruz Leite Copyright (c) 2025 Cleide Nascimento dos Santos, Vyna Maria Cruz Leite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14867 Sun, 23 Mar 2025 00:00:00 -0300 Comportamento alimentar de pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 no Brasil: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15000 <p>As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), incluindo o diabetes mellitus tipo 2 (DM2), têm como um dos pilares do tratamento a alimentação saudável. Entretanto, para uma dieta equilibrada, várias condições individuais e culturais do paciente determinam as suas escolhas. O comportamento alimentar, que pode ser compreendido como a relação do indivíduo com os alimentos, torna-se fundamental na abordagem do DM2. O presente estudo tem o objetivo de identificar na literatura os aspectos relacionados ao comportamento alimentar de pacientes com DM2 no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa que partiu da seguinte pergunta norteadora: “O que há na literatura sobre os aspectos relacionados ao comportamento alimentar de pacientes com DM2 no Brasil?”. O levantamento de dados foi realizado através das bases Scielo, Lilacs via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMed (MEDLINE) e Oasisbr. Após a leitura dos títulos e resumos, os que prosseguiram nas análises foram lidos na íntegra e aplicados os critérios de exclusão, sendo selecionados o total de 5 artigos e 1 tese de doutorado. Nossos achados encontraram que, apesar da diversidade geográfica e temporal, há um consenso na literatura sobre o impacto das restrições alimentares na vida cotidiana, na saúde emocional e na adesão ao tratamento dos pacientes com DM2. Além disso, reforça-se a necessidade de estratégias integradas no manejo do comportamento alimentar em DM2, considerando não apenas orientações nutricionais, mas também aspectos culturais, socioemocionais e econômicos desses indivíduos.</p> <p> </p> Maria Dinara de Araújo Nogueria, Bárbara Andressa da Silva Matos, Xênia Maia Xenofonte Martins, Ribanna Aparecida Marques Braga Copyright (c) 2025 Maria Dinara de Araújo Nogueria, Bárbara Andressa da Silva Matos, Xênia Maia Xenofonte Martins, Ribanna Aparecida Marques Braga https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15000 Tue, 01 Apr 2025 00:00:00 -0300 Alimento como possível transmissor de SARS-CoV-2: uma revisão integrativa https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14428 <p>A pandemia de COVID-19 coloca em evidência a importância da cadeia de alimentos e em especial, a questão da sua segurança sanitária. Com base no conhecimento disponível até o momento, o SARS-CoV-2 estará entre o grupo de vírus respiratórios circulantes por um tempo considerável. Assim, o objetivo deste estudo foi levantar evidências científicas acerca do potencial dos alimentos transmitirem o SARS-CoV-2, por meio de uma revisão integrativa de publicações de 2020 a 2022. Realizou-se a busca de artigos na integra que retratassem a temática do estudo, triada por descritores em português e inglês, no período de 2020 a 2022, em duas bases de dados reconhecidas; a avaliação crítica na análise de qualidade dos métodos; e a síntese das evidências disponíveis, delineadas pela pergunta norteadora “É possível a transmissão do SARS-CoV-2, pela via oral/digestiva?” Apurou-se seis evidências cientificas, com base em dados epidemiológicos, microbiológicos e de ensaio biológico que reforçam a possibilidade dessa via de transmissão do SARS-CoV-2 e foram propostas cinco etapas de controle com suas medidas preventivas para redução do risco potencial de COVID-19 pela via oral/digestiva. Assim, os resultados de estudos independentes sobre o assunto em tese contribuíram, pois, para uma possível repercussão na qualidade da prática, concernente ao aspecto sanitário dos alimentos. Sinalizam, também, a necessidade de novas investigações mais aprofundadas, para determinar os mecanismos dessa via de transmissão do SARS-CoV-2, bem como a possível confirmação, deste vírus, como patógeno associado às Doenças de Transmissão Alimentar (DTA).</p> Simone Cardoso Lisboa Pereira, Bruna Vieira de Lima Costa, Isabel Cristina Bento, Eveline Monteiro Cordeiro de Azeredo Copyright (c) 2025 Simone Cardoso Lisboa Pereira, Bruna Vieira de Lima Costa, Isabel Cristina Bento, Eveline Monteiro Cordeiro de Azeredo https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/14428 Tue, 14 Jan 2025 00:00:00 -0300 O papel dos índices HSI e TyG na triagem precoce de esteatose hepática e resistência à insulina na prática do nutricionista clínico https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15882 Marcia Fernandes Nishiyama Copyright (c) 2025 Marcia Fernandes Nishiyama https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15882 Thu, 10 Jul 2025 00:00:00 -0300 Evolução humana e o impacto do estilo de vida moderno na saúde https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15020 <p>O texto trata de um assunto - "Ponto de Vista" desenvolvido pelo autor. Conclui que é essencial determinar o nível adequado de atividade física que mantém a boa capacidade funcional e combate a obesidade em seres humanos, sem acelerar a produção de espécies reativas de oxigênio e o envelhecimento fisiológico. Além disso, frisa que é necessário investigar mais profundamente e entender melhor as consequências fisiológicas do consumo de oxigênio e seu impacto no organismo. Quanto é o quantum ideal de movimento a ser realizados por crianças, adultos, velhos, homens, mulheres, subnutridos, obesos, pessoas com diferentes tipos de enfermidades entre outros? Como se comporta a defesa orgânica antioxidante nestes indivíduos? A ciência do esporte e a medicina esportiva ainda têm muito a avançar para responder sobre a quantidade ideal de movimento para cada indivíduo em diferentes fases da vida e com comportamento metabólicos distintos.</p> Adriano Cesar Carneiro Loureiro Copyright (c) 2025 Adriano Cesar Carneiro Loureiro https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uece.br/index.php/nutrivisa/article/view/15020 Mon, 17 Feb 2025 00:00:00 -0300