O POTENCIAL DE USO DAS JAZIDAS DE ARGILA NA PLANÍCIE FLUVIAL DO RIO JAGUARIBE EM RUSSAS-CE
Palavras-chave:
POTENCIAL, JAZIDAS, JAGUARIBE, FLUVIAL DO RIO JAGUARIBE EM RUSSAS-CEResumo
As preocupações com as implicações sociais e econômicas da degradação ambiental compõem cada vez mais a pauta dos governos. Uma das atividades que exerce forte pressão sobre os recursos naturais no Ceará é a fabricação de telhas e tijolos. Neste segmento, destaca-se o Município de Russas, que possui 76% das unidades produtivas do Baixo Jaguaribe, as quais utilizam as jazidas de argilas situadas na planície fluvial do rio Jaguaribe como fonte de matéria-prima. O cenário ambiental de semiaridez e as intervenções antrópicas na região constituem fatores que sugerem que, com as cerâmicas, há intensa retirada de argila na planície fluvial, sem, contudo, ser possível a natureza promover a reposição deste “estoque”, revelando o carácter finito deste recurso natural. Tal constatação expõe a necessidade de se pensar formas mais organizadas e menos dispendiosas de se extrair as matérias-primas. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral empreender uma análise, com a realização de um mapeamento, do potencial de uso das jazidas de argilas na planície fluvial do rio Jaguaribe em Russas-CE. Neste percurso, baseado na metodologia de análise integrada da paisagem, discutiram-se o processo de formação da planície fluvial, as características do depósito de argilas e o panorama da indústria cerâmica em termos sociais, econômicos e ambientais. Calculou-se o volume total do depósito de argilas, estimado em 866.347.846,5 m³, dos quais, conforme os resultados do mapeamento realizado, 54% se encontram em jazidas com alto potencial de uso. A criação de uma central de matérias-primas promoveria o controle da qualidade do material e a conformidade com os requisitos ambientais definidos na legislação, minimizando a degradação ambiental promovida pela atividade na região.
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