O PAPEL DO ESTADO E A FORMAÇÃO DE ESPAÇOS HIBRIDOS DE INOVAÇÃO EM CIDADES MÉDIAS BRASILEIRAS

Autores

  • Maria Terezinha Serafim Gomes Universidade Estadual Paulista - UNESP

DOI:

https://doi.org/10.59040/GEOUECE.2317-028X.v9.n16.63-80

Palavras-chave:

Estado, Inovação, Parques Tecnológicos, cidades médias, Região Oeste Paulista

Resumo

RESUMO:

Nos últimos anos, os países emergentes, como o Brasil, inseriram em suas agendas governamentais a inovação, sendo assim, ela passa a fazer parte de políticas públicas, incentivando a implantação de ambientes de inovação, como parques tecnológicos e incubadoras tecnológicas. Desde modo, a partir de 2003, a inovação passa ser prioridade nas políticas públicas no âmbito do governo federal, entre elas: a Lei de Inovação (Lei 10.973/2004), o Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PIN), em 2005, visando fomentar a consolidação e o surgimento de parques tecnológicos e incubadoras de empresas, o PACTI - Plano de Ação Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (2007-2010), visando o papel decisivo da ciência e tecnologia no desenvolvimento sustentável do país, além do Política o Plano Brasil Maior, em 2011, visando o estímulo à competitividade, o investimento, à inovação tecnológica e à produção nacional para alavancar a competitividade da indústria nos mercados interno e externo, entre outras ações e iniciativas. No âmbito do estado de São Paulo foi criado em 2006, o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, fomentar, impulsionar e apoiar as iniciativas de criação e implantação dos parques tecnológicos. Este artigo tem como objetivo compreender o papel do estado na formação de espaços híbridos da Inovação em cidades médias brasileiras, em particular na região Oeste do Estado de São Paulo. Para tanto, pautou-se na revisão bibliográfica, na coleta de dados e informações junto aos órgãos públicos e privados (IBGE, SEADE, SEDEC, APETI, Prefeitura Municipal), além da realização de pesquisa de campo junto ao Centro de Incubadora de Empresas e Parque Tecnológico, na cidade de São José do Rio Preto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

ANPROTEC. Estudo de Projetos de Alta Complexidade: indicadores de parques tecnológicos. Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – Brasília: CDT/UnB, 2014. Disponível em: https://anprotec.org.br/site/wp-content/uploads/2020/06/PNI_FINAL_web.pdf Acesso em: 17 abr. 2019.

ANTROPEC. Estudo de impacto econômico: segmento de incubadoras de empresas do Brasil. Brasília, DF: ANPROTEC: SEBRAE, 2016. Disponível em:https://anprotec.org.br/site/wp-content/uploads/2020/06/18072016-Estudo_ANPROTEC_v6.pdf. Acesso em: 17 abr. 2019.

ARAUJO, G. M. A. Formação do parque tecnológico de São José do Rio Preto das condições gerais de produção existentes ao papel do poder público. 122f. 2019.Trabalho de conclusão de curso de Bacharelado em Geografia. Presidente Prudente: UNESP, 2019.

ASHEIN, B. T.; COENEN, L. Knowledge bases and regional innovation systems:

Comparing Nordic clusters. Research Policy, v.34, p.1173-1190, 2005. DOI: https://doi.org/10.1016/j.respol.2005.03.013

BRASIL. Lei nº 10. 973, de 2 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 11 dez. 2016.

BATHELT, H.; MALMBERG, A.; MASKELL, P. Clusters and knowledge: local buzz, global pipelines and the process of knowledge creation’. Progress in Human Geography, v. 28, n. 1, p. 31-56, 2004. DOI: https://doi.org/10.1191/0309132504ph469oa

BOSCHMA, R. Proximity and innovation – a critical assessment. Regional Studies, London. v. 39, p. 61-74, 2005. DOI: https://doi.org/10.1080/0034340052000320887

CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H, M. M. Sistemas de inovação e desenvolvimento as implicações de política. São Paulo em Perspectiva, v. 19, n. 1, p. 34-45, jan./mar. 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/spp/v19n1/v19n1a03.pdf . Acesso em: 10 jan. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-88392005000100003

DOLOREUX, D. What we should know about regional systems of innovation.

Technology in Society, v. 24, p.243–263, 2002. DOI: https://doi.org/10.1016/S0160-791X(02)00007-6

EDQUIST, C. Systems of innovation: technologies, institutions and organizations.London: Pinter, 1997.

EDQUIST, C. Systems of Innovation: perspectives and challenges. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D. C.; NELSON, R.R. The Oxford Handbook of Innovation.New York: Oxford University Press, p.181-208, 2007.

ETZKOWITZ, H.; ZHOU, C. Hélice Tríplice: inovação e empreendedorismo universidade-indústria-governo. Estudos Avançados, 31(90), p.23-48, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142017000200023. Acesso em: 15 out. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/s0103-40142017.3190003

FLORIDA, R. Cities and the Creative Class. First ed. New York: Routledge, 2005. DOI: https://doi.org/10.4324/9780203997673

FREEMAN, C. The national system of innovation in historical perspective. Cambridge Journal of Economics, v. 19, p.5-24, 1995.

FREEMAN, C.; SOETE, L. A Economia da inovação industrial. Campinas: Ed. Da Unicamp, 2008.

GOMES, M.T.S. Espaço, inovação e novos arranjos espaciais: algumas reflexões. In: OLIVEIRA, F. G. et al. Espaço e Economia: Geografia Econômica e a economia política. Rio de Janeiro: Consequência, 2019, p.163-198.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação – PINTEC. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/9141-pesquisa-de-inovacao.html?=&t=o-que-e . Acesso em: 10 mai. 2020.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/ . Acesso em: 10 fev. 2020.

LENCIONI, S. Região Metropolitana de São Paulo como centro da inovação do Brasil. Cadernos Metrópoles, São Paulo, v. 17, n. 34, p. 317-328, nov. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-9996.2015-3401

______. Condições gerais de produção: um conceito a ser recuperado para a compreensão das desigualdades de desenvolvimento regional. Scripta Nova. Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de agosto de 2007, v. XI, núm. 245 (07). Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-24507.htm. Acesso em: 12 fev. 2020.

LUNDVALL, B. National Innovation Systems: Analytical Concept and Development Tool. Industry and Innovation, v. 14, n.1, p. 95–119, 2007. DOI: https://doi.org/10.1080/13662710601130863

______. National systems of innovation: towards a theory of innovation andinteractive learning. London: Pinter Publishers, 1992.

LUNDVALL, B.; JOHNSON, B.; ANDERSEN, E. S.; DALUM, B. National systems of production, innovation and competence building. Research Policy, v.31, p.213–231,2002. DOI: https://doi.org/10.1016/S0048-7333(01)00137-8

MAILLAT, D.; QUEVIT, M.; SENN, L. (Orgs.). Réseaux d’innovation et milieux innovateurs: un pari pour le développement régional. Neuchâtel: GREMI, EDES Neuchâtel, 1993.

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA. PNI – Programa de Apoio às incubadoras e Parques Tecnológicos. 2006.

MCTIC – Ministério de Ciências e Tecnologia, Informação e Comunicação. Disponível em: https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/detalhe/Patentes/INPI/6.1.2.html Acesso em: 10 abr. 2019.

MARX, K. O capital: crítica da economia política. Livro III: o processo global de produção capitalista, vol. 4. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

______. Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858 - esboços da crítica da economia política. São Paulo/Rio de Janeiro: Boitempo/EdUFRJ, 2011. 788 p.

MELO, R. de C. N. Parques Tecnológicos no estado de São Paulo: incentivo ao desenvolvimento regional. 2015. 252 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

NELSON, R. R. National Innovation Systems: a comparative analysis. New York,Oxford: Oxford University, 1993.

NIOSI, J.; BELLON, B.; SAVIOTTI, P.; CROW, M. Les systèmes nationaux

d'innovation: à la recherche d'un concept utilisable. Revue française d'économie, v.7., n.1, p. 215-250, 1992. DOI: https://doi.org/10.3406/rfeco.1992.1305

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO. Disponível em: https://www.riopreto.sp.gov.br/ . Acesso em: 10 fev.2020.

RALLET, A.; TORRE, A. Proximité et localisation. Économie rurale, n. 280, p. 25-41, 2005. DOI: https://doi.org/10.3406/ecoru.2004.5470

SANTOS, M. A natureza do espaço: espaço e tempo: razão e emoção. São Paulo: HUCITEC, 1996.

SCHUMPETER, J. Teoria do desenvolvimento econômico. Abril Cultural: SP, Série Os Economistas, 1982.

SOARES, J. M. M.; SALTORATO, P. Coworking, uma forma de organização de trabalho: conceitos e práticas na cidade de são paulo. AtoZ: Novas Práticas em Informação e Conhecimento, v. 4, n. 2, p. 61-73, 2015. Disponível em:https://revistas.ufpr.br/atoz/article/view/42337 . Acesso em: 01 ago. 2020. DOI: https://doi.org/10.5380/atoz.v4i2.42337

STORPER, M.; VENABLES, A. J. O burburinho: a força econômica da cidade. In: DINIZ, C. C.; LEMOS, Mauro Borges. Economia e Território. Belo Horizonte: UFMG, 2005, p.21-56.

ZOUAIN, D. M. Parques Tecnológicos: propondo um modelo conceitual para regiões urbanas. São Paulo: Instituto de Pesquisas e Energias Nucleares (IPEN), 2003.

Downloads

Publicado

2020-09-23

Como Citar

SERAFIM GOMES, M. T. O PAPEL DO ESTADO E A FORMAÇÃO DE ESPAÇOS HIBRIDOS DE INOVAÇÃO EM CIDADES MÉDIAS BRASILEIRAS. Revista GeoUECE, [S. l.], v. 9, n. 16, p. 63–80, 2020. DOI: 10.59040/GEOUECE.2317-028X.v9.n16.63-80. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/3386. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos