A FORÇA IDENTITÁRIA DA METÁFORA: UM GRITO PRIMITIVO

Autores

  • Dina Maria Martins Ferreira UNICAMP

Palavras-chave:

Metáfora, Grito primitivo, Força identitária

Resumo

O objetivo desse estudo é tentar demonstrar que o sentido primitivo pode ser entendido como pulsão metafórica da linguagem, que emerge no processo designativo. Segundo Derrida, o ‘sopro’ é linguagem não articulada, aquela que manifesta o sensível do ser humano, que, buscando realizar-se na linguagem articulada, opera o deslocamento de sentido. Esse percurso do sensível pode ser retratado pelo movimento respiratório: na inspiração o sopro se faz sentir, e na expiração emerge a fala cuja força designativa expressa o pertencimento identitário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARISTÓTELES, Physica VIII. Tradução de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969.
BAITELLO JUNIOR, N. O olho do furacão: a cultura da imagem e a crise da invisibilidade. Dubito Ergo Sum. www.dubitoergosum.xpg.com.br , último acesso 1/4/2010.
BHABHA, H. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
BENJAMIN, W. Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem humana. Tradução Maria L. Moita, Maria A. Cruz, Manuel Alberto. In BENJAMIN, W. Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio d’Água, 1992, PP.180.
BRANDÃO, J.S. Mitologia Grega. Vol. I. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.
DERRIDA, J. Gramatologia. Trad. Miriam Chnaiderman e Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Editora Perspectiva, 1999.
DERRIDA, J. As margens da Filosofia. Trad. Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães São Paulo: Papirus, 1991.
FERREIRA, D.M.M. Identidade feminina no espaço político: percurso simbólico na ecologia da linguagem. In FERREIRA, D. & RAJAGOPALAN, K. (orgs.), Políticas em linguagem: perspectivas identitárias. São Paulo, Ed. Mackenzie. 2006, p.277-298.
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização. Do “fim dos territórios” a multiterritorialidade. São Paulo: Bertrand Brasil, 2006.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
MACHADO, J.P. Dicionário etimológico da língua portuguesa. Lisboa: Livros Horizontes, 1995.
PALHARES-BURKE, M.L.G. As muitas faces da história. Noves entrevistas. São Paulo: Ed. UNESP, 2000.
PLATÃO. Crátilo. Tradução Dias Palmeiras. Lisboa: Livraria São Costa Ed., 1994.
RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.
RAJAGOPALAN, K. A ‘dadidade’ dos ditos dos dados na/da pragmática. In GONÇALVES, A. (org.) Linguística e as várias vertentes: como fazer pesquisa na área da linguagem? (prelo)
RICHARDS, J.C. , PLATT, J. &, PLATT, H. Dictionary of Language Teaching & Applied Linguistics. United Kingdom: Longman, 1993.
VATTIMO, G. O fim da modernidade: niilismo e hermenêutica na cultura pós-moderna. Trad. Maria de Fátima Boavida. Rio de Janeiro: Presença, s/d.

Downloads

Publicado

2019-09-14

Como Citar

FERREIRA, D. M. M. A FORÇA IDENTITÁRIA DA METÁFORA: UM GRITO PRIMITIVO. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 3, n. 4, p. 35–46, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/1835. Acesso em: 19 abr. 2024.