A FORÇA IDENTITÁRIA DA METÁFORA: UM GRITO PRIMITIVO

Autores

  • Dina Maria Martins Ferreira UNICAMP

Palavras-chave:

Metáfora, Grito primitivo, Força identitária

Resumo

O objetivo desse estudo é tentar demonstrar que o sentido primitivo pode ser entendido como pulsão metafórica da linguagem, que emerge no processo designativo. Segundo Derrida, o ‘sopro’ é linguagem não articulada, aquela que manifesta o sensível do ser humano, que, buscando realizar-se na linguagem articulada, opera o deslocamento de sentido. Esse percurso do sensível pode ser retratado pelo movimento respiratório: na inspiração o sopro se faz sentir, e na expiração emerge a fala cuja força designativa expressa o pertencimento identitário.

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Publicado

2019-09-14

Como Citar

FERREIRA, D. M. M. A FORÇA IDENTITÁRIA DA METÁFORA: UM GRITO PRIMITIVO. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 3, n. 4, p. 35–46, 2019. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/1835. Acesso em: 5 nov. 2024.