Racismo algorítmico, justiça epistêmica e reexistência digital

uma entrevista com Tarcízio Silva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46230/lef.v17i3.16163

Palavras-chave:

racismo algorítmico, inteligência artificial, justiça epistêmica

Resumo

Nesta entrevista concedida aos organizadores do dossiê “Inteligência Artificial, racismo algorítmico e outras exclusões”, o pesquisador Tarcízio Silva compartilha reflexões centrais de sua obra seminal Racismo Algorítmico: inteligência artificial e discriminação nas redes digitais (Edições Sesc, 2022), uma das primeiras sistematizações críticas sobre o tema no Brasil. A conversa percorre as bases conceituais e políticas do racismo algorítmico, analisando como sistemas digitais, de tecnologias de reconhecimento facial a plataformas de recomendação, reproduzem e aprofundam desigualdades raciais sob a aparência de neutralidade técnica. O livro, nesse sentido, sistematiza o debate sobre racismo algorítmico e tensiona os limites entre técnica e política na era dos dados. O pesquisador também comenta os desafios da escrita e da curadoria de saberes negros na era dos dados, as tensões entre regulação, ativismo e justiça epistêmica, bem como as possibilidades de resistência gestadas nas brechas da política algorítmica.

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Biografia do Autor

Júlio Araújo, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Professor Titular da Universidade Federal do Ceará (UFC), com atuação no Departamento de Letras Vernáculas e no Programa de Pós-Graduação em Linguística. Realizou pós-doutorado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2012) e pós-doutorado em Humanidades pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB, 2025). Possui doutorado (2006) e mestrado (2003) em Linguística pela Universidade Federal do Ceará, e graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Federal do Acre (2000). 

Kleber Silva, Universidade de Brasília (UnB)

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Professor Associado da Universidade de Brasília (UnB), onde atua no Curso de Letras (Português do Brasil como Segunda Língua) e no Curso de Relações Internacionais. Também é pesquisador/professor do Programa de Pós-Graduação em Linguística e em Relações Internacionais da UnB.

Paulo Boa Sorte, Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Professor Associado da Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde atua como docente no Departamento de Letras Estrangeiras (DLES) e no Programa de Pós-Graduação em Educação. Coordenador do grupo de pesquisa TECLA (Tecnologias, Educação e Linguística Aplicada)

Eduardo de Moura Almeida, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Professor da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde atua como professor na Faculdade de Ciências Aplicadas.

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Publicado

2025-12-10

Como Citar

ARAÚJO, J.; SILVA, K.; BOA SORTE, P.; ALMEIDA, E. de M. Racismo algorítmico, justiça epistêmica e reexistência digital: uma entrevista com Tarcízio Silva. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 17, n. 3, p. 312–328, 2025. DOI: 10.46230/lef.v17i3.16163. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/16163. Acesso em: 15 dez. 2025.