Linguística de Corpus como abordagem para análise de traduções
explorando as versões de A Sociedade do Anel em português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.46230/lef.v16i3.13502Palavras-chave:
a sociedade do anel, análise de tradução, linguística de corpus, antconcResumo
Os Estudos de Tradução têm sido apoiados pela Linguística de Corpus (LC) de diversas maneiras; este artigo pretende ilustrar como a LC pode ser uma abordagem útil para a análise comparativa de traduções. Para isso, serão comparadas duas traduções em português brasileiro de A Sociedade do Anel, a saber, a de Maria Rimoli Esteves (Tolkien, 2001) e a de Ronald Kyrmse (Tolkien, 2019). O objetivo principal da análise das traduções foi identificar e apresentar algumas diferenças significativas entre elas. Para isso, utilizamos a ferramenta gratuita para análise de Corpus AntConc (Anthony, 2022), a partir da exploração de recursos como as collocations e as keywords, que são abordadas e explicadas ao longo deste trabalho. A ferramenta comprovou ser importante para análises desta natureza, uma vez que permite uma simplificação nos processos de pesquisas. Resultados apontam para algumas diferenças entre as traduções no que concerne ao uso de adjetivos, colocações e marcas idiossincráticas de Tolkien presentes nas versões em português brasileiro.
Downloads
Referências
ANTHONY, L. What can corpus do? In: O’KEEFFEE, A.; MCCARTHY, M. (eds.). The Routledge Handbook of Corpus Linguistics. Abingdon: Routledge Press, 2022, p. 103-125.
AUBERT, F. H. Modalidades de tradução: teoria e resultados. Tradterm, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 99-128, jan. 1998.
BAKER, M. Corpus Linguistics and Translation Studies: Implications and Applications. In: BAKER, M.; FRANCIS, G.; TOGNINI-BONELLI, E. (eds.). Text and Technology: In Honour of John Sinclair. Amsterdam & Philadelphia: John Benjamins, 1993, p. 233-250.
BAKER, M. In Other Words: a coursebook on translation. 3. ed. London: Routledge, 2018.
BATTISTELLA, E. L. How to use the existential “there”. 2019. Disponível em: https://blog.oup.com/2019/12/how-to-use-the-existential-there. Acesso em: 25 set. 2023.
BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.
BERBER-SARDINHA, T. Linguística de corpus: histórico e problemática. DELTA, v. 16, n. 2, p. 323-367, 2000.
BERBER-SARDINHA, T. Linguística de Corpus. São Paulo: Manole, 2004.
BERBER-SARDINHA, T. Pesquisa em Linguística de Corpus com Wordsmith Tools. Campinas: Mercado de Letras, 2009.
BIBER, D. Representatividade em planejamento de corpus. Cadernos de Tradução, n. 30, p. 11-45, 2012.
CARPENTER, H. (ed). The Letters of J. R. R. Tolkien. Boston e New York: Houghton Mifflin, 2021.
DAYRELL, C. O uso de corpora para o estudo da tradução: objetivos e pressupostos. Tradução em Revista. n. especial, out de 2015. p. 87-102. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/25346/25346.PDFXXvmi=. Acesso em: 14 jan 2025.
DICKERSON, M. T. Trees. In: DROUT, M. D. C. (ed). J. R. R. Tolkien Encyclopedia: scholarship and critical assessment. New York: Routledge, 2007, p. 678-680.
DUCROT, O. O Dizer e o Dito. Revisão técnica da tradução: Eduardo Guimarães. Campinas: Pontes Editores, 1987.
FADANELLI, S. B. Terminografia Didático-Pedagógica: metodologia para elaboração de recursos voltados ao ensino de inglês para fins específicos. 2017. 198 f. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/168864?show=full. Acesso em: 05 jul. 2024.
FIRTH, J. R. Papers in Linguistics 1934-1951. Oxford: Oxford University Press, 1957.
GONÇALVES, D. F. Pseudotradução, Linguagem e Fantasia em O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien: princípios criativos da fantasia tolkieniana. 229 f. 2007. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês) - Departamento de Letras Modernas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-17102007-140251/pt-br.php. Acesso em: 19 set. 2023.
GRIES, S. T. Some proposals towards more rigorous Corpus Linguistics. ZeitschriftfürAnglistik und Amerikanistik, v. 54, n. 2, p. 191–202, 2006.
GRIES, S. T. What is Corpus Linguistics? Language and Linguistics Compass, v. 3, p. 1–17, 2009.
GRIES, S. T. A new approach to (key) keywords analysis: Using frequency, and now also dispersion. Research in Corpus Linguistics, v. 9, n. 2, p. 1-33, 2021. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/349580151_A_new_approach_to_key_keywords_analysis_Using_frequency_and_now_also_dispersion. Acesso em: 14 jan 2025.
HUNSTON, S. Corpora in Applied Linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.
KENNEDY, G. An Introduction to Corpus Linguistics. New York: Routledge, 2014.
KENNY, D. Corpora in translation studies. In: Baker, M. (ed.) Routledge encyclopedia of translation studies. London and New York, Routledge, 1998, p. 50-53.
KULLMANN, T; SIEPMANN, D. Tolkien as a Literary Artist: exploring rhetoric, language and style in the lord of the rings. Cham: Palgrave Macmillan, 2021.
KYRMSE, R. Explicando Tolkien. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
WEISSER, W. What corpora are available? In: MCCARTHY, M; O`KEEFFE, A. The Routledge Handbook of Corpus Linguistics. New York: Routledge, 2010. p. 89-102.
LOPES, R. J. “É uma tradução estrangeirizadora”, diz Reinaldo José Lopes em 20 perguntas sobre as novas edições. [Entrevista concedida a] Fernanda Correia. Tolkienista. 2019. Disponível em: https://tolkienista.com/2019/07/30/e-uma-traducao-estrangeirizadora-diz-reinaldo-jose-lopes-em-20-perguntas-sobre-as-novas-edicoes. Acesso em: 29 jan. 2022.
LOPES, R. J. With many voices and in many tongues: pseudotradução, autorrefração e profundidade cultural na ficção de J. R. R. Tolkien. 2012. 91 f. Tese (Doutorado em estudos linguísticos e literários em inglês)– Departamento de letras modernas, USP¬¬¬¬. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-14032013-124446/pt-br.php. Acesso em: 21 jan. 2022.
OLOHAN, M. Introducing Corpora in Translation Studies. New York: Routledge, 2004.
SCARAMUCCI, M. V. R. A competência lexical de alunos universitários aprendendo a ler em inglês como língua estrangeira. DELTA, v. 13, n. 2, p. 215-246, 1997.
SINCLAIR, J. Beginning the study of lexis. In: BAZELL, C. E. (org.). In Memory of J R Firth London: Longman, 1966. p. 410-430.
SINCLAIR, J. Corpus, Concordance, Collocation: Describing English Language. Oxford: Oxford University Press, 1991.
SINCLAIR, J. Reading Concordances: an introduction. London: Pearson/Longman, 2003.
SOBRAL, A. Dizer o ‘mesmo’ a outros. São Paulo: Sbs Editora, 2008.
TEUBERT, W. My version of corpus linguistics. International Journal of Corpus Linguistics, v. 10, n. 1, p. 1–13, 2005.
TOLKIEN, J. R. R. A Sociedade do Anel. Tradução de Lenita Maria Rimoli Esteves. [1994]. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
TOLKIEN, J. R. R. A Sociedade do Anel. Tradução de Ronald Kyrmse. Rio de Janeiro: Harper Collins, 2019.
TOLKIEN, J. R. R. The Fellowship of the Ring. New York: Houghton Mifflin Harcourt, 2014.
VENUTI, L. The translator’s invisibility: a history of translation. [1995]. 2. ed. Londres, Nova York: Routledge, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Leonardo Soboleswki Flores, Sabrina Bonqueves Fadanelli

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam na Linguagem em Foco concordam com os seguintes termos:
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution License que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
- Os conceitos emitidos em artigos assinados são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores. Para tanto, solicitamos uma Declaração de Direito Autoral, que deve ser submetido junto ao manuscrito como Documento Suplementar.
- Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Linguagem em Foco em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos acadêmicos (ex. ResearchGate, Academia.edu).