Parentalidade versus produtividade acadêmica: estudo sobre mães docentes de universidades
DOI:
https://doi.org/10.47149/pemo.v4.e49127Palavras-chave:
Universidade, Mulheres, Parentalidade, Produtividade AcadêmicaResumo
O presente artigo propõe uma reflexão sobre a aparente oposição entre a parentalidade e a produtividade das mulheres na academia, considerando que mães têm a sua produção acadêmica atravessada por essa realidade de cuidados parentais que incidem em uma relativa diminuição da produtividade acadêmica. Ao nos debruçarmos especificamente sobre a produção acadêmica de mulheres mães professoras de Instituições Federais de Ensino Superior do Nordeste, durante o período da pandemia da COVID-19, aferimos uma relevante diminuição de sua produção, e inferimos que essa diminuição se relaciona diretamente com o contexto dos cuidados parentais e da sobrecarga de trabalho doméstico que caracteriza esse grupo. Trata-se de uma pesquisa ancorada na perspectiva da interseccionalidade que busca questionar o modelo misógino da Universidade brasileira que naturaliza as condições adversas de trabalho das mulheres, desconsiderando o machismo que atravessa as práticas sociais em diferentes instâncias de nossa sociedade, definindo lugares sociais distintos às mulheres.
Downloads
Referências
ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo. Revista Estudos Feministas, [s. l.], v. v.8, ed. n.1, 2000.
BALLESTRIN, Luciana Maria de Aragão. Feminismos Subalternos. Rev. Estud. Fem. [online]., vol.25, n.3, pp.1035-1054, 2017. ISSN 0104-026X. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584.2017v25n3p1035
CRENSHAW, Kimberle. A intersecionalidade da discriminação de raça e gênero. 2002. Disponível em: <http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/09/Kimberle-Crenshaw.pdf> Acesso em: 19 jun. 2020.
HILL COLLINS, Patricia. O poder da autodefinição. In: PENSAMENTO Feminista Negro: Conhecimento, consciência e a política do empoderamento. [S. l.: s. n.], cap. 5, 1990.
HOOKS, Bell. Mulheres negras: moldando a teoria feminista. Rev. Bras. Ciênc. Polít. [online]. n.16, p.193-210, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-335220151608
IBGE, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. Rio de Janeiro. n.38, 2018. Versão online. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br Acesso em: 01 jun. 2020.
ONU. The Impact of COVID-19 on Women. 2020. United Nations Entity for Gender and the Empowerment of woman. Disponível em: unwoman.org. Acesso em: 01 jun. 2020.
PARENT IN SCIENSE. Produtividade Acadêmica durante a pandemia: efeitos de gênero, raça e parentalidade. Disponível em: < https://327b604e-5cf4-492b-910b-e35e2bc67511.filesusr.com/ugd/0b341b_81cd8390d0f94bfd8fcd17ee6f29bc0e.pdf?index=true>, acesso em: 20 jun. 2021.
RODRIGUES, Jeorgina Gentil; GUIMARÃES, Maria Cristina Soares. A Fundação Oswaldo Cruz e a ciência no feminino: a participação feminina na prática e na gestão da pesquisa em uma instituição de ensino e pesquisa. Cadernos Pagu, n.46, p.197-222, jan-abril, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/18094449201600460197
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Kássia Mota de Sousa, Larissa Lira da Silva, Kethley Horranna Bezerra Rolim
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores possuem direitos autorais dos seus textos:
A revista "Práticas Educativas, Memórias e Oralidades permite ao/s autor/es os direitos de publicação, no entanto, recomenda um intervalo de cinco anos para o caso de republicação ou referência ao primeiro local de publicação, no caso, o link da Rev. Pemo..
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.