Parentalidade versus produtividade acadêmica: estudo sobre mães docentes de universidades
DOI:
https://doi.org/10.47149/pemo.v4.e49127Palavras-chave:
Universidade, Mulheres, Parentalidade, Produtividade AcadêmicaResumo
O presente artigo propõe uma reflexão sobre a aparente oposição entre a parentalidade e a produtividade das mulheres na academia, considerando que mães têm a sua produção acadêmica atravessada por essa realidade de cuidados parentais que incidem em uma relativa diminuição da produtividade acadêmica. Ao nos debruçarmos especificamente sobre a produção acadêmica de mulheres mães professoras de Instituições Federais de Ensino Superior do Nordeste, durante o período da pandemia da COVID-19, aferimos uma relevante diminuição de sua produção, e inferimos que essa diminuição se relaciona diretamente com o contexto dos cuidados parentais e da sobrecarga de trabalho doméstico que caracteriza esse grupo. Trata-se de uma pesquisa ancorada na perspectiva da interseccionalidade que busca questionar o modelo misógino da Universidade brasileira que naturaliza as condições adversas de trabalho das mulheres, desconsiderando o machismo que atravessa as práticas sociais em diferentes instâncias de nossa sociedade, definindo lugares sociais distintos às mulheres.
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