“Investigações revisionistas queer”/ cu-ir

- [letramento e formação para (re)pensar o pensamento]

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.46230/lef.v17i1.13515

Palabras clave:

sujeitos queer, linguística queer/ cu-ir, letramento queer/cu-ir

Resumen

Este texto discute a proposição de “investigações revisionistas queer”, a partir de McBeth (2019), sobre letramento queer/cu-ir. Traça uma trama de diálogos desse estudo com outros textos, de modo a construir uma problematização sobre a cultura americana em gênero e sexualidade, e educacional e estatal, no século XX e início do século XXI, para refletir sobre a relação sujeitos queer, seus descontentamentos e a proposição de estudos queer/cu-ir. Situa a discussão em sua relação com a oferta, em 2023, da disciplina Linguística Queer (LQ), no curso de Letras (UFAL-Campus do Sertão), e aponta links estabelecidos. Aventa outras possibilidades de reflexão sobre estudos queer/cu-ir em terras brasileiras. Por fim, é marcado o caráter dos sujeitos e estudos queer/cu-ir no contexto americano e do mesmo modo a perspectiva nômade desses saberes, e incursões suas no Brasil. O ensaio oferece uma reflexão acerca da LQ como componente curricular na formação docente, uma tendência de seu fundo teórico-conceitual e possíveis implicações na formação profissional (e pessoal), para fazer (re)pensar o pensamento, desaprender o aprendido, participando, assim, de investigações (revisionistas) queer/cu-ir. Há diálogos com Butler (2002), Bretas (Enciclopedia, 2021), Louro (2004a; 2004b), Lucchesi (2020), York (2022) e Romero (2016), dentre outras reflexões.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ismar Inácio dos Santos Filho, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Doutor em Letras-Linguística (PPGL-UFPE) e mestre em Estudos em Linguagem (MeEL-UFMT). Professor Adjunto no Curso de Letras-Língua Portuguesa (Campus do Sertão) e Professor Permanente no Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura (PPGLL-Fale), na Ufal. Coordenador-Líder do Grupo de Estudos em Linguística Aplicada/Queer em Questões do Sertão Alagoano (Gelasal), no qual se interessa pelas interfaces linguagem e território e linguagem e gênero e sexualidade.

Citas

ALBUQUERQUE JR., D. M. Máquina de fazer machos: gênero e práticas culturais, desafio para o encontro das diferenças. In: MACHADO, C. J. S., SANTIAGO, I. M. F. L. e NUNES, M. L. S. (Orgs.). Gênero e práticas culturais: desafios históricos e saberes interdisciplinares. Campina Grande: EDUEPB, 2010, p. 21-31.

BENTO, B. Transviad@s – gênero, sexualidade e direitos humanos. Salvador: EDUFBA, 2017.

BORBA, R. Linguística Queer: algumas desorientações. In: BORBA, R. (Org.). Discursos transviados: por uma Linguística Queer. São Paulo: Cortez, 2020, p. 09-43.

BUTLER, J. Acerca del término “queer”. In: BUTLER, J. Cuerpos que importam: sobre los limites materiales y discursivos del “sexo”. Buenos Aires: Paidós, 2002, p. 313-339.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Temas transversais. MEC/SEF. Brasília, 1998.

COLLING, L. O que perdemos com os preconceitos? Cult (Dossiê Ditadura Heteronormativa). São Paulo, n. 202, ano 18, p. 22-25, jun./2015.

ENCICLOPÉDIA Mulheres Na Filosofia. Enciclopédia Mulheres na Filosofia entrevista: Aléxia Bretas sobre Teoria queer. Enciclopédia Mulheres na Filosofia, 2021. 1 vídeo (1h 2min, 59 seg.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mxAh0G7TeTk&t=2862s. Acesso em: 18 dez. 2023.

FINEGAN, E. Preface. In. LÍVIA, A. L.; HALL, K. (Orgs.). Queerly Phrased – language, gender, and sexuality. New York: Oxford University Press, 1997, p. v-vi.

HALBERSTAM, J. Introdução: Baixa Teoria. In: HALBERSTAM, J. A arte queer do fracasso. Recife: Cepe, 2020, p. 19-51.

LEWIS, E. S.; BORBA, R.; FABRÍCIO, B. F.; PINTO, D. S. (Orgs.). Introdução: Cu-irizando desde o Sul. In: LEWIS, E. S.; BORBA, R.; FABRÍCIO, B. F.; PINTO, D. S. (Orgs.). Queering Paradigms IVa – Insurgências queer ao Sul do Equador. Bern, Peter Lang Ltd, International Academic Publishers, 2017, p. 1-12.

LOURO, G. L. Viajantes pós-modernos. In: LOURO, G. L. Um corpo estranho – ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004a, p.11-25.

LOURO, G. L. Os estudos feministas, os estudos gays e lésbicos e a teoria queer. Estudos Feministas. São Paulo. n. 6, ago.-dez., 2004b. Disponível em: https://www.labrys.net.br/labrys6/libre/guaciraa.htm. Acesso em: 10 de mar. 2023.

LUCCHESI, F. Este livro pulsa e pode explodir. In: BAROQUE, F.; EANELLI, T. Bash Back! ultraviolência queer – antologia de ensaios. São Paulo: crocodilo, 2020, p. 12-21.

MCBETH, M. Teacher Teacher – Queer Literacies in K-16. In: MCBETH, M. Queer literacies – discourses and discontents. London: The Rowman & Littlefeld Publishing Group, Inc., 2019, p. 91-129.

ROEHRS, D. Eduardo Leite não faz parte da comunidade LGBTQIA+. Brasil de Fato. Porto Alegre, 17 de janeiro de 2023. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2023/01/17/artigo-eduardo-leite-nao-faz-parte-da-comunidade-lgbtqia/. Acesso em: 18 dez. 2023.

ROMERO, R. Manifesto Queer Nation. Caderno de Leituras, Belo Horizonte, n. 53, p. 3-13, 2016. Disponível em: https://chaodafeira.com/wp-content/uploads/2016/11/SI_cad53_ManifestoQueerNation.pdf. Acesso em: 10 de mar. 2024.

SAEL, M. The coming out imperative: self-relevation as pedagogy. In: SAEL M. The interruption of heteronormativity in higher education – critical queer pedagogies. Switzerland: Palgrave Macmillan, 2019, p. 197-215.

SANTOS FILHO, I. I. “Linguística Queer” como componente curricular: estranhando a relação língua(gem), gênero e sex(o)ualidade. In: SANTANA, W. K. F. e SILVEIRA, É. L. (Orgs.). Educação: entre poderes, saberes e resistências. Vol. 2. São Carlos: Pedro & João Editores, 2020a, p. 435-459.

SANTOS FILHO, I. I. Da emergência de uma Linguística Queer. In: SANTOS FILHO, I. I. Linguística Queer. Recife: Pipa Comunicação, 2020b, p. 110-157.

SESC São Paulo. I Seminário Queer; Educação e Saúde [“O que o queer faz no campo da educação?”]. São Paulo: SESC SÃO PAULO, 2015. 1 vídeo. (1h 47min, 07 seg.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-DfrkB6etXA&list=PL0a5GJ0VyQFDTpeweL1V6L9U4m_IQIfiL&index=6. Acesso em 28 mai. 2024.

SESC São Paulo: O que é o queer? com Richard Miskolci. São Paulo: SESC SÃO PAULO, 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ar19rH0H6lM. Acesso em 28 de mai. 2024.

SIERRA, J. C. A queerização da vida. IHU OnLine – Revista do Instituto Humanitas Unisinos, nº 463, Ano XV, p. 35-39, 2015. Disponível em: https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5879-jamil-cabral-sierra. Acesso em: 10 de mar. 2023.

SILVA, M. M. V. Traduzindo a travessia: Judith Butler des-re-territorializada e o queer como saber nômade. In: CARVALHO, M. F.; PAIVA, A. L. S. (Orgs.). Teoria queer e contextos sociais de aprendizagem. São Paulo – SP: Pimenta Cultural, 2023, p. 296-314.

STONA, J.; CARRION, F. (Orgs.). O cis no divã. Salvador: Devires, 2021.

TIBURI, M. Feminismo em comum – para todas, todes e todos. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.

VEJA. A peste e a culpa. Veja, São Paulo, p. 68-69, 14 de agosto de 1985a.

VEJA. Um nós nos costumes. Veja, São Paulo, p. 64-67, 14 de agosto de 1985b.

WALSH, C. Stonewall then and now. The Harvard Gazette, 27 de junho de 2019. Disponível em: https://news.harvard.edu/gazette/story/2019/06/harvard-scholars-reflect-on-the-history-and-legacy-of-the-stonewall-riots/. Acesso em: 18 dez. 2023.

YORK, S. W. Eu sou o monstro que vos fala, de Paul B. Preciado. Cadernos PET-Filosofia, v.22, n.1, 2021, p. 278-331. Disponível em: https://doi.org/10.5380/petfilo.v22i1.88248. Acesso em: 02 maio 2025.

Publicado

2025-09-30

Cómo citar

SANTOS FILHO, I. I. dos. “Investigações revisionistas queer”/ cu-ir : - [letramento e formação para (re)pensar o pensamento]. Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 17, n. 1, p. 21–43, 2025. DOI: 10.46230/lef.v17i1.13515. Disponível em: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/13515. Acesso em: 5 dic. 2025.

Número

Sección

Ensayo