Efeito Dunning-Kruger e dissonância cognitiva na CPI da Covid-19
A institucionalização da desinformação
DOI:
https://doi.org/10.46230/2674-8266-14-9238Palabras clave:
Desordem da informação. Fake news. Efeito dunning-kruger. Dissonância cognitiva.Resumen
Com mais de meio milhão de óbitos por conta do vírus Sars-Cov-2, no Brasil, entre março de 2020 e junho de 2021, o Governo Federal tem sido responsabilizado pela sociedade e por outros estratos do poder pela má condução no gerenciamento à pandemia de Covid-19. Isso levou o Senado Federal a abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, em 2021, para investigar as ações e omissões do governo nesse período pandêmico. É sob esse universo que objetivamos, neste trabalho, explanar como o efeito dunning-kruger (DUNNING, 2011) e a dissonância cognitiva (FESTINGER, 1968) se manifestam na CPI, institucionalizando a desinformação (WARDLE; DERAKHSHAN, 2017) no país. Para esse objetivo, selecionamos trechos dos depoimentos de três personagens de destaque no governo convocados para depor no processo, a oncologista Nise Yamaguchi, a pediatra Mayra Pinheiro e o general Eduardo Pazuello, e mostramos como esses conceitos se materializam em seus discursos. Os resultados preliminares apontam que o quadro da desinformação é legitimado em nível institucional, sobretudo pelas crenças e valores que podem ser demonstrados pelo efeito dunning-kruger e pela dissonância cognitiva agindo sobre personagens com poder de decisão no Governo Federal.
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Citas
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